De Vitor Birner
Vitória 3×2 São Paulo
A obviedade
O Vitória, que vem jogando bem dentro de casa, recebeu o São Paulo em crise, após perder três jogos seguidos em casa e desfalcado de importantes atletas.
Em tais circunstâncias, pensei que Paulo Autuori, na sua reestreia, se preocuparia em fortalecer o sistema defensivo, fechar todos espaços, jogar, tal qual se diz no futebolês, ‘como time pequeno’, e tentar fazer gols num lance de talento de Osvaldo, Ganso, na raça de Aloísio, bola parada….
E que o Vitória atacasse como costuma fazer.
Não me enganei a respeito de quem ganharia o jogo, mas o andamento do confronto não passou nem perto do que eu imaginava.
A ousadia maluca
O São Paulo foi para cima.
O Vitória esperou para contra-atacar.
A postura são-paulina, desde começo, pareceu a dos times que estão perdendo por 2×0 uma partida decisiva e vão para o ‘tudo ou nada’.
Wellington, volante na direita, apareceu constantemente na meia para ajudar na criação. Maicon fez o mesmo na esquerda. Os laterais Lucas Farias e Juan apoiaram juntos. Rodrigo Caio também não ficou preso atrás. Até o zagueiro Lúcio foi para frente.
A ousadia maluca e inconsequente, fruto provavelmente da má compreensão ou execução das instruções de Paulo Autuori, pois não é possível que o técnico tenha pedido ao time para ser ofensivo e suicida, poderia ajudar o São Paulo a fazer gols, contudo era certeza de que o Vitória teria muuuuitas chances de contra-atacar.
Assim foi o confronto.
‘Apenas’ três gols
O Rubro-negro se defendeu e aproveitou os vários problemas de posicionamento do rival para marcar 3 gols e perder mais algumas chances claríssimas.
Bastava o São Paulo perder a bola no ataque, situação normal de qualquer jogo, para o Vitória tentar o contragolpe rápido.
Nem o fato de o São Paulo ter saído em vantagem, aos 9 minutos, após um dos poucos contragolpes cedidos pelo adversário e que teve as participações de Rodrigo Caio, Osvaldo e Aloísio, autor do gol, levou a equipe de Autuori a tentar ser mais equilibrada.
Continuou atacando de maneira irresponsável e pagou o preço.
Não poderia, fora de casa, levar gols em contra-ataques.
Tomou 2 em lances assim e escapou de sofrer outros.
Repare na liberdade do meia Renato Cajá para fazer o lançamento no gol de Dinei, o do empate do Vitória, aos 21.
Nenhum são-paulino marcou o meia, o zagueiro estava sozinho, o centroavante recebeu a esférica sem ninguém o marcando, ficou mano a mano com Wdson Silva, e ainda tinha Biancucchi, livre na área, se quisesse tocar a bola.
O primo de Messi, beneficiado pela forma como o time de Autuori se posicionou, acabou sendo o destaque da partida.
Ele ficou adiantado, na mesma linha de Lucio e Edson Silva. Como o São Paulo estava todo muito avançado, apostou corrida diversas vezes com os dois.
Desconfio que nem o próprio Biancucchi cogitou, antes do apito inicial, a possibilidade de viver situação tática tão favorável.
Iluminado, deu sorte no gol da virada. Lucas Farias, na tentativa de tomar a bola, tocou a mesma para o meio, já dentro da área, Rodrigo Caio não dominou, ela sobrou para o Hermano, ele não chutou bem, todavia Rodrigo Caio deu carrinho, desviou a dita cuja e ela passou por cima de Rogério Ceni.
O goleiro ainda conseguiu empatar em bonita cobrança de falta.
Foto: Rubens Chiri
No intervalo, Autuori teve a chance de organizar o time.
Não conseguiu fazê-lo e viu o São Paulo piorar ainda mais.
No segundo tempo, o Vitória perdeu a chance de conquistar a goleada.
Renato Cajá, aos 3 minutos, perdeu o gol quase de baixo da trave, quando a gorducha já havia passo por Rogério Ceni.
Obviamente, foi uma jogada de contra-ataque feita por Biancucchi.
Aos 6, o meia cobrou oi mal o pênalti inexistente de Wellington em Escudero.
Aos 11, Cajá deu um chapéu em Juan, lançou Nino, e o lateral cruzou para Biancucchi balançar a rede.
Aos 15, o hermano jogou fora ótima chance de o Vitória fazer o quarto gol.
Aos 23, Wellinton, irritado, fez falta em Cajá, recebeu o segundo cartão amarelo e foi corretamente expulso.
Autuori havia substituído, antes, Lucas Farias por Fabrício e Maicon por Ademilson.
O São Paulo se fechou após ficar com um atleta a menos, melhorou o posicionamento defensivo, até equilibrou as ações nos últimos minutos, mas não conseguiu empatar.
Resultado justo.
Escalações
Vitória – Wilson; Nino, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Tarracha; Michel, Cáceres (Vander), Escudero (Gabriel Soares) e Renato Cajá; Maxi Biancuchi e Dinei
Técnico: Caio Junior
São Paulo – Rogério Ceni; Lucas Farias (Fabrício), Lúcio, Edson Silva e Juan; Wellington, Rodrigo Caio, Maicon (Ademílson ) e Ganso; Osvaldo e Aloísio
Técnico: Paulo Autuori.
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento
Auxiliares: Rodrigo Corrêa e Pedro Santos de Araújo
Vitória 3×2 São Paulo
A obviedade
O Vitória, que vem jogando bem dentro de casa, recebeu o São Paulo em crise, após perder três jogos seguidos em casa e desfalcado de importantes atletas.
