Sugestões e soluções para o Dorival, comente – Wender Peixoto
Dias atrás mencionamos a troca de jogadores com 18-22 anos por atletas de 28-32 anos. A mudança impacta na dinâmica de jogo e nos conceitos de transição ofensiva e defensiva. Na partida contra o Bahia, o São Paulo trocou inúmeros passes negativos e perdeu várias jogadas de ataque a passos de tartaruga – posse de bola estética e o goleiro tomando café. Na outra ponta, parecia um elefante na recomposição ofensiva.
O time Tricolor atual sofre lentidão, formado por jogadores pesados, fora de forma ou limitados:
- Edimar atua recuado, pois aos 31 anos não possui fôlego para subir e descer.
- Não tem lateral direito, seria melhor jogar com dez se optar por Bruno ou Buffarini.
- Jucilei tem estatura física grande e falta velocidade para proteger a zaga.
- Petros é bom, mas estava de férias.
- Hernanes é ótimo, mas não estava jogando na China.
- Cueva está fora de forma por questões extra-campo.
- Pratto precisa tomar ar fresco por alguns jogos, está lento também.
- Marcinho é lerdo de raciocínio e devagar com os pés.
Obviamente, em momentos difíceis e decisivos é coerente optar por jogadores experientes para segurar a bronca. Lugano, por exemplo, joga fácil nesse time e deveria ter atuado contra o Bahia. No entanto, a agilidade não pode ser esquecida. O Tricolor tem um meio de campo extremamente lento e o ataque é nulo em dinamismo.
Alguém poderia questionar a escalação de garotos na fogueira. Lembro, no entanto, que o São Paulo queimou muitas promessas ao lançá-las isoladamente no meio dos leões. Mas quando três ou quatro jogadores da base atuam juntos no profissional, a situação é completamente diferente e a sintonia ocorre rápida e naturalmente.
Na defesa, valeria novamente escalar Junior Tavares, talvez tenha baixado a bola e retomado o futebol. Na lateral direita – pânico! – chegou o momento de efetivar Militão. A entrada da jovem promessa resolveria duas questões sendo o falso terceiro zagueiro: fechamento do flanco e cobertura da zaga, que ainda procura entrosamento. Sidão merece oportunidade no gol.
No meio, a dedicação do Jucilei não encobre sua lentidão nas últimas partidas e poderia revezar por alguns jogos. Lembrando: Araruna foi volante dos bons na base. Petros lentamente está retomando a forma. Hernanes não pode sair do time, sua qualidade é inquestionável. Lucas Fernandes joga com dinâmica melhor na posição do Cueva ou junto ao peruano. Dorival poderia recuar Petros na proteção da zaga, atrasar Hernanes e lançar Lucas Fernandes na meia. Jonatan Gómez é uma opção.
No ataque, Pratto necessita de ar fresco e Gilberto pede oportunidade. O argentino estaria voando com meia armador se aproximando e tendo atacante lateral fazendo parceria, sem isso está perdido. Marcos Guilherme com uma perna é titular no lugar do Marcinho – atacante contratado após marcar um gol pelo rebaixado São Bernardo. Brenner é o garoto do segundo tempo.
Dorival precisa entender que o time é limitado e não pode jogar propondo o jogo agora. E também acabar com o maior erro tático de soltar os laterais como pontas – o único técnico dos últimos anos que parou com isso foi Bauza. O momento é de jogar por uma bola atuando de forma simples, fechando a casinha.
Uma medida fundamental para Dorival Junior adotar é fechar o vestiário e o portão do CT da Barra Funda contra a entrada e influência dos conselheiros, presidente e diretor. Absurdo? Muricy fez isso em 2013 com resultados conhecidos. A carga de energia negativa descarregada por essa turma engravatada no clube é incalculável.
