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Ney Franco organizou união que culminou no boicote ao São Paulo

Ricardo Nogueira-16.abr.13/Folhapress

Foi em um encontro organizado pelo hoje técnico do São Paulo, Ney Franco, que nasceu o movimento que culminou no boicote coletivo ao time do Morumbi em competições para jovens jogadores.

O código de ética para a base nasceu numa reunião entre os responsáveis pela formação dos 40 clubes da Série A e da Série B realizada há um ano pela CBF por iniciativa de Ney, então coordenador de categorias inferiores da entidade e atualmente treinador são-paulino.

É por considerarem que os paulistas estão aliciando jogadores ligados a outras equipes e, consequentemente, ferindo o acordo de cavalheiros que foi selado entre as principais agremiações do país, que os clubes decidiram não participar de torneios com a presença do São Paulo.

"É um absurdo fazer isso. O São Paulo tirou cinco meninos nascidos em 2000 do Cruzeiro. Como ele tem mais poder financeiro e um CT da base mais bem estruturado, fica mais fácil convencer as famílias. E como fica o Cruzeiro, que já investiu nesses meninos?", questiona o diretor das divisões de base do Flamengo, Carlos Brazil, um dos líderes do movimento.

Os clubes argumentam ser antiético tirar de outras equipes atletas com idade inferior a 14 anos ou entre 14 e 16 anos e sem contrato de formação assinado. Essas transferências não geram nenhum tipo de recompensa financeira.

O combate a esse tipo de aliciamento é uma das maiores bandeiras dessa organização informal de clubes.

Ainda em 2012 e por pressão das equipes, o Atlético-PR foi retirado da lista de participantes do Brasileiro sub-17 como forma de retaliação pela contratação do atacante Mosquito, que havia rompido com o Vasco.

"O São Paulo diz que está dentro da lei. A gente sabe que está. Mas um código de ética serve para o que a lei não cobra", adiciona Brazil.

Além do Cruzeiro, Ponte Preta, Goiás, Coritiba e Corinthians, que no passado perdeu Lucas ainda na base para o São Paulo, reclamaram recentemente de aliciamento vindo do Morumbi.

"Sem ética e sem vergonha é quem não paga seus funcionários e nem recolhe os impostos devidos", respondeu o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, defendendo que o clube do Morumbi contrata apenas garotos que não estão com as contas em dia com os clubes de origem.

A primeira competição a receber boicote dos times será a Copa 2 de Julho, feita pelo governo baiano para garotos sub-17, em julho. À Folha a organização disse que ainda irá estudar uma possível exclusão do São Paulo.

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