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Pé quente, Ganso comemora estreia no Morumbi lotado:

Meia atua por 38 minutos e mostra os toques refinados de sempre, mas não participa decisivamente dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Náutico

Ganso entra com o time tricolor no Morumbi (Foto: Wander Roberto / Agência Vipcomm)

A camisa 10 virou 8. O uniforme Alvinegro se tornou Tricolor. A antiga casa Vila Belmiro deu lugar ao imponente Morumbi. Lotado por 62.207 pessoas, recorde de público do Brasileirão, sendo boa parte para vê-lo. Mas o futebol de Paulo Henrique Ganso continua igual: toques refinados e visão de jogo apurada. Do "irmãozinho" Neymar, forma como ele chama o amigo santista, ouviu votos de boa sorte. O desejo do craque parece ter dado certo, já que o São Paulo venceu o Náutico, por 2 a 1, neste domingo, pela 36ª rodada do Brasileirão, na concorrida estreia de seu novo maestro.

Mesmo depois de 81 dias parado, já que sua última partida havia sido no dia 29 de agosto pelo Santos, na derrota por 3 a 1 para o Bahia, o jogador se sentiu bem fisicamente e garantiu que aguentaria até atuar durante 90 minutos. Muito festejado pelos torcedores, Ganso agradeceu o carinho dos fãs e comemorou a sua estreia.
- Foi ótimo. Tinha de retribuir todo esse carinho em campo. É uma felicidade muito grande voltar a jogar futebol. A vitória veio para coroar a nossa classificação para a pré-Libertadores. Me senti muito bem. O principal foi poder ajudar a equipe. Poderia aguentar 90 minutos e me senti bem, mas o Ney (Franco) tomou a decisão certa. O time estava embalado. Pude dar a minha contribuição. Gostei – definiu o jogador, já colocando o Tricolor na competição continental.

Totalmente recuperado da lesão na coxa esquerda, o jogador agora vive a expectativa sobre quando conseguirá o posto de titular no time de Ney Franco. Questionado sobre o assunto, ele se colocou à disposição do treinador.
- Ser titular? Vou voltar aos poucos. O time está muito bem no campeonato. Vou entrando aos poucos. Quando o Ney precisar, estarei à disposição para ajudar sempre – afirmou.

O momento mais esperado por todos os são-paulinos e fãs do futebol do craque se deu aos dez minutos da etapa final. Após 81 dias desde que defendeu o Santos pela última vez e deixou o gramado sob chuva de moedas, Ganso iniciou sua trajetória no rival Tricolor, substituindo Jadson, sob muita festa. Era o contraste perfeito do ambiente deixado na Baixada Santista.
Antes, a partida era monótona e só ganhou emoção no segundo tempo, mas antes do maestro do São Paulo entrar em campo. De falta, o volante Souza abriu o placar para o Náutico com um golaço no canto de Rogério Ceni, aos três minutos. Na etapa inicial, tudo parecia mais do mesmo. Lucas fazia jogadas verticais e arriscava finalizações de longe, mas sem êxito. Osvaldo acertava os dribles, mas pecava nos cruzamentos. Luis Fabiano estava bem posicionado, mas faltava uma bola boa para marcar. Enquanto isso, Ganso observava tudo do banco, situação incomum na carreira, um pouco isolado dos demais reservas.

Ali, quieto e pensativo, ouviu aos 29 minutos da etapa inicial a primeira manifestação de carinho da torcida: "Olê lê. Olá lá. O Ganso vem aí, e o bicho vai pegar!", entoou o lotado Morumbi. Antes de descer para o vestiário, um "tchau" aos fãs, para retribuir o carinho. Gesto repetido antes de novamente sentar no banco para o segundo tempo. Com um minuto, Ney Franco mandou os reservas, e o camisa 8, para o aquecimento. Delírio da torcida.
Logo após o gol do Náutico, um dos preparadores físicos do São Paulo foi dar o aviso ao jogador de que ele entraria em campo. Aos oito minutos, o Morumbi explodiu em festa dupla: Ney chamou Ganso. No trajeto para entrar no gramado, o craque viu Luis Fabiano completar cruzamento de Osvaldo e empatar o placar. Alegria e gritos das arquibancadas. Logo em seguida, o meia entrou.

A felicidade dos são-paulinos por ver Ganso usando a camisa 8, que um dia já foi de Kaká, era demonstrada a cada toque do meia na bola. Acertou? Aplausos. Errou tentando enfiada eficiente? Arrancava um "Uh", como se fosse um gol perdido. Entre uma tentativa de passe e outra, ele só teve o trabalho de vibrar com a eficiente jogada de Lucas, que culminou no pênalti sofrido por Luis Fabiano. Rogério Ceni converteu o pênalti, e o meia saiu para o abraço.

Dois belos passes para Osvaldo, em lances de contra-ataque, mostraram que o jogador não esqueceu a eficiência de outrora. Sua única finalização passou longe do gol de Felipe, ex-companheiro de Peixe. A jogada do meia que mais arrancou aplausos das arquibancadas foi um longo lançamento, do centro para a direita, na medida para Paulo Miranda.
No fim, a estreia teve saldo positivo. Apesar de não ter participado decisivamente dos gols do São Paulo, o meia mostrou que não esqueceu os toques refinados de sempre.

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