Assim que acabou o jogo no Pacaembu com nova derrota, a preocupação lhe tomou. Foi dormir tarde, ouviu todos os programas na rádio e na tv. Nenhuma resposta lhe acalmava. Todos, sem exceção, parecem não saber lhufas do que está acontecendo.
“O time está muito mal”.
Ele sabia que ir para o bar do Roberval naquela sexta era um lance horrível, do mesmo nível do gol que o Chavez perdeu. Aguentar apenas os santistas era o de menos, o problema era a união com os palmeirenses e corintianos, Benê não tinha como argumentar. Era hora de se poupar, poupar os nervos.
Pensou ainda na próxima rodada. Não haveria pior momento de enfrentar o Fluminense fora de casa. No Fla-Flu teve uma polêmica terrível e aquela compensada peculiar que viria a galope, pode chegar de avião e bem contra nós.
Um pessimismo lhe tomou.
“O que fazemos? ”
***
Sábado lindo na capital e com a ressaca tricolor já mais amena, foi para o Boteco do Roberval, onde tem a melhor feijoada da cidade, segundo o próprio dono.
Benê, separou uma camiseta do São Paulo antiga que ele tem, uma dos anos 80. Do time do Cilinho, dos Menudos do Morumbi, tempo áureo da base tricolor. A camiseta ainda serve, Benê se manteve elegante com o passar dos anos, herdou boa genética e ainda é um coroa na pinta.
“Mas, é essa a solução!” Bradou olhando linda camiseta.
Quando chegou no bar, já foi aquela farra. “Ão-ão-segunda-divisão”. Sem responder, mas com a camiseta imponente entrou sorrindo.
- Segunda divisão? Isso eu não sei o que é não, viu?!
Roberval por detrás do balcão, ao ver o cavalheiro, como de praxe, soltou os marimbondos pela boca:
- Falei Benê, e vão perder do Fluminense também! E não vem com essa camisetinha aí! Fica quietinho igual o Pedroso.
E mirou para o outro são-paulino que frequentava o boteco. Com uma aparência caída, quase fingiu que não era com ele. Estava abatido.
Benê sentou com o Pedroso, as mesas do pequeno boteco eram conjugadas, fazendo com que todos tivessem a sensação de participar de um grande banquete familiar. Aproveitou a situação para compartilhar as dores.
- Pô, Benê e agora?
- Pedroso, é hora de colocar os talentosos da base no ataque! Pô! O David Neres é melhor que esses caras que estão aí! Se ele acertar um drible, a torcida vai junto.
Pedroso estava reticente demais.
- Não sei não Benê, muita fogueira.
- Eu bancaria! A gente precisa olhar para o campo e se sentir representado. A base mobiliza a torcida!
E assim levantou e falou em alto e bom som:
- E estou contando os dias para pegar o Corinthinha com o Oswaldinho de Oliveira no Morumbi! Vamos a desforra! 2 gols do David Neres, fora o baile em cima do Fágner, essa invenção do Tite.
O bar entrou numa polêmica só. Aquela polêmica tão boa do futebol, mas que ultimamente anda espetando os corações tricolores.
E você tricolor, o que lhe dá esperanças ainda?
“O time está muito mal”.
Ele sabia que ir para o bar do Roberval naquela sexta era um lance horrível, do mesmo nível do gol que o Chavez perdeu. Aguentar apenas os santistas era o de menos, o problema era a união com os palmeirenses e corintianos, Benê não tinha como argumentar. Era hora de se poupar, poupar os nervos.
Pensou ainda na próxima rodada. Não haveria pior momento de enfrentar o Fluminense fora de casa. No Fla-Flu teve uma polêmica terrível e aquela compensada peculiar que viria a galope, pode chegar de avião e bem contra nós.
Um pessimismo lhe tomou.
“O que fazemos? ”
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Sábado lindo na capital e com a ressaca tricolor já mais amena, foi para o Boteco do Roberval, onde tem a melhor feijoada da cidade, segundo o próprio dono.
Benê, separou uma camiseta do São Paulo antiga que ele tem, uma dos anos 80. Do time do Cilinho, dos Menudos do Morumbi, tempo áureo da base tricolor. A camiseta ainda serve, Benê se manteve elegante com o passar dos anos, herdou boa genética e ainda é um coroa na pinta.
“Mas, é essa a solução!” Bradou olhando linda camiseta.
Quando chegou no bar, já foi aquela farra. “Ão-ão-segunda-divisão”. Sem responder, mas com a camiseta imponente entrou sorrindo.
- Segunda divisão? Isso eu não sei o que é não, viu?!
Roberval por detrás do balcão, ao ver o cavalheiro, como de praxe, soltou os marimbondos pela boca:
- Falei Benê, e vão perder do Fluminense também! E não vem com essa camisetinha aí! Fica quietinho igual o Pedroso.
E mirou para o outro são-paulino que frequentava o boteco. Com uma aparência caída, quase fingiu que não era com ele. Estava abatido.
Benê sentou com o Pedroso, as mesas do pequeno boteco eram conjugadas, fazendo com que todos tivessem a sensação de participar de um grande banquete familiar. Aproveitou a situação para compartilhar as dores.
- Pô, Benê e agora?
- Pedroso, é hora de colocar os talentosos da base no ataque! Pô! O David Neres é melhor que esses caras que estão aí! Se ele acertar um drible, a torcida vai junto.
Pedroso estava reticente demais.
- Não sei não Benê, muita fogueira.
- Eu bancaria! A gente precisa olhar para o campo e se sentir representado. A base mobiliza a torcida!
E assim levantou e falou em alto e bom som:
- E estou contando os dias para pegar o Corinthinha com o Oswaldinho de Oliveira no Morumbi! Vamos a desforra! 2 gols do David Neres, fora o baile em cima do Fágner, essa invenção do Tite.
O bar entrou numa polêmica só. Aquela polêmica tão boa do futebol, mas que ultimamente anda espetando os corações tricolores.
E você tricolor, o que lhe dá esperanças ainda?
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