Osvaldo e Jadson, destaques do São Paulo(Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)

A fase de grupos da Taça Libertadores está apenas em sua segunda rodada, mas no São Paulo o clima é de decisão. Depois de perder na estreia e se ver já seis pontos atrás do líder Atlético-MG, o Tricolor precisa reagir com urgência contra o Strongest, nesta quinta-feira, às 21h30m, no Morumbi, para não começar a ver o sonho do quarto título sul-americano desmoronar.

O discurso do técnico Ney Franco e dos jogadores foi exatamente o mesmo ao longo da semana. Um tropeço diante dos bolivianos será considerado um desastre. Batido pelo Galo, em Belo Horizonte, os paulistas seguram a lanterna do Grupo 3 sem nenhum ponto somado. Uma vitória, porém, poderá colocá-lo na segunda colocação e inverter o quadro.

Correndo por fora na chave, o Strongest vai ao Morumbi pensando em somar um ponto que o deixaria em boa situação na briga pela vaga, além de manter distante um dos adversários mais fortes do continente. O time de La Paz derrotou na estreia o Arsenal, da Argentina, e segura a vice-liderança neste momento, com três pontos.

O trio de arbitragem é paraguaio. Enrique Cáceres apita a partida, com os auxiliares Rodney Aquino e Dario Gaona.



São Paulo: o técnico Ney Franco optou por voltar ao esquema 4-2-3-1. Com isso, o meia Paulo Henrique Ganso retorna ao banco de reservas. A vaga dele será ocupada pelo atacante Aloísio, posicionado pelo lado direito do setor ofensivo. A formação é a seguinte: Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rafael Toloi e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Aloísio, Luis Fabiano e Osvaldo.

The Strongest: a equipe boliviana levará até minutos antes da partida o mistério sobre a escalação. A tendência é de que o treinador Eduardo Villegas coloque em campo um time bastante defensivo e tentando explorar os contra-ataques. A equipe deve começar o jogo com: Daniel Vaca, Diego Bejarano, Luis Mendez, Marcos Barrera e Jair Torrico; Walter Veizaga, Nelvin Soliz, Alejandro Chumacero e Sacha Lima; Pablo Escobar e Harold Reina.



São Paulo: o atacante Wallyson, em processo de recondicionamento físico após operar o tornozelo esquerdo.

The Strongest: todos os jogadores estão à disposição.



São Paulo: autor do gol na derrota para o Atlético-MG, o atacante Aloísio é a arma do técnico Ney Franco para tentar furar o bloqueio boliviano. Rápido e com muita explosão física, o jogador atuará pelo lado direito, função em que brilhou na goleada por 5 a 0 sobre o Bolívar.

The Strongest: Ney Franco já alertou para as qualidades do volante Alejandro Chumacero, revelação das categorias de base do clube de La Paz. O jogador, de apenas 21 anos, já faz parte da seleção de seu país e, no primeiro jogo, marcou o gol que abriu caminho para a vitória sobre o Arsenal.



Luis Fabiano, atacante do São Paulo: “Se perdemos, as coisas vão se complicar muito. A Libertadores é o sonho do torcedor. Para nós seria um desastre perder quinta”.

Eduardo Villegas, técnico do The Strongest: “Vamos para somar um ou três pontos, o que seria o ideal. No futebol, nada se decide antes de jogar uma partida. Vamos tentar atacar quando estivermos com a bola e, sem ela, vamos nos defender muito”.



* Quem tem vantagem?

*Diante do The Strongest, o São Paulo defende uma invencibilidade de 20 jogos no Morumbi. A última derrota são-paulina em sua casa foi dia 12 de agosto de 2012, quando perdeu para o Grêmio por 2 a 1. Nas últimas 20 partidas no Morumbi, o São Paulo obteve 15 vitórias e cinco empates e sofreu apenas sete gols.

*O São Paulo atuou 11 vezes na temporada 2013, com sete vitórias, um empate e três derrotas, 26 gols marcados e 15 sofridos. Luis Fabiano e Jadson, com 6 gols cada, são seus principais artilheiros.

*Depois de dois anos ausente, o São Paulo volta a Libertadores e disputa a competição pela 16ª vez em busca de seu quarto título. O Tricolor participou das edições de 1972 (eliminado nas semifinais); 74 (vice-campeão); 1978, 82 e 87 (eliminado na fase de grupos); 92 e 93 (campeão); 94 (vice-campeão); 2004 (eliminado nas semifinais); 2005 (campeão); 2006 (vice-campeão); 2007 (eliminado nas oitavas de final); 2008 e 2009 (eliminado nas quarta de final) e 2010 (eliminado nas semifinais).

*O balanço do São Paulo contra adversários estrangeiros na Libertadores é positivo. O Tricolor enfrentou 115 vezes times de fora do Brasil, conseguindo 63 vitórias, 25 empates e 27 derrotas. Nesses jogos, o São Paulo marcou 190 gols e sofreu 100.

*Atuando no Brasil pela Taça Libertadores, o São Paulo tem o seguinte retrospecto contra times estrangeiros: 57 jogos, com 45 vitórias, oito empates e quatro derrotas. Nesses jogos em casa, o Tricolor marcou 130 gols e sofreu 36.

*Faz mais de 5 anos que o São Paulo não perde para uma equipe estrangeira jogando no Brasil. A última derrota foi pelas quartas de final da Copa Sul-Americana de 2007, quando o Millonarios, da Colômbia, venceu por 1 a 0, no Morumbi. Nas últimas 17 vezes que recebeu equipes de fora do Brasil, o São Paulo obteve 13 vitórias e quatro empates.

*O The Strongest foi fundado em 1908 e é uma das principais equipes da Bolívia. Vinte e cinco vezes campeão boliviano, o clube disputa a Taça Libertadores da América pela 19ª vez e obteve seus melhores resultados na competição em 1990 e 1994, quando alcançou as oitavas de final.



São Paulo e The Strongest jogaram pela última vez no dia 11 de maio de 2005, no Morumbi, pela primeira fase da Taça Libertadores. O Tricolor venceu com tranquilidade por 3 a 0. Os gols foram marcados pelo zagueiro Edcarlos, o centroavante Luizão e o atacante Grafite. A equipe era dirigida pelo técnico Paulo Autuori e, mais tarde, ficaria com o título do torneio.