O clima hostil entre os seguranças do São Paulo e os jogadores do Tigre, na final da Copa Sul-Americana, começou cerca de duas horas antes do início da partida. O L!Net apurou que os argentinos já provocavam assim que chegaram ao Morumbi. O elenco queria subir ao gramado antes do aquecimento e o portão estava fechado.

Os seguranças do Tricolor disseram que não tinham autorização para abrir no momento. Uma autoridade foi chamada ao local e os jogadores conseguiram ir ao gramado. No entanto, passaram pisando nos pés dos seguranças são-paulinos, xingando e mandando beijos, em forma de provocação.

A partir desse fato, o clima ficou hostil de ambas as partes.

Minutos antes da partida, os argentinos foram aquecer no gramado, o que é proibido pelo São Paulo, que designa uma área atrás do gol para essa atividade. Os seguranças tentaram impedir, mas os atletas, em maior número, invadiram o campo.
Depois, no intervalo da decisão, um novo encontro entre seguranças e a equipe rival aconteceu no túnel dos vestiários.

Uma grande pancadaria aconteceu, deixando seguranças tricolores e jogadores do Tigre com marcas da briga.
Na Bombonera, no jogo de ida, a delegação do Tigre também foi ao gramado, assim que chegou ao estádio para ser saudado pela torcida.

O Conselho Executivo da Conmebol se reuniu nesta quinta e não tomou nenhuma decisão imediata sobre a briga na final da Copa Sul-Americana. A entidade criou uma Comissão Disciplinar que ficará responsável por analisar e julgar os fatos em janeiro de 2013.

José Maria Marin, presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, vice-da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol, estavam presentes no encontro que aconteceu em Assunção, no Paraguai. Quando deixaram a reunião, ambos afirmaram que não creem que o São Paulo tenha chances de perder o título.

A decisão contra o Tigre (ARG) terminou no intervalo. O Tricolor vencia por 2 a 0, quando aconteceu uma briga envolvendo os jogadores argentinos e os seguranças do time brasileiro nos vestiários do Morumbi. O Tigre se recusou a voltar a campo e o São Paulo foi declarado campeão da Copa Sul-Americana.

As confusões que antecederam a briga no vestiário do Morumbi

Na Argentina - O São Paulo diz só ter recebido os ingressos poucas horas antes da partida. A diretoria também afirma que tudo o que conseguiu foi através do Boca Juniors, dono do estádio da decisão e que a cúpula do Tigre pouco ajudou na recepção ao Tricolor.

Véspera do jogo - A delegação do Tigre queria fazer o reconhecimento do gramado do Morumbi, mas a diretoria do São Paulo vetou, já que o campo não estava em suas melhores condições. Isso porque a cantora Madonna havia se apresentado alguns dias antes no estádio e a grama estava em recuperação. A diretoria do Tigre também reclamou da demora para ceder os ingressos a que tinha direito.

Antes da partida - Na chegada do ônibus que levou o Tigre ao Morumbi, a torcida são-paulina lançou objetos e uma janela foi quebrada. Depois, houve a primeira confusão com os seguranças do São Paulo, antes do novo tumulto na hora do aquecimento no gramado do Morumbi.

Durante a partida - Aos 27 minutos do primeiro tempo, o São Paulo já vencia por 2 a 0 e o Tigre passou a apelar para a violência. Lucas foi cassado em campo, levou cotovelada e ficou com o nariz sangrando. Ao término da primeira etapa, uma grande confusão aconteceu e Paulo Miranda e Díaz foram expulsos do jogo.

No intervalo - Os jogadores do Tigre desceram o túnel e, nos corredores dos vestiários, tiveram uma briga com seguranças do São Paulo. O Tricolor diz que os argentinos tentaram invadir o vestiário são-paulino. Já o Tigre alega que quem começou a confusão foram os seguranças brasileiros. Os argentinos se recusaram a voltar para o segundo tempo e o título ficou com o São Paulo.