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Atlético-MG reforça acusações de aliciamento na base e detona diretor do São Paulo: 'É um irresponsável'

Rubens Chiri/saopaulofc.net

As acusações de aliciamento nas categorias de base envolvendo o São Paulo ganham cada vez mais força entre os clubes brasileiros, que estão realmente dispostos a ‘boicotar’ o time do Morumbi nas próximas competições como prova de retaliação ao ‘roubo’ dos jogadores. O gerente da base do Atlético-MG, André Figueiredo, um dos que encabeça a comissão responsável por conduzir o processo contra a equipe paulista, endossou as acusações feitas ao Tricolor e ainda disparou contra o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Batista, que minimizou o protesto dos clubes e garantiu que o time paulista age de acordo com a lei.

“O Adalberto se equivoca e se mostra desentendido do assunto. Quando ele fala que o São Paulo não reconhece esse movimento, o São Paulo esteve em três reuniões, ele não pode dizer que o São Paulo não sabia. Ele é irresponsável ao falar isso”, disparou o gerente da base do Galo, em entrevista ao ESPN.com.br.

“A CBF fez a convocação oficial para moralizar a base e impedir que ninguém roube jogador de ninguém. O São Paulo foi convidado para todas as reuniões, mas não mandou representante após o Renê [Simões, antigo diretor das categorias de base do Tricolor] sair. É um absurdo o que ele fala, mostra o despreparo dele, a desinformação sobre a base dele”, prosseguiu.

A polêmica repercutiu bastante nos últimos dias após reportagem do ESPN.com.br confirmar o boicote programado pelos clubes contra o São Paulo e, por conta disso, o diretor são-paulino acabou se pronunciando sobre as acusações na última quinta, durante treinamento da equipe tricolor no CT da Barra Funda. De acordo com Adalberto Batista, o São Paulo não foi convidado para participar das reuniões que estão sendo realizadas na CBF com os outros times e não está preocupado com o boicote anunciado por eles.

A preocupação com o boicote é zero. O São Paulo não reconhece essa associação de pretensos executivos, muitos deles ligados a empresários de futebol, não recebemos qualquer tipo de arguição, indagação ou qualquer convite para participar de nada”, disse o dirigente, reforçando que os próprios presidentes dos clubes envolvidos não teriam conhecimento sobre o que estava acontecendo nessas reuniões.

“Com os clubes a gente conversa, os presidentes da maioria deles nem sabem o que acontece, as pessoas que estão respondendo pelos clubes são pessoas que não têm grande representatividade nos próprios clubes que eles alegam representar”, pontuou.

As declarações de Adalberto Batista revoltaram o dirigente do Atlético-MG, que fez questão de responder ao diretor são-paulino reforçando as acusações ao São Paulo sobre o ‘roubo’ de jogadores nas categorias de base. Além disso, André Figueiredo também afirmou que Adalberto estaria muito desinformado sobre o assunto e deveria procurar saber mais sobre o que acontece no departamento responsável pelos atletas de Cotia.

“Todas as pessoas que estão no movimento são gerentes de futebol respaldadas pelo seus presidentes. Mas a soberba do São Paulo faz com que ele fale isso. O São Paulo assedia jogadores dos outros clubes, assediou do Goiás, do Prudente, da Ponte, e faz isso há muito tempo”, criticou.

“O que me espanta e que seu Adalberto tem pouca informação sobre a base dele. O São Paulo, com a estrutura que ele tem, precisar assediar jogador atesta a incompetência do processo de formação de jogadores do clube.”

O gerente de base do Atlético-MG ainda citou o fato de que Ney Franco, atual técnico são-paulino e antigo coordenador das categorias de base da seleção brasileira, foi quem convocou todos os clubes para participar de reuniões onde seriam definidas novas formas de regularizar as transferências de jogadores menores de 16 anos – nessa idade, eles ainda não podem assinar contrato profissional com um time.

“Como que o São Paulo não sabe disso se essa reunião começou a ser promovida pela CBF, cujo coordenador na época era o Ney Franco, que hoje é técnico do São Paulo? O treinador deles que começou com isso. Como que o Adalberto não sabe desse movimento? Diz que é de aproveitadores? Ele está muito despreparado”, detonou André Figueiredo.

Por enquanto, a primeira ação oficial que os clubes vão tomar ‘contra’ o aliciamento de jogadores feito pelo São Paulo será mesmo o boicote na Copa 2 de julho, uma das competições mais importantes do calendário, que acontecerá de 1º a 14 de julho deste ano. O time do Morumbi, por sua vez, já confirmou sua participação no torneio e, com isso, segundo André Figueiredo, todas as outras equipes abdicarão da competição.

“A gente não quer se envolver com os organizadores de torneio, nós somos convidados e temos o direito de ir ou não ir. Ele [São Paulo] é soberbo, ele é todo-poderoso, ele que vá sozinho”, finalizou.

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