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Presente ao pai: Oscar supera drama de infância para conquistar o mundo

Personagem da série Brasileirinhos desse domingo, camisa 11 do Chelsea explica como superou a morte do pai e trilhou para o sucesso nos campos

A primeira chuteira foi dada pelo pai. O primeiro clube em que atuou foi o São Paulo: clube de coração do pai. A relação entre “Oscarzinho” e Seu Oscar foi muito curta, mas parece eterna. Quando o atual camisa 10 da Seleção tinha apenas três anos, o pai morreu em um acidente de carro e não teve tempo de ver a ascensão do filho pelos campos do mundo.

- Lógico que eu não lembro dele, mas você sente falta de um pai quando você está jogando futebol. Vão todos os pais e o seu não está lá. Sente falta na escola, no dia dos pais. Aí você vai crescendo, parece que vai sentindo mais ainda – contou o jogador do Chelsea.

A mãe, dona Sueli, ficou encarregada de cuidar dele e mais um filho. E o pior: grávida de um terceiro, a irmã Gabriele. Para poder cuidar de tudo, começou a trabalhar como autônoma.

- O pai dele me deixou uma casa para morar, mas eu tive que trabalhar sozinha. Não podia trabalhar em firma, tinha que ficar com eles. Pegava roupa para vender, me virava e conseguia. Hoje em dia, só mulher e o marido já não está fácil, imagina sozinha e com três crianças – lembrou.

Ao ser contratado pelo São Paulo, realizou um antigo sonho do pai que, no entanto, não durou muito. Depois da conquista do Brasileiro, em 2008, a relação com o clube foi rompida, por problemas contratuais. Mas, em março deste ano, já no Internacional, Oscar ficaria 47 dias fora de campo em virtude de uma ação movida pelo antigo clube contra o jogador.

- Tinha treino que ele arrebentava, mesmo sabendo que não podia jogar. Em momento algum, abaixou a cabeça para ficar se lamentando. Ele se entregou nos treinos, para, quando pudesse voltar, ajudar – disse Leandro Damião, companheiro no time gaúcho.

O Colorado, então, desembolsou R$ 15 milhões para continuar com o jogador. O investimento garantiu uma Libertadores em 2010, a Recopa Sul-Americana e o Gauchão em 2011 e consagração para Oscar. Convocado pela Seleção sub-20, no mesmo ano, foi campeão sul-americano e fez os três gols que garantiram a conquista do Mundial, o único na história a protagonizar tal feito.

- Está bom, não é! Espero conquistar mais um monte – brincou.
Contudo, o futebol de gente grande, que já lhe rendeu muitos títulos, não condiz com a personalidade. O estilo irreverente em campo esconde uma pessoa muito reservada, calada e tímida, assim como sua namorada Ludmila. Mesmo nos gramados, nada de abrir boca, nem para receber um passe.

- Dentro do campo, às vezes, até os meus amigos cobram para falar alguma coisa. ‘Tem que falar! Pede bola’. É meu jeito, eu sou quieto, acho que meu jeito dentro e fora de campo é bem parecido. Tem que me ver e tocar. Se estou livre, toca. É difícil eu pedir – confessou.

Além da timidez, o menino que cresceu nos campos de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo, sempre foi muito magro, o que lhe rendeu alguns apelidos. Na infância, “magrelo” era o mais recorrente e, quando foi para o Tricolor Paulista, passou a ser chamado de “meningite”.

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