Rogério Ceni, no jogo do São Paulo contra o Arsenal de Sarandi (Foto: Marcos Ribolli)

Depois de mais uma atuação ruim do São Paulo na Taça Libertadores - empate em 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí -, o capitão Rogério Ceni era uma mistura de esperança e realismo no Pacaembu. O maior ídolo tricolor não deixou de destacar a vontade da equipe em buscar o resultado positivo, mas reconheceu que a qualidade técnica não é a mesma do ano passado, quando tinha Lucas no ataque.

– Não podemos reclamar de falta de sorte. Nossa realidade é essa. Não falta vontade ou espírito de luta. Se pegarmos o time do ano passado, tínhamos o Lucas. Qualquer um que você coloque ali (lado direito do ataque) não vai ser o Lucas. Ele já foi embora, temos de esquecê-lo futebolisticamente. Temos de nos adaptar – afirmou.

Apesar da saída do atacante, vendido ao Paris Saint-Germain, o técnico Ney Franco manteve o esquema 4-2-3-1, mas a equipe não engrenou novamente. Jadson, Aloísio e Douglas foram testados na função, porém, não conseguiram produzir nada parecido com o ex-companheiro, decisivo na conquista da Copa Sul-Americana de 2012.

– Perdemos a jogada individual de um jogador que fazia a diferença. O time não deixa de lutar, mas não consegue repetir as atuações do ano passado. Não temos o Lucas. Hoje é só o Osvaldo como um jogador de velocidade – disse.

O capitão, contudo, fez questão de salientar a determinação do time em lutar pela vitória diante dos argentinos. O São Paulo acertou três bolas na trave, mas não venceu. O resultado deixou a equipe com quatro pontos e em situação difícil. Serão duas partidas como visitante (Arsenal e The Strongest) consecutivas. A rodada final será diante do Atlético-MG, no Morumbi.

– Não estamos apresentando jogos fantásticos, mas é um time que luta e briga. Metemos bolas na trave e jogamos em cima do adversário. Eles fecharam toda a área. Se não fomos brilhantes, não faltou vontade. É um time que não se entrega. Tentamos o gol até o último minuto.