Resumindo.. os principais trechos de uma excelente (e extensa) reportagem do Portal Ig a respeito da reforma do Morumbi:
- No São Paulo ainda há quem acredite que o Morumbi poderá ser usado na Copa (sabe-se que Adalberto Batista é um desses). Mas um dos principais dirigentes tricolores, João Paulo de Jesus Lopes, discorda, seja por conta da iminente construção do Itaquerão, seja em função da briga política com a CBF.
- Do total de R$ 250 milhões da reforma, cerca de R$ 120 milhões seriam para a cobertura, e R$ 130 milhões do restante da obra. Desta parte, o clube já teria bancado R$ 80 milhões.
- Quanto à cobertura, a Diretoria informa que o acerto está próximo, faltando apenas detalhes jurídicos. A obra ficará pronta em 18 meses a contar da assinatura do contrato.
- A empresa parceira bancaria todo o custo da cobertura. Em troca, o São Paulo cederia camarotes, o naming rights e a exploração comercial da Arena 25.
- Até agora já foram instalados 17.000 novos assentos, e reformados 5 banheiros (4 no anel inferior e 1 no intermediário).
- O clube ainda vai construir um auditório para 360 pessoas, que poderá ser alugado para eventos, além de novos vestiários, voltados para o centro do campo. Os atuais servirão como camarim para shows.
- Em anexo ao estádio serão construídas três torres comerciais, que poderão ser alugadas para empresas ou servirem como hotel.
- O projeto de revitalização da Praça Roberto Gomes Pedrosa foi feito pelo arquiteto Ruy Othake, e custará R$ 130 milhões, valor já incluído no orçamento de R$ 3,2 bilhões da Linha 17 Ouro.
COMENTÁRIO:
Quem acompanha o Blog já tinha conhecimento de muitos desses detalhes. Mas a matéria do portal Ig traz importantes novidades, dentre elas a contrapartida do São Paulo para a empresa que bancará a cobertura. Até agora não se sabem detalhes desse projeto.
Já foi comentado que o clube cederia apenas o nome da arena; ou então que também passaria ao investidor as receitas geradas pela arena; ou ainda que o clube negociaria os naming rigths do próprio Cícero Pompeu de Toledo.
A reportagem fala em ‘exploração comercial’, mas não se sabe se isso se limitaria a espaços publicitários ou se também envolveria as receitas da arena, que são a maior vantagem do empreendimento. O São Paulo quer criar a Arena25 justamente para ampliar a geração de receitas do Morumbi, que hoje só serve para shows de grande porte.
Outro detalhe importante é a visão que os dirigentes tricolores tem em relação à Copa 2014. Para o planejamento do clube é preciso ser realista e entender, tal como JPJL, que o Morumbi não vai sediar a Copa do Mundo. Assim, o São Paulo deve trabalhar sob essa premissa, ao invés de contar com o impossível.
Causa estranheza a notícia de construção de três torres em anexo ao estádio. Até onde se sabe, seria construído 1 prédio.
De qualquer forma, o mais importante é a utilidade dessa obra, que permitirá gerar mais receitas para o clube. O Sport, por exemplo, fará algo semelhante em seu novo estádio, com a construção de dois prédios com escritórios comerciais.
O Ig forneceu um dado importante: o custo da revitalização da Praça Roberto Gomes Pedrosa, e o fato de que está incluído no orçamento do monotrilho. Como se sabe, a Linha 17 Ouro será construída independentemente da realização da Copa no estádio do Morumbi.
Assim, o único efeito de sua exclusão do torneio será o atraso das obras: com a Copa, teriam que ficar prontas até 2014; sem a Copa, pode demorar mais, principalmente com a oposição dos moradores da região. Mas o fato da revitalização da praça já estar incluída no projeto, sem dúvida alguma, facilita bastante.
Por fim, temos a construção do auditório para 360 pessoas, que mostra que o grande foco do projeto de reforma do Morumbi é potencializar a geração de receitas do estádio. Se hoje já rende mais de R$ 30 milhões por ano, imaginem depois de todas essas obras.
