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Site da FIFA: São Paulo leva o TRI Mundial

Em 2005, o Japão foi o palco do encontro entre as equipes campeãs das seis confederações continentais de futebol. O Campeonato Mundial de Clubes da FIFA Copa Toyota superou as expectativas com uma competição equilibrada e fascinante para os espectadores. Após o apito final em Yokohama, foi o São Paulo que voltou para casa comemorando o título de "campeão dos campeões" depois de sobreviver a um bombardeio do Liverpool e deixar claro que a escola sul-americana segue com a mesma qualidade de sempre.

Um gol de Mineiro aos 27 minutos do primeiro tempo foi suficiente para dar o caneco à equipe brasileira em uma boa partida de futebol disputada para uma platéia de quase 67 mil torcedores no Estádio Internacional de Yokohama. O conjunto treinado por Paulo Autuori teve de buscar o título na raça, já que o Liverpool não desistiu em nenhum momento de levar o único troféu que não tem no seu currículo. A equipe inglesa, fortalecida por figuras estrangeiras e liderada pelos espanhóis Fernando Morientes e Luis García, não conseguiu superar o goleiro Rogério Ceni, referência de um clube que os japoneses guardam com carinho na memória.

Na Copa Toyota, torneio que precedeu o atual certame, o Liverpool tinha morrido na praia em 1981 e 1984, enquanto o São Paulo conquistara o título em 1992 e 1993. Naquela época, o embate se dava em jogo único entre os campeões da Europa e da América do Sul. A motivação são-paulina pela busca do tricampeonato ainda tinha um sabor especial, já que o arquirival Corinthians havia vencido o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA Brasil 2000.

Os campeões da África, da Ásia, da Oceania e da região composta por América do Norte, América Central e Caribe se enfrentaram nas quartas-de-final. O primeiro embate foi um clássico árabe entre o Al Ahly do Egito e o Al Ittihad da Arábia Saudita. Os africanos, treinados pelo português Manuel José, entraram em campo após 55 partidas sem derrota. Entretanto, foram os bicampeões asiáticos, treinados pelo experiente Anghel Iordanescu, que deram o tiro de misericórdia por meio do capitão Mohamed Noor após uma falha do goleiro adversário em uma noite muito fria em Tóquio.

A outra eliminatória das quartas-de-final apresentava-se como um duelo menos equilibrado: o Saprissa da Costa Rica, potência centro-americana com 23 títulos nacionais, encarou o Sydney da Austrália, um clube com apenas um ano de existência. No entanto, a equipe australiana entrou disposta a lutar até o fim, confiando na experiência do treinador Pierre Littbarski (ex-atacante da seleção alemã), do atacante japonês Kazu Miura (que atuou em vários clubes brasileiros) e do astro Dwight Yorke (ex-Manchester United). Mesmo assim, um belo gol de Christian Bolaños no início do segundo tempo acabou com as esperanças dos australianos.

A competição já estava pegando fogo quando os dois grandes entraram em cena.

Antes da partida contra o Al Ittihad, já se falava bastante da qualidade de Rogério Ceni na bola parada. E o experiente goleiro mostrou essa virtude ao transformá-la no gol que garantiu a vitória da sua equipe em uma partida bem mais difícil do que se imaginava. O experiente Amoroso, que no auge da carreira chegara a ser a contratação mais cara do mundo, inaugurou o placar para os são-pauinos, mas Noor descontou logo em seguida. Amoroso e Rogério Ceni (de pênalti) ampliaram para o São Paulo no início da segunda etapa. Mesmo assim, os sauditas não se renderam: uma cabeçada de Hamad al Montashari, melhor jogador asiático da temporada, deixou Autuori e os seus comandados de cabelo em pé até o apito final do arbitro.

Na outra semifinal, o Liverpool, que havia chegado poucos dias antes e não demonstrara nenhuma dificuldade de adaptação ao fuso horário, derrotou o Deportivo Saprissa. Na única partida do torneio em que a diferença dos clubes ficou clara, a equipe inglesa não deu chances ao adversário e abriu e fechou a conta com dois gols de Peter Crouch, tendo ainda o petardo de Steven Gerrard entre eles.

O Sydney, de modo até que surpreendente, obteve o quinto lugar do torneio graças ao dia inspirado de Yorke e David Carney, que com os seus gols superaram o tento de Emad Motab para o decepcionante Al Ahly. Em seguida, o Saprissa levou o bronze contra o motivado Al Ittihad graças uma bela cobrança de falta de Ronald Gómez no apagar da luzes. Os outros dois gols da vitória costa-riquenha por 3 a 2 foram marcados por Álvaro Saborío, enquanto que os árabes descontaram com Mohamed Kallon e Joseph-Desiré Job.

Mas nada se comparou ao aguardado encontro entre Europa e América do Sul. A partida teve casa cheia de torcedores que deram total apoio às duas equipes. Na história das edições da Copa Toyota e da Copa Intercontinental, as equipes sul-americanas levavam uma ligeira vantagem, mas a fácil adaptação ao Japão e a incrível marca de 11 jogos sem levar gol davam aos comandados de Rafa Benitez a condição de favoritos na final.

Felizmente, a popularidade do futebol está no seu caráter imprevisível, algo que se viu bastante nesse torneio. Apesar de serem encurralados durante boa parte do tempo pelos astros do Liverpool, o São Paulo, o Brasil e a América do Sul inverteram os prognósticos e conquistaram o título.

Prêmios individuais

Rogério Ceni, capitão, guarda-metas e também goleador, é reconhecido pela eficiência na bola parada. Apesar de Rogério ter escrito o seu nome na história da competição ao anotar um gol na semifinal, foram as suas mãos, a sua elasticidade e a sua postura que lhe valeram a Bola de Ouro adidas e o prêmio da Toyota. Talvez a maior façanha do arqueiro são-paulino no torneio tenha acontecido logo no início do segundo tempo da final, quando ele voou para a esquerda e impediu que o balaço de falta de Gerrard estufasse as redes tricolores.

O capitão do Liverpool, cujo gol na semifinal foi possivelmente o mais bonito do certame, também exibiu um futebol de alta qualidade em toda a competição, levando a sua equipe à frente e garantindo a Bola de Prata adidas. A Bola de Bronze adidas foi para o costa-riquenho Bolaños, especialista em jogos decisivos, dono de grande habilidade técnica e impecável finalizador.

Participantes

Al Ahly (Egito, CAF)
Al Ittihad (Arábia Saudita, AFC)
Saprissa (Costa Rica, CONCACAF)
Liverpool (Inglaterra, UEFA)
São Paulo (Brasil, CONMEBOL)
Sydney (Austrália, OFC)

Resultados

Quartas-de-final
Al Ittihad 1 x 0 Al Ahly
Sydney 0 x 1 Saprissa
Semifinais
Al Ittihad 2 x 3 São Paulo
Saprissa 0 x 3 Liverpool
Decisão do quinto lugar
Al Ahly 1 x 2 Sydney
Decisão do terceiro lugar
Al Ittihad 2 x 3 Saprissa
Final
São Paulo 1 x 0 Liverpool

Cidades e estádios
Estádio Nacional de Tóquio, Estádio de Toyota, Estádio Internacional de Yokohama

Nº de gols: 19 (média: 2,71)

Artilheiros
2 gols: Peter Crouch (Liverpool), Amoroso (São Paulo), Mohammed Noor (Al Ittihad), Álvaro Saborío (Saprissa)

Espectadores
215.003

Média de público
35.834

LINK: http://pt.fifa.com/tournaments/archive/clubworldcup/japan2005/index.html

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