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Imprensa argentina condena São Paulo por ‘destruir’ sonho do Tigre

“O sonho do Tigre virou pesadelo”. A afirmação, estampada na página de esportes do jornal argentino Clarín, deu a tônica do posicionamento da imprensa argentina a respeito da desistência dos jogadores do Tigre em entrar em campo para o segundo tempo do confronto desta quarta-feira, contra o São Paulo, pelo segundo jogo das finais da Copa Sul-americana. Na capa do Olé, o trocadilho “Te revolver el estomago” também ilustra a polêmica decisão do árbitro Enrique Osses em encerrar a partida.

Assim como o Clarín, os tradicionais Olé e Canchallena, do grupo La Nación, cobriram o desembarque da delegação do Tigre no Aeroparque, em Buenos Aires. Sem se pronunciarem à imprensa brasileira no Morumbi, os jogadores da equipe argentina mantiveram o discurso nesta quarta-feira: quando chegaram ao vestiário após a saída do intervalo, os atletas teriam sido surpreendidos por seguranças armados do São Paulo, que partiram para a agressão.

“Foi uma coisa impensável. Nos encontramos com 10 ou 15 grandalhões quando entramos no vestiário. Sem falar nada, eles se puseram em guarda e começaram a nos bater. Nós nos defendemos como pudemos, foi uma loucura. Se apontam uma arma para você é difícil continuar jogando. Saímos porque podia acontecer alguma coisa pior”, se pronunciou o goleiro Javier Garcia em declaração reproduzida pelo Olé, que viu “dor, angústia, tristeza e impotência” entre os jogadores do Tigre.



Apesar de manifestar apoio ao ponto de vista dos jogadores do Tigre, o Olé publicou uma nota dizendo que, dentro de campo, o São Paulo “monopolizou a bola”. Segundo a versão do clube brasileiro, os jogadores do Tigre tentaram invadir o vestiário dos donos da casa, mas foram impedidos pelos seguranças, que apenas ‘fizeram seu trabalho’. Nervosos, os atletas do Tigre teriam feito um quebra-quebra na área dos visitantes. Os dois clubes registraram boletim de ocorrência após a partida.

Para o Canchallena, a postura dos funcionários do São Paulo foi uma “vergonha” e a Conmebol simplesmente “deu” o título da Copa Sul-americana aos brasileiros, já que não teria havido abandono, mas impossibilidade de entrar em campo para o segundo tempo. “O resultado foi o que menos importou em uma noite em que todos perderam, inclusive o campeão”, estampa o diário do grupo La Nación.

A declaração do capitão são-paulino Rogério Ceni também repercutiu mal na imprensa argentina. “O Tigre era tecnicamente muito inferior e por isso criou a confusão para não voltar à partida. Isto vai contra a dignidade, contra o que representa o esporte. Se a partida estivesse 0 a 0 eles voltariam, mas como estava 2 a 0 e eles podendo tomar o terceiro ou o quarto, desistiram. É lamentável”, refletiu o goleiro, que viu o Olé relatar suas declarações, sim, como lamentáveis.

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