Os 14 gols anotados com a camisa do Figueirense no Campeonato Brasileiro do ano passado convenceram a diretoria do São Paulo de que Aloísio seria o reserva ideal para Luis Fabiano em 2013, uma vez que Willian José, dono do posto na última temporada, se transferiu para o Grêmio.
Contudo, desde que chegou ao Morumbi, o centroavante catarinense atuou pouco em sua posição de origem e chegou a ser aproveitado, inclusive, como atacante na direita pelo técnico Ney Franco. Somente contra o Atlético Sorocaba - e não durante toda a partida - e diante da Ponte Preta o camisa 19 jogou centralizado na frente.

Hoje, ante o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa, às 16h20 (com transmissão em tempo pelo LANCE!Net), Aloísio terá mais uma oportunidade de jogar na posição que o levou ao Tricolor e espera, enfim, balançar as redes pela primeira vez com a camisa do clube.

– É sempre bom estar marcando. Como centroavante, joguei dois jogos só de todos os que eu fiz. Mas daqui a pouco (a falta de gols) começa a incomodar um pouco. Como vivo de gol, vou tentar balançar a rede o mais rápido possível para tirar esse peso que, por enquanto, é pequeno, mas tem um peso leve aí – revelou o atacante, em entrevista exclusiva ao LANCE!, no CT da Barra Funda.

No treino da manhã de ontem, Ney Franco posicionou - na maior parte da atividade - a equipe no 4-4-2, com um losango no meio de campo formado por Rodrigo Caio, Cañete, Maicon e Ganso. Na frente, Ademilson e Aloísio.

Ciente da responsabilidade de substituir Fabuloso mais uma vez, Aloísio usa o camisa 9 justamente como inspiração não só no São Paulo, mas para ir longe na carreira.

– É uma pessoa que sou muito fã. Como centroavante é o número um do Brasil. Vou procurar trabalhar para tentar chegar perto do que ele conquistou na carreira. Se eu conseguir chegar perto disso, vou ficar muito feliz – completou.

Marca de Willian José em 2012 não incomoda Aloísio
No ano passado, o centroavante Willian José, substituto imediato de Luis Fabiano em 2012, anotou 15 durante toda a temporada. Só no Paulistão, o ex-são-paulino foi às redes 11 vezes e se configurou como o artilheiro do Tricolor na competição.
No entanto, a boa marca do antecessor não preocupa Aloísio, que prefere não fazer projeção de gols para essa temporada.

– Olha, é uma marca legal que Willian fez. Mas vou procurar, como falei, primeiro ajudar o São Paulo. Se eu puder fazer 20 gols, fazer 15, dez ou cinco, o importante será ajudar o São Paulo. Essa é a minha meta pessoal – declarou o camisa 19 à reportagem.
Ainda no ano passado, além dos 14 gols marcados no Brasileiro, Aloísio teve bom desempenho também no Catarinense, torneio em que foi artilheiro com 14 gols, ao lado de Rafael Costa, do Metropolitano.

Bate-bola com o centroavante são-paulino:
É melhor ser o reserva imediato em sua posição ou titular em um setor em que não está acostumado?
Vou procurar, primeiro do que tudo, ajudar. Se o Ney Franco quiser que eu jogue aberto, vou ajudar. Se quiser que eu jogue ao lado do Luis, ou como centroavante quando ele não estiver, vou deixar isso para ele. Mas não tenho preferência, só que aberto vou precisar de um pouco mais de tempo para me ambientar nessa posição.

Para você e para os outros atletas que ainda buscam espaço, o Paulistão é a grande chance de mostrarem serviço ao treinador?
É bom a gente aproveitar agora o Paulistão. O Ney está dando oportunidade para todos, então tem que aproveitar da melhor maneira. É um planejamento muito bom da direção e da comissão técnica, acho que quanto mais rápido os jogadores se ambientarem ao plano de jogo, melhor para todos.

Você disputou uma Libertadores pelo Grêmio, mas muito jovem. Como pode contribuir agora, mais experiente, em um clube novo?
A diferença é bem grande. Naquela época eu tinha 17, 18 anos, não era tão maduro, não pensava “pô, tenho que entrar e decidir”. Quando entrei no Morumbi e olhei a torcida vibrando com o time a cada gol, a cada jogada, não tinha como não se dedicar. Só dá mais vontade de ajudar o São Paulo.