Em tais circunstâncias, pensei que Paulo Autuori, na sua reestreia, se preocuparia em fortalecer o sistema defensivo, fechar todos espaços, jogar, tal qual se diz no futebolês, ‘como time pequeno’, e tentar fazer gols num lance de talento de Osvaldo, Ganso, na raça de Aloísio, bola parada….
E que o Vitória atacasse como costuma fazer.
Não me enganei a respeito de quem ganharia o jogo, mas o andamento do confronto não passou nem perto do que eu imaginava.
A ousadia maluca
O São Paulo foi para cima.
O Vitória esperou para contra-atacar.
A postura são-paulina, desde começo, pareceu a dos times que estão perdendo por 2×0 uma partida decisiva e vão para o ‘tudo ou nada’.
Wellington, volante na direita, apareceu constantemente na meia para ajudar na criação. Maicon fez o mesmo na esquerda. Os laterais Lucas Farias e Juan apoiaram juntos. Rodrigo Caio também não ficou preso atrás. Até o zagueiro Lúcio foi para frente.
A ousadia maluca e inconsequente, fruto provavelmente da má compreensão ou execução das instruções de Paulo Autuori, pois não é possível que o técnico tenha pedido ao time para ser ofensivo e suicida, poderia ajudar o São Paulo a fazer gols, contudo era certeza de que o Vitória teria muuuuitas chances de contra-atacar.
Assim foi o confronto.
‘Apenas’ três gols
O Rubro-negro se defendeu e aproveitou os vários problemas de posicionamento do rival para marcar 3 gols e perder mais algumas chances claríssimas.
Bastava o São Paulo perder a bola no ataque, situação normal de qualquer jogo, para o Vitória tentar o contragolpe rápido.
Nem o fato de o São Paulo ter saído em vantagem, aos 9 minutos, após um dos poucos contragolpes cedidos pelo adversário e que teve as participações de Rodrigo Caio, Osvaldo e Aloísio, autor do gol, levou a equipe de Autuori a tentar ser mais equilibrada.
Continuou atacando de maneira irresponsável e pagou o preço.
Não poderia, fora de casa, levar gols em contra-ataques.
Tomou 2 em lances assim e escapou de sofrer outros.
Repare na liberdade do meia Renato Cajá para fazer o lançamento no gol de Dinei, o do empate do Vitória, aos 21.
Nenhum são-paulino marcou o meia, o zagueiro estava sozinho, o centroavante recebeu a esférica sem ninguém o marcando, ficou mano a mano com Wdson Silva, e ainda tinha Biancucchi, livre na área, se quisesse tocar a bola.
O primo de Messi, beneficiado pela forma como o time de Autuori se posicionou, acabou sendo o destaque da partida.
Ele ficou adiantado, na mesma linha de Lucio e Edson Silva. Como o São Paulo estava todo muito avançado, apostou corrida diversas vezes com os dois.
Desconfio que nem o próprio Biancucchi cogitou, antes do apito inicial, a possibilidade de viver situação tática tão favorável.
Iluminado, deu sorte no gol da virada. Lucas Farias, na tentativa de tomar a bola, tocou a mesma para o meio, já dentro da área, Rodrigo Caio não dominou, ela sobrou para o Hermano, ele não chutou bem, todavia Rodrigo Caio deu carrinho, desviou a dita cuja e ela passou por cima de Rogério Ceni.
O goleiro ainda conseguiu empatar em bonita cobrança de falta.
Foto: Rubens Chiri
No intervalo, Autuori teve a chance de organizar o time.
Não conseguiu fazê-lo e viu o São Paulo piorar ainda mais.
No segundo tempo, o Vitória perdeu a chance de conquistar a goleada.
Renato Cajá, aos 3 minutos, perdeu o gol quase de baixo da trave, quando a gorducha já havia passo por Rogério Ceni.
Obviamente, foi uma jogada de contra-ataque feita por Biancucchi.
Aos 6, o meia cobrou oi mal o pênalti inexistente de Wellington em Escudero.
Aos 11, Cajá deu um chapéu em Juan, lançou Nino, e o lateral cruzou para Biancucchi balançar a rede.
Aos 15, o hermano jogou fora ótima chance de o Vitória fazer o quarto gol.
Aos 23, Wellinton, irritado, fez falta em Cajá, recebeu o segundo cartão amarelo e foi corretamente expulso.
Autuori havia substituído, antes, Lucas Farias por Fabrício e Maicon por Ademilson.
O São Paulo se fechou após ficar com um atleta a menos, melhorou o posicionamento defensivo, até equilibrou as ações nos últimos minutos, mas não conseguiu empatar.
Resultado justo.
Escalações
Vitória – Wilson; Nino, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Tarracha; Michel, Cáceres (Vander), Escudero (Gabriel Soares) e Renato Cajá; Maxi Biancuchi e Dinei
Técnico: Caio Junior
São Paulo – Rogério Ceni; Lucas Farias (Fabrício), Lúcio, Edson Silva e Juan; Wellington, Rodrigo Caio, Maicon (Ademílson ) e Ganso; Osvaldo e Aloísio
Técnico: Paulo Autuori.
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento
Auxiliares: Rodrigo Corrêa e Pedro Santos de Araújo
VEJA TAMBÉM
- Thiago Carpini é demitido do São Paulo após quatro meses no cargo
- Campeão da Champions League deve ser anunciado como treinador do São Paulo
- São Paulo é derrotado pelo Flamengo e pressão sobre Carpini aumenta