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Com entusiasmo e derrapada, Galvão Bueno apresenta projeto de sócios para clubes

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Um evento de gala no Memorial da América Latina, em São Paulo, lançou o projeto “Movimento por um Futebol Melhor”, que planeja injetar R$ 1 bilhão por ano nas receitas dos clubes associados nos próximos anos. O programa, idealizado pela Ambev, conta com o apoio de outras oito grandes empresas, além de 15 equipes de futebol e de diversas redes de supermercados. No lançamento, todos os envolvidos mostraram muito entusiasmo.

Marcel Marcondes, diretor de negócios do esporte da Ambev, espera “um pacote de benefícios ampliado” para os torcedores que aderirem ao projeto. Em resumo, quem aderir ao programa terá descontos nas compras das empresas associadas (Ambev, Unilever, PepsiCo, Seara, Danone, Bradesco, Netshoes, Burger King e Sky) feitas nos supermercados participantes. De quebra, o investimento feito pelos sócios será revertido aos clubes – que, segundo o planejamento, multiplicarão por 10 o número de sócios-torcedores e arrecadarão R$ 1 bi/ano.

Marcondes comparou o mercado brasileiro com o espanhol ou o italiano, fora da lista das principais economias do mundo, mas com ligas nacionais mais ricas. Para o executivo, o Movimento por um Futebol Melhor permitirá “atingir torcedores que morem longe dos clubes, e não apenas para ingressos”. Com o impulso dado ao torcedor também como consumidor, o representante da Ambev conta com mais acordos com clubes, supermercados e empresas.Veja quais foram os principais momentos do evento:

Com Galvão Bueno, Ronaldo se “oferece” a Felipão

O mestre de cerimônias da noite, o locutor esportivo Galvão Bueno, não demorou a tomar conta do palco com propriedade. Inicialmente, desejou as boas-vindas ao técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, e ao Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, presentes ao evento. Otimista com a possibilidade da injeção financeira nos clubes, dirigiu-se ao presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio: “quem sabe até o Lucas não tivesse ido (para o futebol francês), não é?”.

Em seguida, Galvão chamou um vídeo a ser apresentado no telão, narrado pelo ex-atacante Ronaldo – a quem chamou de “Ronaldo Nazário, o empresário”. Este, por sua vez, subiu ao palco como embaixador do programa para falar rapidamente aos presentes. Com “dor nas costas”, brincou com o mestre de cerimônias e com Felipão para tentar uma última convocação para a Seleção Brasileira.

“Se ele precisar, estou aí”, brincou Ronaldo. “É só perder mais 2 kg ou 3 kg, está bom”, completou. O técnico anunciará sua primeira lista de jogadores no próximo dia 22, convocando a Seleção para um amistoso contra a Inglaterra no dia 6 de fevereiro, em Londres.

Empolgado com o projeto, Ronaldo afirmou que “o futebol brasileiro está dando um passo muito importante com esse movimento”. Não por acaso, a 9ine (agência de comunicação e marketing capitaneada por ele e pelo empresário Marcus Buaiz) é apresentada como “responsável pela coordenação da campanha publicitária do projeto”.

Galvão Bueno bem que tentou colocar Ronaldo em uma saia-justa, mas não conseguiu. Perguntou se o ex-atacante compraria uma das carteirinhas, para descobrir se optaria por Flamengo (time de infância) ou Corinthians (time pelo qual se aposentou dos gramados). “Sou embaixador do movimento”, esquivou-se Ronaldo, prometendo apoio a “todos os times”. Após mais um vídeo, com uma pequena participação de Ronaldo como ator, Galvão brincou: “você estava parecendo o Al Pacino em O Poderoso Chefão 3”.

Cafu, ex-lateral direito da Seleção Brasileira, também subiu ao palco para destacar o projeto. Galvão repetiu a pergunta, e o capitão do Brasil na Copa do Mundo de 2002 apontou: Itaquaquecetuba. “Foi onde eu comecei, não é?”, disse, pedindo carteirinhas aos representantes dos clubes envolvidos para poder atrair fãs aos estádios.

Aldo Rebelo e o presente-surpresa do Palmeiras

Ministro do Esporte, Aldo Rebelo também subiu ao palco para saudar a iniciativa. “O Governo e o Ministério do Esporte apoiam com entusiasmo a iniciativa das empresas. O fortalecimento do futebol brasileiro está relacionado com esse projeto”, disse Rebelo, torcedor do Palmeiras, afirmando já ter adquirido sua carteirinha de sócio do programa.

Depois de uma “escapada” do presidente palmeirense, Arnaldo Tirone, aos bastidores, uma das recepcionistas do evento “surgiu” com uma bolsa do clube para presentear Aldo. No encerramento do discurso do ministro, Galvão Bueno lembrou o “instante sofrido” do clube alviverde, rebaixado no Campeonato Brasileiro.
Empresas, clubes e a derrapada de Galvão

Após conversar com os representantes das empresas parceiras, Galvão Bueno chamou os representantes dos 15 clubes – dos presidentes, apenas Alexandre Kalil (Atlético-MG) e Marcelo Guimarães Filho (Bahia) se ausentaram, enviando representantes. Galvão Bueno chamou todos ao palco por ordem alfabética de clube: América-MG, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Portuguesa, Ponte Preta, Santos, São Paulo, Vasco da Gama e Vitória.

Quer dizer, quase. Neste momento, Galvão cometeu o único deslize da noite, admitindo ter esquecido de chamar Manuel da Lupa (presidente da Portuguesa) ao palco. “Me perdoe, Manuel da Lupa, eu pulei aqui”, desculpou-se o locutor, enquanto o dirigente rubro-verde se acomodava em um dos sofás.

Na última parte do cerimonial, que durou cerca de duas horas, o mestre de cerimônias entrevistou cada um dos representantes. Juvenal Juvêncio, do São Paulo, reforçou a animação mostrada pelas empresas com um de seus peculiares pronunciamentos. “Obrigado, Juvenal, pelo seu ardor de sempre”, brincou Galvão.

Já Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, foi aplaudido ao destacar o “ato de soberania nacional” ao conquistar a permanência de Neymar no clube. “Esse dinheiro (do projeto) pode permitir segurar outros Neymares e Robinhos”, apostou. O palmeirense Arnaldo Tirone, posteriormente, brincou com sua “mão fechada”, oscilando entre o entusiasmo e o constrangimento.

Em um cenário econômico conturbado para a maioria dos clubes do Brasil, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, foi o único que falou em usar o dinheiro do projeto para tirar as equipes do vermelho. Em cantos opostos do palco, Mário Gobbi (presidente do Corinthians) e Juvenal Juvêncio ameaçavam cochilos diante do longo cerimonial.

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