Xingar o Ney Franco é esconder os reais problemas do São Paulo. O treinador está sendo, por exemplo,
De Vitor Birner
O São Paulo disputou dezessete jogos na temporada.
Ganso foi titular em oito e entrou durante sete.
Só não participou do jogo contra o Bolívar, em La Paz, e da vitória, ontem, contra Oeste.
Está muito claro que Ney Franco dá ao meia oportunidades de se recuperar.
Não está pegando no pé dele..
Basta lembrar que das 15 partidas com a camisa são-paulina nesta temporada, o atleta teve atuações boas ou razoáveis, dependendo de sua avaliação, em apenas três.
Contra o The Strongest (2×1), Arsenal (1×1) e diante do Palmeiras (0×0).
No Choque-Rei, ainda ficou devendo participação melhor na parte defensiva.
Nas duas da Libertadores, entrou com o adversário recuado, no esquema tático 4-2-3-1, com um volante atrás, ele e dois meias, além de dois atacantes.
Tal situação favorece bastante as características dele.
Mesmo assim, destaque, de verdade, não foi em nenhum jogo.
Resta alguma dúvida se o treinador está tentando ajudar atleta a se recuperar?
Ontem, no Morumbi, boa parte da torcida são-paulina chamou o treinador de burro e gritou o nome do boleiro.
Está jogando contra o time.
Ganso, sempre que entra em campo, tem a chance de brilhar e ganhar a posição.
O técnico queria que ela jogasse o bastante para isso acontecer, pois assim o problema estaria resolvido, a tietagem se justificaria nas partes técnica e coletiva, e ele, Ney Franco, teria vida mais tranquila no trabalho.
Infelizmente para os são-paulinos, o atleta ainda não mostrou o futebol de 2010.
Os xingamentos tão injustos quanto improdutivos ao treinador não irão mudar isso.
Nem farão Douglas, Cortez, Denilson, Lucio, Luis Fabiano, Fabricio e o guerreiro Wellington jogarem o que podem.
Todos eles têm mais futebol do que mostraram na atual temporada.