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São Paulo não muda, Leco não é o mesmo e sumiu – por Wender Peixoto

Em 2014, Leco se tornou presidente do Conselho Deliberativo a pedido de Aidar. Com a queda de Carlos Miguel, Leco assumiu a presidência do São Paulo por um ano e meio e desenvolveu uma autoimagem branda. Na eleição de 2017, popularizaram o Lecão da massa nas redes sociais. Leco dava entrevistas e interagia com o torcedor.



Durante a campanha prometeu cumprir integralmente o novo estatuto, em vigor desde janeiro para corrigir o anterior que sofreu golpe na segunda reeleição do Juvenal Juvêncio. O novo estatuto foi aprovado sob a bandeira da profissionalização e modernidade exigindo profissionais do mercado nas diretorias. Importantíssimo para um clube afundado em amadorismo por pessoas desqualificadas e politicagem.

Carlos Augusto Barros e Silva renovou contratos de jogadores antes da eleição em abril, posou sorridente para as fotos nas assinaturas. Trouxe Pratto e Rogério Ceni, despreparado, ao que tudo indica aproveitando-se do momento eleitoral. Lecão da massa estava em alta e no gramado o time vencia. Tudo indicava rumo certo e o time não seria desmontado como ocorreu nos últimos oito anos.

Passada a eleição, Leco mudou, sumiu das redes sociais – de acordo com informações, dispensou o assessor que escrevia pelo presidente – e desapareceu da mídia. Sobre o desmantelamento da melhor base na história do clube e do time, nenhuma palavra. Da equipe Sub-20 vencedora de seis títulos, cinco jogadores foram vendidos e outros, emprestados. A base mantida traria títulos, certamente. A imprensa informa que dívidas motivaram as vendas, mas não é possível acreditar sem o presidente falar de forma oficial.

O novo estatuto é um embuste. Pelas mãos do Leco, os mesmos figurões de sempre continuam dirigindo as pastas principais do clube, mas agora são antigos conselheiros assalariados pelo São Paulo. Segundo informações, chegam tarde para trabalhar no clube. O estatuto estabelece ofício integral de gente qualificada buscada no mercado.



Leco rompeu o estatuto na diretoria executiva de futebol. Pinotti não é profissional qualificado da bola e não recebe salário (deveria receber e doar se não quer a remuneração). Temos o passado recente para mostrar o que aconteceu no futebol do São Paulo quando advogados e piloto de carros dirigiram o futebol.

As pessoas indicadas ao Conselho Administrativo se reúnem 2h por mês – pouco! – para a fiscalização das Diretorias e aprovação de remunerações; exame e aprovação de contratos e documentos; escolha de Auditores Independentes; aprovação e controle da proposta orçamentária a ser submetida ao Conselho Deliberativo.

Recentemente, Leco determinou sigilo ao Conselho Administrativo, CONFIRA A MATÉRIA COMPLETA AQUI, para que integrantes não concedam informações sobre assuntos pertinentes ao clube de interesse da coletividade são-paulina. Todas as entrevistas do Pinotti ou Leco são vazias e enigmáticas, ou por escrito. O São Paulo não tem mais voz e se distanciou do torcedor. Na campanha, Leco pregou transparência total. O discurso de modernidade tem sido uma falácia, o modelo de gestão está errado.



Leco prometeu transparência no site do clube. Para onde está indo o dinheiro da venda dos jogadores? Cadê os reforços? Com mais de 110 mil sócios torcedores, qual é o destino das verbas dessa fonte? Governança e transparência são exigências do Estatuto do São Paulo Futebol Clube. O site está desatualizado, com informações de 2015.

O presidente “gostava” do Lugano, porém após a eleição não quer renovar o contrato do jogador. O elenco tem carência de zagueiros e liderança, fatores que não sensibilizam Leco. A má vontade do presidente, com possível influência na escalação, mobilizou campanhas da torcida e dos próprios companheiros pela renovação do zagueiro uruguaio.

Leco tem histórico de polêmicas e fracassos à frente do futebol no São Paulo como as demissões de Nelsinho Baptista em 2002 e Muricy em 2009. Também, contabiliza um título sobre o Ituano em 2002 e vinte eliminações como dirigente. Em clássicos, com Leco acima, o São Paulo possui 15 vitórias, 17 empates e 30 derrotas.

A torcida deseja ver e ouvir o presidente, agora recebendo salário do clube. O legado dessa gestão será vender o futuro para manter o passado? Ou: estatuto transformado em letra morta? Até quando os torcedores sofrerão? Sócios e conselheiros continuarão inertes? Leco mudou durante a campanha – no bom photoshop eleitoral –, mas continua o mesmo de outrora.


Wender Peixoto
Twitter: https://twitter.com/PeixotoWender

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