Paulo Henrique Ganso sabe bem o que é enfrentar a altitude de La Paz, capital da Bolívia, e a torcida do Bolívar, pela Taça Libertadores. No ano passado, o Santos sofreu com o clima hostil e acabou derrotado, por 2 a 1, jogo de ida das oitavas de final. Para evitar problemas agora pelo São Paulo, o meia espera um placar mais amplo no Morumbi, no jogo de ida, e a equipe apenas concentrada em jogar futebol na ida à capital boliviana.

- Vai ser importante conseguir um placar um pouco mais elástico no Morumbi para chegarmos lá (em La Paz) e confirmarmos a classificação - afirmou o camisa 8.

O Tricolor vai decidir como visitante a vaga para a fase de grupos da Libertadores. O primeiro confronto contra o Bolívar está marcado para 23 de janeiro, em São Paulo. O segundo duelo será no dia 30 do mesmo mês, na casa do adversário.

O Santos viveu situação diferente. Em La Paz, perdeu por 2 a 1, em partida marcada pelos gols de bolas paradas e pela agressividade da torcida, que atirou objetos no gramado - uma laranja atingiu Neymar. No entanto, no jogo na Vila Belmiro, o Peixe massacou por 8 a 0 e avançou às quartas de final da competição sul-americana.

- O que eu tirei de lição é que não temos de pensar no fator extracampo. Precisamos pensar só no que acontece dentro e não querer agredir o adversário ou atirar coisas para a torcida. Apenas jogar futebol - ressaltou.

Ganso reconheceu que sentiu diferença por atuar na altitude de 3.660 metros. O São Paulo, aliás, deve ficar dois dias em Santa Cruz de la Sierra e subir para La Paz apenas horas antes de a partida começar. De acordo com o departamento médico do clube, os jogadores só notariam os efeitos no segundo ou terceiro dia.
- Eu senti um pouco. Você faz força e não consegue chegar nos jogadores que atuam lá - recordou.

Caso avance para os grupos, o São Paulo cairá na chave 3. Os adversários serão Arsenal, da Argentina, The Strongest, da Bolívia, e Atlético-MG.