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Romário anuncia audiência pública para investigar acusações contra Marin

Deputado quer que comissões apurem suposta perseguição de presidente da CBF ao jornalista Vladimir Herzog, tortura e morto pela ditadura militar

Romário fez forte discurso contra o presidente da CBF (Foto: Renato Araújo/Agência Brasil)

O deputado federal Romário (PSB-RJ) fez um forte discurso nesta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, contra o presidente da CBF, José Maria Marin. No seu pronunciamento, o ex-jogador revelou que irá realizar uma audiência pública no Congresso Nacional com o tema "Futebol e Ditadura" para apurar as conexões do cartola com a ditadura militar e, em especial, nas circunstâncias que envolveram a prisão, tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog em outubro de 1975, nas dependências do DOI-Codi, departamento de operações à época.

"As suspeitas sobre o presidente da CBF são graves e constrangedoras. Nós, atletas e ex-atletas, ficamos muito desconfortáveis com esse tipo de situação, num momento em que o Brasil se expõe ao mundo, ao se preparar para receber megaeventos esportivos", disse Romário, que completou:

"Será que a CBF, que comanda um esporte intimamente vinculado à cultura nacional, pode ser dirigida por alguém que pedia a repressão a uma emissora estatal de televisão, a TV Cultura, à qual estava vinculado Vladimir Herzog?"

Na última quarta, o site da entidade que comanda o futebol nacional soltou uma nota em defesa de Marin afirmando que a imprensa promove "torpe campanha, visando desestabilizar a atuação do Sr. José Maria Marin à frente da Presidência da CBF". A página principal traz ainda, em letras garrafais, a mensagem "desmascarando uma falsidade", com um fundo preto. No seu conteúdo, além dos ataques à imprensa há a transcrição de discurso de 9 de setembro de 1975, do então deputado Wadih Elu, com um aparte de Marin, que também era deputado, na Assembléia Legislativa de São Paulo, pedindo que o governador do estado e o Secretário de Cultura na ocasião se pronunciassem sobre o fato de Cultura, cujo departamento jornalistico era comandando por Herzog, só veiculasse "fatos negativos, pois não se vê nada de positivo, apresenta apenas misérias, apresenta problemas, mas não apresenta soluções".

Romário, que preside a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, pediu ajuda da Comissão de Verdade, que analisa as ações realizadas durante a ditadura, para que "compartilhe e traga tudo o que já tiver sido levantado sobre este assunto". O parlamentar citou mais de uma vez o nome da correligionária Luiza Erundina, que preside a Comissão parlamentar Memória, Verdade e Justiça e o apoia nessa questão.

Na internet circula uma petição formulada por Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, que já conta com mais de 38 mil assinaturas, pedindo a saída de Marin da presidência da CBF. No seu pronunciamento, Romário afirmou que a presidente da República, Dilma Roussef, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, têm "dificuldade de engolir o presidente da CBF".

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