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Dorival Júnior vai penar com um São Paulo sem confiança e entrosamento

por André Rocha

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Dorival Júnior resgatou o gosto pela posse de bola do trabalho de Rogério Ceni, em especial no início. O novo treinador quer um São Paulo protagonista, propondo o jogo. Mas está difícil. Porque são nove partidas sem vitória e time afundado na zona de rebaixamento, o que naturalmente abala a confiança.



Para piorar, o desentrosamento de um elenco muito mexido, com entradas e saídas de atletas. Na Arena Condá, o primeiro tempo de domínio, especialmente nas jogadas pela esquerda com aproximação de Junior Tavares, Jonatan Gómez e Cueva, não conseguiu proporcionar uma oportunidade cristalina. Porque a jogada pelo flanco sempre fugia de Lucas Pratto e Wellington Nem, exatamente pela falta de sintonia. O cruzamento era impreciso ou o atacante estava mal posicionado para finalizar.

Pouco ou nada adianta a posse sempre acima dos 65%. Ou até atrapalha, pois dá ao adversário o conforto de jogar posicionado atrás e saindo em transições ofensivas rápidas aproveitando espaços em uma retaguarda adiantada. Time sem confiança, erra o passe e está exposto.

Foi o que aconteceu na segunda etapa, principalmente depois do gol de Tulio de Melo na jogada aérea, ainda uma opção ofensiva interessante na Chapecoense agora comandada por Vinicius Eutrópio. Mesmo sentindo os desfalques, especialmente do forte lado esquerdo com Reinaldo e Arthur Caike, o 4-1-4-1 encontrou em Apodi do lado oposto a melhor saída em velocidade.

Dorival Júnior trocou Wellington Nem, Cueva e Petros, colocando Marcinho, Lucas Fernandes e Denilson. Mas era uma equipe nitidamente insegura, com medo de errar e evitando o passe diferente para as infiltrações. A bola rodava, rodava e nada acontecia.

Até o erro, a bola retomada e o chute preciso de Lucas Mineiro. A 15ª finalização da equipe mais objetiva para decretar os 2 a 0. Resultado que redime a Chape, que respira se afastando do Z-4. O São Paulo sofre, Dorival Júnior vai penar para implementar seus conceitos em elenco tão heterogêneo e ainda se conhecendo, com o primeiro turno se aproximando do fim.

O desafio só aumenta.

(Estatísticas: Footstats)

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