O técnico Ney Franco sabe que vive seu momento mais delicado desde que chegou ao São Paulo, em julho do ano passado. Com os maus resultados da equipe na Libertadores, o trabalho do treinador já começa a ser contestado pelos torcedores. Neste domingo, contra o Oeste, no Morumbi, ganhou gritos de "burro" de parte da torcida.

E boa parte dos protestos dos são-paulinos nas arquibancadas se deu pela não utilização de Paulo Henrique Ganso diante da equipe de Itápolis - um dos motivos pela torcida ter protestado antes mesmo da bola rolar. No momento em que o treinador colocou Cañete na partida, ouviu cantos a favor do Maestro, atitude que diz não saber se era também uma crítica ao comandante.

- Não sei interpretar, podem ser as duas coisas, a força (da torcida) para o jogador e também uma crítica para o treinador. Na realidade, a situação do treinador do São Paulo é uma situação exposta. Estou exposto e enquanto não tivermos resultado na Libertadores, vamos ter que conviver com isso - declarou Ney, em entrevista coletiva após o triunfo sobre o Oeste.

Perguntado se essa exposição no cargo está relacionada a algum tipo de má impressão da diretoria com seu trabalho, o treinador nega e diz, inclusive, estar respaldado pela cúpula são-paulina:

- Não, tive uma conversa muito boa com Juvenal, com a diretoria, estão torcendo para que o trabalho dê resultado. Tenho falado com nossos jogadores e o esforço é esse. O futebol está cheio de equipes que começam mal a competição e vão longe, e tem aquela que faz uma fase excelente e na outa fase é eliminada. Nossa preocupação é passar para a próxima fase. E o que vou falar aqui agora pode até repercurtir, parecer estranho, mas nós estamos trabalhando com possibilidade de título tanto no Paulista quanto na Libertadores.