A fonte que passou a amigos jornalistas que Dagoberto jogará no Santos é real. Real. E atende pelo nome de Edison Arantes do Nacimento. Foi Pelé a matriz da informação O Rei estava muito contente com a notícia. A mudança tem tudo para se concretizar. Pode ser em abril, quando termina o contrato com o São Paulo, ou ao final do Brasileiro, com o clube do Morumbi recebendo uma compensação financeira. Exatamente como o São Paulo fez para contar com Carlinhos Paraíba, do Coritiba. Para tê-lo em janeiro e não em maio, cedeu o meia Rafinha ao Coxa.
É quase impossível que Dagoberto fique. Ele quer um aumento de salário, o que o deixaria ganhando bem mais do que Lucas, por exemplo. Ele se aproximaria salarialmente de Rogério Ceni e Luís Fabiano, o que não é considerado justo pela diretoria.
Quando perdem jogadores, diretores e torcedores gostam de praticar a tese das uvas verdes e passam a desdenhar o craque. Não é o caso. Realmente, apesar dos 20 gols na temporada, Dagoberto não é unanimidade no São Paulo. Há quem conteste sua eficiência em jogos decisivos e também quem o considere uma pessoa de difícil trato. "Ele é figurinha que vem fora do pacote. Não se adapta muito bem, precisa de um tratamento especial, é dengoso e deve seguir seu caminho fora do clube. Não é o caso de falar mal dele, que deu uma contribuição muito grande ao clube, mas está mesmo na hora de sair", diz um ex-dirigente.
João Paulo de Jesus Lopes considera normal que o jogador saia e que o clube não receba dinheiro. "O mercado é assim. Também conseguimos jogadores sem gastar".