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Ex-ídolos do São Paulo divergem sobre sucesso de Ganso no clube

Raí e Darío Pereyra dizem acreditar que camisa 8 fará história no time do Morumbi; Careca cobra postura e fala que meia parece estar desinteressado

Paulo Henrique Ganso ainda não agradou em 15 partidas pelo São Paulo em 2013

Paulo Henrique Ganso foi contratado a peso de ouro pelo São Paulo em setembro do ano passado. Lesionado, o meia custou R$ 23,9 milhões aos cofres do Morumbi e era uma aposta para 2013. Mas o jogador demora a engrenar. O iG Esporte procurou ex-ídolos são-paulinos que também suaram para se adaptar para falar sobre o assunto. E as opiniões são divididas.

O camisa 8 esteve em campo em 15 das 16 partidas do São Paulo nesta temporada, sendo oito como titular. Foram somente dois gols marcados e duas assistências. Pouco para quem deveria ser o "maestro" da equipe.

“Só preciso ter uma sequência de jogos, mas isso vai acabar sendo natural para a gente melhorar ainda mais”, disse Ganso.


Raí foi o grande nome do primeiro título mundial do São Paulo, contra o Barcelona

Raí jogou no São Paulo de 1987 a 1993 e de 1998 a 2000. Apesar de ter ganhado tudo o que disputou com a camisa tricolor, o eterno camisa 10 demorou a cair nas graças da torcida. Considerado lento, o ex-jogador colocou a culpa em sua timidez. Sobre Ganso, ele acha que é questão de tempo.

“O Ganso é um dos maiores craques que já surgiram no Brasil nos últimos tempos, tem excelente capacidade técnica. Teve alguns problemas de lesão, está voltando, mudando de time. É natural que leve um tempo para adaptação, mas não tenho dúvida nenhuma que é um jogador que pouco a pouco vai se firmar”, analisou Raí.

“Pressão vai acontecer e a expectativa é alta porque ele realmente é um craque. Acho que se ele treinar bem, fazer um esforço e tudo que tem que fazer fora de campo para jogar bem, acho que pode ficar tranquilo porque é uma questão de tempo. Assim que se sentir à vontade no grupo vai ser um dos principais jogadores do time e tem tudo para fazer história no São Paulo”, completou o ex-meia.

Opinião semelhante tem Darío Pereyra, atleta São Paulo entre 1977 a 1988. Contratado do Nacional, do Uruguai, o ex-jogador contou que seus problemas estavam nas diferenças culturais entre os países e em seu posicionamento dentro de campo: “não estava acostumado a jogar de costas para o gol. Meu forte é marcar”. Com relação ao atual camisa 8, uma sequência de partidas entre os titulares irá resolver a questão.

“O Ganso já mostrou no Santos que sabe jogar. Ninguém se esquece de jogar. Ele só precisa de tempo e uma sequência. A pressão da torcida e da imprensa atrapalha, mas ele já mostrou que é bom jogador. Acredito que ainda vai brilhar no São Paulo”, afirmou o uruguaio.

“Meu problema era diferente. Eu vim de outro país, outro tipo de comida. Tive problema para me adaptar aos treinos, era muita musculação. A gente viajava muito para o interior de São Paulo e pelo Brasil, cansava. Lá eu jogava de volante, de frente para o gol, chegando de trás. Aqui me colocaram mais na frente. Não estava acostumado a jogar de costas para o gol. Depois a família veio, cozinhava a comida de lá, me mudaram de posição, fui para a defesa. Meu forte sempre foi marcar”, explicou Pereyra.

Já Careca não é tão otimista. O ex-atacante, que alega não ter tido problemas de adaptação no São Paulo disse não entender a situação e chega até a ver um possível desinteresse de Ganso.

“Não sei o que se passa com ele. Um jogador que custou caro, foi avaliado por profissionais supercompetentes do São Paulo e não está rendendo. Parece que ele está desinteressado. Não sei como é nos treinos, mas nos jogos que ele entra parece que não tem interesse. O time está a 200 e ele entra a 10 por hora. Tem que acelerar”, falou Careca.


Darío Pereyra, o segundo em pé da direita para a esqueda no time do São Paulo de 1983; atacante Careca é o terceiro da esquerda para a direita entre os que estão abaixados

“Se for pra jogar 15 minutos, tem que ser intenso. Aí ele entra e cadencia o jogo. Não sei o que é, se ainda sente dores. Mas tem que ligar porque senão a torcida, que recebeu ele muito bem, vai começar a pegar no pé”, completou o atacante são-paulino 1983 a 1987.

“Não tive problema nenhum. Eu já cheguei jogando, fui para substituir o maior artilheiro da história do São Paulo e não tive problema nenhum. É que falaram um monte de merda. O Juvenal Juvêncio deu entrevista recentemente falando que para terem com o Ganso a mesma paciência que tiveram comigo. Tiveram nada e ele foi infeliz nas declarações dele. Cheguei para substituir o maior artilheiro da história do São Paulo que foi para o Santos, mas já cheguei jogando. Depois tive problemas com lesões, mas normal”, explicou Careca.


Meia Jadson tem feito gols decisivos pelo São Paulo neste início de temporada

Jadson usa próprio exemplo
Um exemplo de dentro do atual elenco tricolor pode servir como resposta para Ganso. O meia Jadson também demorou a engrenar na equipe principal no ano passado, mas hoje é o artilheiro do time em 2013.

“No começo demorei para emplacar, mas no final do ano ganhei ritmo, entrosamento, e fluiu, fui campeão da Sul-Americana. Esse ano comecei bem no trabalho, tranquilo, quieto. As críticas ao Ganso são um pouco injustas porque todos sabem da qualidade dele”, disse o camisa 10.

“Daqui a pouco ele vai estar na sua melhor forma, jogando um bom futebol e vão começar a elogiar novamente. Com o tempo, temos tudo para nos acertar, fazer bons jogos, então tem que dar tempo para a gente ganhar entrosamento”, concluiu Jadson.

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