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São Paulo dá sua versão sobre briga: 'Eram 25 deles contra dez nossos'

Assessor da presidência fala sobre ocorrido, cita episódio envolvendo Rojas, em 89, e não descarta que tenha havido armação argentina

Enquanto a Polícia Civil não esclarece a investigação sobre os incidentes ocorridos no estádio do Morumbi durante a final da Copa Sul-Americana, entre São Paulo e Tigre, na última quarta-feira, as duas partes que participaram da confusão dão versões bem diferentes. Depois de os argentinos se manifestarem, dizendo que foram atacados pelos seguranças do Tricolor, ameaçados com uma arma e que não havia segurança para retornar ao gramado, nesta quinta-feira foi a vez do clube do Morumbi dar a sua versão.

O assessor da presidência, José Francisco Manssur, disse que toda a confusão foi provocada pela equipe rival. E falou sobre o que observou da briga ocorrida no corredor que separa os dois vestiários.



- O problema começou no gramado, quando eles cercaram o Lucas, que já havia apanhado muito no primeiro tempo. Alguns minutos se passaram e tudo acabou controlado. Quando entraram no seu vestiário, quebraram tudo que viram pela frente. Com pedaços de madeira, vieram em direção ao espaço destinado aos atletas do São Paulo, onde dez seguranças faziam a proteção. A ordem era para não deixar ninguém passar. E foi exatamente isso o que aconteceu. Foram dez nossos brigando contra 25 deles - afirmou o dirigente.

A briga teve poucos minutos de duração. Isso porque os policiais militares que estavam no gramado foram chamados. Houve novo confronto, dessa vez entre soldados e argentinos, que, na sequência, se recusaram a entrar no gramado. Na confusão, sobraram pequenas sequelas para os dois lados. No Tricolor, um segurança levou cinco pontos em um dedo, outro ficou com machucado no rosto e um terceiro sofreu um corte no braço. Do lado argentino, o volante Galmarini levou três pontos no braço e o lateral Orban teve escoriações.

Manssur seguiu atacando e insinua que os argentinos armaram toda a cena.

- Para mim, é um caso parecido com o episódio ocorrido com o goleiro chileno Roberto Rojas (que simulou ter sido atingido por um rojão e fez um corte no próprio supercílio com uma lâmina, durante jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, em 1989, pelas Eliminatórias para a Copa de 90). Eles disseram que o nosso segurança estava armado. Quem trabalha, quem faz jogo no Morumbi sabe que isso não é verdade. Por isso, eu não duvido de nada – afirmou o dirigente.



Placa no vestiário mostra que era proibido aquecimento no gramado

A briga ocorrida no vestiário foi o ápice de uma confusão que teve início antes mesmo de a bola rolar. Na chegada ao estádio do Morumbi, o ônibus foi apedrejado. Quando faltava meia hora para a partida começar, os argentinos tentaram entrar no gramado para fazer o aquecimento e foram proibidos pelos seguranças do São Paulo. Houve um pequeno empurra-empurra e os gringos acabaram recuando. No entanto, uma placa existente no vestiário da equipe visitante diz que é proibido realizar tal atividade. Isso, segundo Manssur, só mostra que a delegação argentina estava querendo tumultuar.

– Eles criaram confusão, provocaram tudo porque sabiam que dentro de campo não tinham como recuperar o prejuízo. Estamos absolutamente tranquilos, temos a razão nesse caso. Não provocamos nada – ressaltou o dirigente.



Delegada diz que investigação vai continuar

A responsável pelo inquérito aberto na madrugada de quinta-feira é a delegada Margarete Barreto, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ela disse que os argentinos não conseguiram explicar como começou a confusão.

– Colhemos depoimentos de apenas dois jogadores, mas vamos continuar investigando o caso. Eles não souberam explicar como tudo começou, por isso pedimos exames de corpo delito. As duas partes lavraram Boletim de Ocorrência por lesão corporal e dano ao patrimônio. O clube argentino ainda pode mandar provas com imagens e laudos de exames. Já realizamos perícia no ônibus que levou a equipe ao estádio, que também estava danificado – ressaltou.

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