A diretoria do São Paulo adotou postura de silêncio em relação à busca por um reforço para o lugar de Lucas. Depois de perder o chileno Eduardo Vargas, confirmado pelo Grêmio nesta quarta-feira, os membros da cúpula são-paulina evitaram declarações durante o jogo-treino desta manhã, marcado por empate em 2 a 2 com o Red Bull. A direção tinha confiança e chegou a dar como certa a contratação de Vargas por empréstimo. O diretor de futebol Adalberto Baptista não quis atender jornalistas nesta quarta.

Em entrevista na terça, o treinador Ney Franco admitiu a dificuldade de mercado para encontrar uma reposição à altura de Lucas - antes, o clube havia tentado Montillo, que foi para o Santos. "Hoje não temos nenhum outro nome no mercado. O nome que vinha sendo trabalhado era do Vargas, depois do Montillo. Como treinador, em algum momento tenho que fazer uma pesquisa, podendo aparecer alguma novidade, mas não temos nenhum plano", admitiu.

Já na segunda, o presidente Juvenal Juvêncio dava o negócio como perdido e se irritou com o Napoli. "Fizeram um leilão, e chegamos em um limite que não dava mais. Começou com 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões), por 18 meses de contrato, nós aceitamos. Aí mudou, queriam 1,5 milhão de euros por um ano de contrato. Aí mudou, eles queriam depois 1,5 milhão de euros por um ano de contrato à vista, que antes era parcelado, e com a possibilidade de o jogador ir embora se tivesse uma proposta de fora durante a janela de transferências. Aí chegou ao nosso limite".

Para Ney Franco, os reforços contratados para o ataque têm estilo diferente ao de Lucas, o que exigiu uma mudança tática. Aloísio e Wallyson, segundo o treinador, não podem cumprir a mesma função, pelas pontas. Negueba, que se imaginava ser uma alternativa, teve lesão antes da estreia, e Ademílson serve a Seleção Sub-20. "Para a sequências das competições, vamos ter que olhar com carinho essa questão de atacantes de beirada, porque só temos o Osvaldo".