João Schmidt entre dois jogadores do Botafogo (Marcello Fim/Gazeta Press)

A chance de o São Paulo perder o volante João Schmidt de graça em julho é gigante. O atleta revelado na base tricolor recusou a última oferta feita pelo presidente Leco para renovar o contrato, que termina em menos de sete meses, e tem em mãos cinco propostas de clubes da Europa – a melhor é da Atalanta, da Itália.

E a intenção de deixar o Morumbi não tem a ver exclusivamente com a parte financeira. João Schmidt reclama que a diretoria não cumpriu a promessa feita no ano passado, quando impediu sua venda para o Vitória de Setúbal, de Portugal, onde havia atuado por empréstimo – o então executivo Gustavo Veira de Oliveira assegurou que ele seria titular.



A temporada de 2016 acabou e Schmidt só começou jogando 27 das 70 partidas realizadas pelo Tricolor – ele ainda entrou em outras cinco. Ou seja, não esteve sequer em metade dos confrontos. Talvez pela falta de oportunidades, sua média de gols também caiu: dois, contra oito do ano anterior, em Portugal.

A iminente saída do volante, revelada pelo Blog em 21 de novembro, tem rendido críticas ao departamento de futebol dentro e fora do Morumbi. Internamente, existe a avaliação de que a diretoria demorou demais para procurá-lo.

Já o mercado ironiza a chance de o São Paulo perder uma de suas revelações sem ganhar qualquer centavo. Seu vínculo termina em 30 de junho e ele já pode assinar pré-contrato com qualquer interessado a partir de 30 de dezembro.

Um dos reforços pretendidos pelo novo técnico tricolor, Rogério Ceni, é justamente para a função de volante. O nome dos sonhos era Felipe Melo, da Inter, mas diante das dificuldades financeiras, o ex-corintiano Jucilei entrou nos planos, como informou o Blog em 15 de dezembro.