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Vendas causam e aumentam dívidas no São Paulo, entenda por que – Wender Peixoto

A fórmula de vender jogadores para pagar dívidas é a contramão das práticas de gestão no futebol para sanear receitas em clube grande, pois aumenta as dívidas ao contrário das informações divulgadas. O correto é cortar despesas. Equipes endividadas ou sem recursos apostam na base para não onerar a folha de pagamento com altos salários. As contratações de Petros e Hernanes foram grandes acertos do Leco e do Pinotti, no entanto a diretoria vende jogadores entre 18-22 anos para trazer incógnitas de 28-32 anos.

Subindo a idade média das contratações, o clube aumenta a folha salarial, lota o departamento médico e perde dinâmica no jogo. Mesclar é a chave. A saída de uma referência técnica no São Paulo gera três contratações equivocadas. A diretoria vende jogador e aumenta dívida porque gasta mal. Sem negociar os jogadores da base, o clube zeraria a dívida em dois anos. De 2006 a 2017, o Tricolor vendeu R$ 837 milhões em jogadores.



No mesmo período de 12 anos, gastou R$ 2 bilhões com futebol. Em números abreviados, o clube torrou R$ 1 bilhão em contratações de jogadores e R$ 1 bilhão com salários – causa das dívidas bancárias. Em 90% das situações, o clube contrata jogadores cercados de dúvidas; e por outro lado substitui salários de R$ 100 mil por remunerações de R$ 300 a R$ 500 mil. O rombo financeiro causado é inevitável, qualquer administrador de quitanda saberia. Os gráficos mostram claramente o aumento da dívida nos anos que o São Paulo mais vendeu, em 2007, 2013, 2015 e 2016. Leco agravou isso em dois anos e precisa rever sua gestão.



Por que o São Paulo está endividado? Wagner Diniz, Eduardo Nascimento, Denis, Adrian Gonzalez, Renato Silva, Jackson, Leo Lima, Xandão, Rodrigo Souto, Carleto, João Filipe, Cañete, Juan, Edson Ratinho, Douglas Barcelona, Oswaldo, Paulo Miranda, Paulo Assunção, Fabrício, Edson Silva, Welliton, Wallyson, Silvinho, Negueba, Reinaldo, Luis Ricardo, Antônio Carlos, Clemente Rodriguez, Roger Carvalho, Lúcio, Carlinhos, Bruno, Pabón, Luiz Eduardo, Kardec, Dória, Daniel, Cafú, Guisao, Wesley, Ytalo, Maicon, Kieza, Cícero, Robson, Jean Carlos, Chávez, Douglas Reffis, Maicosuel, Aderlan, Thomaz, Wellington Nem e outros caros. A causa real do crescimento da dívida.

Em alguns casos, SPFC lembra a Petrobrás ao contratar serviços duvidosos a preços superfaturados, enriquecer empresários e cuidar mal do seu patrimônio. As vendas não foram ótimas como divulgam. David Neres, Lyanco e Luís Araújo não poderiam sair tão cedo e foram vendidos para times inexpressivos por metade do que valiam no mercado. Lyanco era avaliado em R$ 30 milhões e Luís Araújo em R$ 70 milhões. Alguém alegaria que David Neres saiu para a vinda do Pratto, mas não é da mesma posição e o clube havia faturado R$ 111 milhões com os desmanches de 2016. A receita é cortar despesas sem liquidar ativos no desespero.



Por que os demais grandes estão segurando seus jogadores com propostas da Europa? Para o atleta, não vale a pena atuar em time desconhecido de quinta categoria. O clube convence o jogador a permanecer para conquistar títulos, marcar nome na história e cedendo parte dos direitos federativos. Outro fator: o mercado foi reajustado. Jogadores vendidos entre 10 e 15 milhões de euros é preço de banana para a Europa. Qualquer atleta limitado custa no mínimo R$ 50 milhões de euros no continente europeu – Morata foi vendido por 85 milhões de euros. O São Paulo vendeu barato suas promessas.

A diretoria havia programado arrecadar R$ 60 milhões em vendas para 2017. Já vendeu R$ 184 milhões e quer mais. Já gastou 50 milhões e usará muito mais para reforçar o elenco em dezembro e janeiro. Para abater as dívidas, pouco será usado. Em junho de 2018 há projeção de mais desmanches na próxima janela, pois a diretoria seguirá vendendo e metade do time é emprestado. Se vender é ruim, por que vende? Ao continuar, Leco levantará suspeita de estar desmantelando o elenco para favorecer empresários e comissões na negociação de jogadores. Mas parou, tomara.

Se fosse uma empresa, os acionistas do clube teriam agido. O presidente vendeu ativos pela metade do preço avaliado no mercado e desvalorizou a marca. No entanto, o São Paulo administrativamente virou empresa quando o presidente passou a receber salários. No gráfico abaixo, a dívida bancária caiu em 2013 e 2016, mas foi paga com verba destinada aos impostos. A dívida dos impostos subiu nos respectivos anos de 2013 e 2016. No linguajar contábil, isso é chamado de pedalada.



Cobrar a diretoria e o presidente para gerir melhor os R$ 175 milhões contribuídos pelos torcedores anualmente através dos ingressos (R$ 33 milhões), Sócio Torcedor (R$ 14 milhões) e audiência da TV (R$ 128 milhões) não é falar mal ou ser do contra, mas querer o bem de quem amamos. O São Paulo Futebol Clube existe pela sua torcida e jogadores.

Wender Peixoto
https://twitter.com/PeixotoWender

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