Pintado vai reencontrar o Sâo Paulo no Paulistão (Foto: Divulgação / CA Penapolense)

Priorizar ou não uma competição? Essa dúvida paira na cabeça de vários treinadores. No caso de Ney Franco, técnico do São Paulo, sua equipe vai fazer um jogo pelas oitavas-de-final do Campeonato Paulista contra o Penapolense e, quatro dias depois, vai enfrentar o Atlético-MG pela Taça Libertadores.

Para o ex-volante do São Paulo e atual técnico do Penapolense, Pintado, o peso da competição internacional dentro do São Paulo é muito grande e espera usar isso à favor do CAP no confronto do Paulistão.

– Sem dúvida o foco do São Paulo é a Libertadores. É o campeonato mais importante do ano para eles e eu sei do peso que tem essa competição dentro do clube. Eles estarão pensando no jogo contra o Atlético-MG e precisamos tentar usar isso a nosso favor. Ainda assim, é um jogo muito difícil – disse Pintado.

O treinador, que assumiu o Penapolense na décima rodada, justo na partida contra o São Paulo, acredita que a derrota na primeira fase não foi justa, mas está atento para a força do Tricolor dentro do Morumbi.

– O favoritismo é deles. É a grande equipe com um dos três melhores treinadores do país e no Morumbi são muito fortes, mas jogamos de igual para igual com eles na primeira fase e o resultado não mostra o que foi o jogo – acrescentou.

No sufoco

Dependendo de suas forças para se classificar para a segunda fase do Paulistão, o Penapolense não conseguiu vencer o Santos na Vila Belmiro, mas se beneficiou da derrota do Linense e carimbou a passagem para as oitavas-de-final.

Para Pintado, o próprio CAP dificultou a partida e por isso saiu com a derrota, porém, foram merecedores da classificação por tudo que fizeram durante a competição.

– Jogar contra o Santos na Vila é muito difícil, mas nós dificultamos o jogo. Fomos muito abaixo no primeiro tempo, mas no segundo diminuímos os espaços e criamos jogadas. Eu falei para os jogadores que tudo dependia de merecimento. Se a gente merecesse, nós nos classificaríamos – comentou o técnico.

Com o destaque para os dois camisas 11 das equipes, Neymar e Silvinho, o treinador rasgou elogios ao atacante santista e comentou sobre as boas atuações do jogador do time de Penápolis.

– O Neymar é a realidade, é diferente. Dificilmente no Brasil alguém vai alcançá-lo. O Silvinho está buscando o espaço dele. Eles são muito diferentes. O Silvinho joga no Penapolense, o Neymar no Santos. É muito mais difícil fazer as coisas em um time do interior, onde tem dificuldades e limitações – concluiu.