Rogério Ceni assumiu o posto de capitão do São Paulo em 2001 e, como atleta profissional, conquistou na noite de terça-feira seu 16º título. Idolatrado pela torcida, ele surpreendeu ao permitir que Lucas, que se despediu em grande estilo, levantasse a taça da Copa Sul-Americana. Quando todos os companheiros estavam reunidos no palco, o camisa 1 subiu em um pedestal e chamou a joia são-paulina. Colocou a tarja no braço esquerdo do atacante, que com muito entusiasmo, levantou o troféu, para delírio dos 67 mil presentes ao estádio do Morumbi.



Mais tarde, o capitão explicou o gesto.

- Quando garantimos vaga na final, comecei a pensar nisso. Eu gosto muito do Lucas. Tive a oportunidade de levantar algumas taças pelo São Paulo e sei da emoção que é. No PSG ele não será capitão. O Lucas é um garoto muito emotivo e achei que ele ia ficar feliz, o torcedor ia ficar feliz. A vida é assim, existem momentos em que você é a figura principal, em outros é coadjuvante. O importante é você ser campeão. Ele viveu um momento de glória. Falei para ele: levanta o troféu que esse momento ficará marcado na eternidade – afirmou o capitão.

A empatia entre Rogério Ceni e Lucas foi instantânea no São Paulo. O camisa 1, prestes a completar 40 anos, é o chamado jogador fominha, aquele que é um dos primeiros a chegar, um dos últimos a sair e sempre atua com o máximo de intensidade. Ele viu tudo isso no garoto de 20 anos, que subiu ao time profissional em agosto de 2010 e agora, com o título da Copa Sul-Americana, vai seguir sua carreira no PSG (FRA), clube que desembolsou € 43 milhões (116,6 milhões) para contratá-lo.



O garoto diz que o gesto ficará marcado para sempre na sua vida.

- O Rogério é meu ídolo, um cara fantástico. Não me canso de elogiá-lo. O discurso que ele fez na preleção foi emocionante. Com tudo que ele já ganhou, deixou claro o quanto precisa ser campeão novamente. Ao mesmo tempo, ele é um irmão, um amigo, um professor – finalizou.