Numa tentativa clara de intervenção, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, pretende agora mudar o calendário do futebol brasileiro, sincronizando-o com o europeu; a medida não tem apoio da CBF nem dos clubes e sinaliza uma nova crise com a Fifa, de Joseph Blatter, às vésperas da Copa de 2014.
A guerra fria entre o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol começa a atingir níveis alarmantes, às vésperas da Copa do Mundo de 2014. Depois de manobrar para impor nomes como dos jogadores Ronaldo e Leonardo no Comitê Organizador Local e na própria CBF, o Ministério do Esporte quer, agora, mudar até o calendário do futebol brasileiro.
A ideia do ministro Aldo Rebelo é sincronizar o calendário brasileiro com o do futebol brasileiro, sem que haja qualquer indicação dos benefícios reais disso. Se, na Europa, os campeonatos de futebol se iniciam no segundo semestre e adentram pelo ano seguinte, isso se deve a uma obviedade: o clima e a necessidade de que tudo pare (inclusive o futebol) nas férias de verão. Aliás, assim como o futebol, as atividades escolares na Europa também seguem um calendário diferente, com férias curtas no inverno e longas no verão.
A tentativa de intervenção foi noticiada nesta terça-feira no Painel FC, da Folha de S. Paulo. Leia abaixo:
Intervenção
O polêmico calendário do futebol brasileiro entrou na mira do governo federal. O Ministério do Esporte planeja mudar o formato atual, cuja temporada inicia em janeiro e termina em dezembro. O projeto prevê a adaptação do calendário nacional ao modelo europeu, no qual as competições começam em agosto e findam em maio ou junho. A ideia do governo é implantar a alteração o mais rápido possível.
Maré a favor. O projeto deverá ser discutido com clubes, federações e a CBF para ser viabilizado. Mas já há uma ideia consensual de que o formato atual não agrada a ninguém. O aumento da pré- -temporada, que hoje é curta e atrapalha o planejamento das equipes, é ponto favorável para dar força à ideia.
Por partes. O plano de alteração no calendário, porém, está na fila de espera. A prioridade do momento no ministério é a elaboração do projeto de lei que pretende acabar com as dívidas dos clubes com a União.
De verdadeiro, há apenas a tentativa de intervenção. A segunda nota, chamada “Maré a favor”, não faz o menor sentido, porque não há clube, federação ou confederação disposta a abrir mão das férias de verão no futebol nacional. Além disso, o calendário brasileiro segue a mesma linha dos outros países da América do Sul, que disputam a Libertadores, em razão da imposição geográfica.
Outro ponto curioso das notas publicadas na Folha é a intenção velada do governo de condicionar a renegociação das dívidas dos clubes à mudança no calendário.
De todo modo, essa guerra fria já cria embaraços junto à poderosa Fifa, comandada por Joseph Blatter. Como entidade que se coloca além e acima dos governos, a Fifa rejeita qualquer tipo de intervenção oficial nas determinações das federações e confederações dos países membros. Às vésperas da Copa de 2014, o voluntarismo do governo brasileiro preocupa a Fifa.
A guerra fria entre o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol começa a atingir níveis alarmantes, às vésperas da Copa do Mundo de 2014. Depois de manobrar para impor nomes como dos jogadores Ronaldo e Leonardo no Comitê Organizador Local e na própria CBF, o Ministério do Esporte quer, agora, mudar até o calendário do futebol brasileiro.
A ideia do ministro Aldo Rebelo é sincronizar o calendário brasileiro com o do futebol brasileiro, sem que haja qualquer indicação dos benefícios reais disso. Se, na Europa, os campeonatos de futebol se iniciam no segundo semestre e adentram pelo ano seguinte, isso se deve a uma obviedade: o clima e a necessidade de que tudo pare (inclusive o futebol) nas férias de verão. Aliás, assim como o futebol, as atividades escolares na Europa também seguem um calendário diferente, com férias curtas no inverno e longas no verão.
A tentativa de intervenção foi noticiada nesta terça-feira no Painel FC, da Folha de S. Paulo. Leia abaixo:
Intervenção
O polêmico calendário do futebol brasileiro entrou na mira do governo federal. O Ministério do Esporte planeja mudar o formato atual, cuja temporada inicia em janeiro e termina em dezembro. O projeto prevê a adaptação do calendário nacional ao modelo europeu, no qual as competições começam em agosto e findam em maio ou junho. A ideia do governo é implantar a alteração o mais rápido possível.
Maré a favor. O projeto deverá ser discutido com clubes, federações e a CBF para ser viabilizado. Mas já há uma ideia consensual de que o formato atual não agrada a ninguém. O aumento da pré- -temporada, que hoje é curta e atrapalha o planejamento das equipes, é ponto favorável para dar força à ideia.
Por partes. O plano de alteração no calendário, porém, está na fila de espera. A prioridade do momento no ministério é a elaboração do projeto de lei que pretende acabar com as dívidas dos clubes com a União.
De verdadeiro, há apenas a tentativa de intervenção. A segunda nota, chamada “Maré a favor”, não faz o menor sentido, porque não há clube, federação ou confederação disposta a abrir mão das férias de verão no futebol nacional. Além disso, o calendário brasileiro segue a mesma linha dos outros países da América do Sul, que disputam a Libertadores, em razão da imposição geográfica.
Outro ponto curioso das notas publicadas na Folha é a intenção velada do governo de condicionar a renegociação das dívidas dos clubes à mudança no calendário.
De todo modo, essa guerra fria já cria embaraços junto à poderosa Fifa, comandada por Joseph Blatter. Como entidade que se coloca além e acima dos governos, a Fifa rejeita qualquer tipo de intervenção oficial nas determinações das federações e confederações dos países membros. Às vésperas da Copa de 2014, o voluntarismo do governo brasileiro preocupa a Fifa.
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