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Ceni tem culpa, mas erros individuais vêm minando o São Paulo

Insistência de treinador em Cícero não se justifica, mas, contra o Galo, história poderia ter sido bem diferente se a defesa não entregasse o ouro; assim como foi diante de Corinthians, Ponte, Cruzeiro...

Analisar a derrota de 2 a 1 do São Paulo para o Atlético-MG, no último domingo, somente pela falha de Lucão seria cruel demais com o jogador, que já não goza lá de muito prestígio com a torcida, e injusto com o Galo, tão merecedor da vitória quanto o Tricolor, pois foi ao Morumbi disposto a um duelo franco e criou outras chances de gol além da oferecida pelo zagueiro rival.



Mas falar do desempenho são-paulino neste Campeonato Brasileiro sem ressaltar o quão decisivos vêm sendo os erros defensivos para os resultados do time também maquiaria um fato concreto.

Rogério Ceni tem grande parcela de culpa, como o próprio admite a cada tropeço. "Sou eu quem faz as escolhas do sistema de jogo, das peças", costuma dizer o treinador. Quer um exemplo? Cícero, que continua iniciando as partidas no 11 inicial sem que demonstre, nos jogos, razões para tal - não marca nem ataca, torna-se peça quase "neutra". Basta compará-lo a Jucilei, que ocupa faixa parecida no campo e é mais participativo, tanto no combate quanto na armação.

Mas em confrontos mais parelhos, ele vê seus zagueiros vacilarem em momentos cruciais. Em oito partidas disputadas, eles foram determinantes para o resultado em quatro.

Vamos começar pelo jogo diante do Atlético-MG. O São Paulo estava melhor no segundo tempo, já havia criado ao menos três oportunidades para virar o placar, quando Lucão afastou mal a bola e deu o gol quase de graça para Rafael Moura. Final: 2 a 1 para os mineiros.

Contra o Corinthians, na sexta rodada, os zagueiros falharam diretamente em dois gols da derrota por 3 a 2. No primeiro, de Romero, a trinca tricolor - Douglas, Lucão e Maicon - tentou marcar em linha e deixou o atacante rival passar livre pelas costas. No segundo, na origem do lance, Maicon erra um passe bisonho no meio-campo.

Diante da Ponte Preta, na quarta rodada, Lucão nem sequer sobe para disputar a bola com Léo Artur, que desvia de cabeça. Deve-se ressaltar também a qualidade da finalização de Lucca, de primeira. O jogo terminou 1 a 0 para a Macaca.

Na estreia no campeonato, o gol de Ábila nasce de um arremesso lateral cedido por Maicon - que fica reclamando e não acompanha Alisson. O cruzeirense avança e só toca para o atacante argentino marcar o gol da vitória por 1 a 0.

O que essas derrotas têm em comum? Foram jogos equilibrados e definidos nos famosos "detalhes" - no caso, os erros dos zagueiros são-paulinos.

A própria postura da diretoria, que vem buscando no mercado um jogador para a posição - o último nome especulado é o de Aderlan Santos, do Valencia -, mostra que ninguém anda muito satisfeito com a performance do setor em 2017. Não à toa. Em 32 jogos, a equipe foi vazada 38 vezes - não entram nesta conta os duelos pelo Torneio da Flórida.

Ceni pode ter achado a melhor formação para o São Paulo no esquema com três zagueiros. Mas qualquer estratégia ou ideia tática cai por terra quando, na hora agá, algum deles interfere tão diretamente no resultado como vem acontecendo neste Brasileirão.

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