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Com apoio de Marin, federação paulista convoca Palmeiras para 'teste' e prepara medida contra organizadas

Depois das agressões sofridas pelo elenco do Palmeiras na semana passada, em Buenos Aires, após a derrota para o Tigre, pela Libertadores, a federação paulista resolveu se mexer e deve anunciar em breve uma medida que tem como objetivo minar o poder das torcidas organizadas e até mesmo fechá-las.

A iniciativa foi debatida na última segunda-feira, em São Paulo, em encontro que contou a presença, dentre outros, do presidente da entidade, Marco Polo del Nero, do presidente da CBF, José Maria Marin, e do diretor do departamento de defesa do torcedor do Ministério do Esporte, Paulo Castilho.

Conforme discutido na reunião, a ideia é criar a torcida uniformizada oficial de cada clube. O Palmeiras seria o primeiro time a ser incluído na ação com o caráter de teste. Del Nero recebeu ainda na segunda-feira o presidente da equipe, Paulo Nobre, para conversar a respeito do assunto. Em caso de resultado positivo, o plano seria estendido para os demais grandes paulistas, não estando descartada a possibilidade de ser expandida nacionalmente.

A estratégia tem o apoio do Ministério do Esporte. Através do promotor Paulo Castilho, o órgão sugeriu ajustes na medida. O ministro Aldo Rebelo chegou a ser procurado pela direção palmeirense após os incidentes em Buenos Aires.

“Marco Polo Del Nero tem o plano de criar a torcida uniformizada dos clubes, com diversos incentivos. Dentre eles, a presença para cada 100 torcedores de um coordenador, ajuda nas viagens de ônibus e facilidade na compra dos ingressos”, revela Paulo Castilho ao ESPN.com.br. “Essa torcida seria do clube. Ela teria cânticos de incentivo ao time, tudo voltado para ele. Seriam torcedores de fato da equipe e não torcedores de uma torcida específica onde existem interesses pessoais”, prossegue.

As torcidas uniformizadas oficiais seriam conhecidas pelos nomes dos próprios clubes. O plano é conseguir dentro de algum tempo encerrar as organizadas através de uma política de vantagens que, na avaliação das autoridades, atrairia não só o chamado torcedor comum.

“As organizadas seriam minadas. Nela, a pessoa não tem nenhum benefício. Na torcida uniformizada, seriam vários. E aí, eles vão ficar na organizada para quê? Para ter a polícia no pé deles, não contar com nenhum benefício, ficar rodeado por pessoas violentas?”, argumenta Castilho.

A federação paulista e o Ministério do Esporte não acreditam que a iniciativa afetará o programa de sócio-torcedor de cada time. Na verdade, a análise é de que serviria para estimular ainda mais a adesão.

Em entrevista coletiva na Academia do Futebol, na semana passada, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, falou sobre o contato com as autoridades e também do desejo de reunir outras equipes no movimento pelo fim da violência no esporte.

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