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Federação Paulista repete fórmula e ainda gera discórdia entre times

Dirigentes, jogadores e treinadores dos participantes do Campeonato Paulista emitem opiniões semelhantes em relação à dificuldade e à qualidade técnica da competição. Porém, basta colocar o regulamento do Estadual como assunto para transformar o diálogo em debate.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Federação Paulista de Futebol optou pela fórmula com 20 equipes, que disputam a primeira fase em turno único e se classificam as oito melhores. A partir daí, as quartas de final e as semifinais serão realizadas em partidas únicas eliminatórias, com a decisão sendo disputada em dois confrontos.

Com início neste sábado, o campeonato definirá seu campeão apenas no dia 19 de maio, preenchendo quatro meses considerados preciosos pelos grandes clubes, como o Corinthians, que esperava usar o início do ano para propagar sua marca no exterior.

“Acho que deveria ser uma fórmula diferente da que é, tinha de ser mais curto. Com menos jogos, o campeonato ficaria mais interessante e sobrariam datas para você fazer amistosos internacionais, para levar a marca do Corinthians a uma pré-temporada mais extensa”, defende o diretor de futebol alvinegro, Roberto Andrade.

O treinador palmeirense Gilson Kleina, que conhece bem a importância do Estadual aos times do interior, não chega ao ponto de pedir uma diminuição da competição, mas sim uma readequação das datas do futebol nacional, para permitir uma preparação melhor dos clubes no início do ano.

“O calendário é muito restrito, estreito, e por isso os Estaduais prejudicam quem disputa as Séries A e B. Mas não abriria mão desta competição, é uma tradição dentro do nosso País. O torcedor do interior dá muita importância”, avaliou, tentando encontrar uma solução. “Eu estenderia o Brasileiro até o meio de dezembro, com as férias até a metade de janeiro e uma preparação de 30 dias. E faria os Estaduais a partir de fevereiro”.

Mas o presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero, não cogita uma mudança nas regras da competição. “Não podemos fazer um campeonato pensando só nos quatro grandes, porque eles não precisam da gente. Eu poderia fazer um melhor com 16 equipes? Talvez, mas só São Paulo tem mais de 130 filiados. Pela grandeza do nosso Estado, temos de manter a competição com 20 clubes”, justificou.

As equipes do interior também defendem a manutenção da disputa por quatro meses, já que os confrontos contra os grandes são o maior atrativo do ano. O presidente do Ituano, Fernando Francisco Vieira, cita o histórico de revelações que surgiram em clubes menores durante o Estadual.

“O interior sempre foi um celeiro do futebol, muitos jogadores surgiram aqui e, graças ao Paulista, sobrevivem até hoje Estaduais no Brasil inteiro. Eu sei que, se não fosse o futebol do interior, não existiria a profusão de jogadores como hoje”, afirmou o mandatário, que tem como gestor de sua equipe o ex-meia Juninho Paulista.

O presidente do Mirassol, Edson Antonio Ermenegildo, aponta para outro aspecto na defesa do campeonato. “Quando jogam mais partidas no Paulistão, os outros times estão se preparando também para o Brasileiro, porque eles têm a felicidade de participar do melhor regional do Brasil em competitividade e índice técnico”, ponderou.

Assim como nos anos anteriores, o Paulistão também terá a disputa do Troféu do Interior. Assim que terminarem as quartas de final, os clubes classificados entre quinto e oitavo (desde que não sejam os quatro grandes) lutam pelo prêmio de consolação. Além disso, o que chama a atenção dos participantes é a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.

Excluídos os times garantidos antecipadamente nas Séries A, B e C, o clube com melhor colocação do Estadual assegura uma vaga na quarta divisão, desenvolvendo assim uma temporada com mais jogos, em vez de passar o segundo semestre apenas com a Copa Paulista.

“Nosso principal objetivo é conseguir uma vaga na Série D e estamos trabalhando para isso. No ano passado, ficamos por um pontinho”, recorda o presidente do Linense, Rogerio Camara.

O dirigente, que lamenta a cota designada pela FPF aos clubes do interior (sem revelar o quanto seu time recebe), explica que uma eventual classificação à última divisão nacional ajudaria a formar um elenco mais forte. “Existe dificuldade quando você tem apenas o time de verão, é mais complicado para contratar”.

O que todos os clubes esperam é fugir do temido rebaixamento, que, neste ano, segue as regras das temporadas anteriores e será lamentado pelas quatro últimas equipes da primeira fase.

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