Com o semblante abatido, Rogério Ceni encontrou os jornalistas na saída do Estádio Independência - foi sorteado para o exame antidoping. Depois da eliminação com a goleada sofrida para o Atlético-MG por 4 a 1, nesta quarta-feira, o goleiro do São Paulo afirmou estar frustrado com sua pior Libertadores da carreira.

"A pior (Libertadores) que eu participei, em número de pontos, no aspecto geral. A gente já caiu em outras oportunidades nas oitavas. Mas em raros momentos nesta Libertadores fomos bem. Os melhores jogos fizemos contra o Atlético, aquele último da fase de grupos e os primeiros 35 minutos da ida", analisou o capitão.

"Foram partidas distintas: no melhor jogo nosso na competição, poderíamos ter feito dois, três a zero. O placar no Morumbi trouxe uma situação desconfortável. Não conseguimos nem fazer os dois gols, e nem tivemos tantas chances. Não podemos reclamar da sorte", falou.

"O sentimento é o mesmo de todos os jogadores, frustração, de não conseguir a classificação. Tem que ser realista: Atlético é um time superior, e foi muito superior hoje. A gente fica triste, claro, extremamente chateado, mas não temos o que dizer, como ‘perdemos de forma injusta’. A equipe que menos sofreu foi a vencedora".

Rogério Ceni foi questionado sobre o que precisaria mudar no São Paulo. O goleiro, porém, mediu as palavras: "Infelizmente, eu sei tudo o que se passa. Sei tudo do São Paulo, mas não cabe a mim. Já tive problemas passados por dar opinião. Não fomos o São Paulo acostumado a jogar a Libertadores nos últimos 20 anos, quando jogamos seis finais. Não é da minha parte".