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Com Liberta em foco, São Paulo tem elenco pouco experiente no torneio. Wellington quer garantir chance

Tricolor pode garantir domingo, contra o Náutico, vaga para Libertadores de 2013. Volante, que só atuou no torneio em um jogo, em 2009, diz que nada o tira do clube agora

Wellington, do São Paulo, não quer deixar escapar chance de disputar Libertadores do ano que vem (Foto: Ale Cabral)

O São Paulo tem boas chances de garantir no domingo a classificação para a Libertadores de 2013. E no elenco tricolor poucos já tiveram a chance de disputar o principal torneio da América. Wellington, que chegou ao Morumbi aos 14 anos, e hoje tem 21, é um deles. Mas até hoje, ele soma apenas 45 minutos, em um único jogo do torneio, em 2009. Agora, mais experiente, ele faz juras de amor ao clube e diz que nada pode convencê-lo a desperdiçar a chance de conquistar o tetra pelo São Paulo:

– São muitas coisas que tem que olhar se chega uma proposta de fora. Mas o time está muito forte, provavelmente vamos disputar a Libertadores, e deve ser o último ano do Rogério... então é difícil sair. Sou são-paulino de coração, desde pequeno. Sei que ainda preciso fazer mais pelo São Paulo antes de sair e tenho o objetivo de me marcar pelo clube. Quero muito esse título – disse, em entrevista ao LANCENET!.
Contra o Náutico, Wellington voltará ao time titular após cumprir suspensão. Na última partida, contra o Grêmio, o São Paulo perdeu por 2 a 1 no Olímpico e ficou muito distante do vice-campeonato nacional. Agora, a meta é garantir a vaga para a Libertadores de forma antecipada, para poder concentrar forças na reta final da Sul-Americana. Para isso, o Tricolor precisa vencer e torcer para o Botafogo não passar do empate contra o Sport, na Ilha do Retiro.

Se confirmada, a Libertadores de 2013 será a primeira da maioria do elenco são-paulino. Além de Rogério Ceni, tricampeão continental pelo clube em 2005, e Wellington, só outros seis atletas do atual elenco já atuaram no torneio: O goleiro Denis, o volante Fabrício, os meias Cícero, Cañete e Ganso, e o atacante Luis Fabiano. Destes, só o Fabuloso faz parte do time titular de Ney Franco.

O único reforço são-paulino que já está confirmado para 2013 é Negueba, que virá por empréstimo de um ano, do Flamengo. Apesar dos 20 anos de idade, e de não vir para ser titular, o jovem disputou a Libertadores deste ano pelo clube carioca.

E para chegar bem à Libertadores do ano que vem, Wellington já foi avisado pela comissão técnica que terá de fazer trabalho físico nas férias, para evitar lesões na pré-temporada. Ele não vê problema, e já se prepara para não ficar parado na folga
– Como tive duas lesões sérias no joelho, não posso parar para não perder força. Então já estou me programando nas viagens de fim de ano para ficar em um hotel onde tenha uma boa academia. Terei que fazer alguns exercícios de força e corrida.
Se conseguir a vaga para a primeira fase, o Tricolor inicia a Libertadores no fim de janeiro. Chance de estreia cedo para a maioria do elenco.

Ao São Paulo, resta 30% dos direitos do volante
Apesar de não ter ambição de sair do São Paulo neste momento da carreira, Wellington não tem a maior parte de seus direitos ligada ao Tricolor. Atualmente, o clube detém apenas 30% do volante. O resto está dividido entre Shakhtar Donetsk (30%), Atlético de Madrid (20%) e o próprio atleta (20%).
Wellington não vê problema na divisão, e sente o trabalho reconhecido com o repasse dos direitos:

– É, o ruim de toda essa divisão é que sobra menos parte dos meus direitos para o São Paulo (risos). Mas não vejo como um problema, não me sinto mal. Vejo como reconhecimento do meu trabalho, porque foram esses clubes que pediram para incluir nas negociações partes dos meus direitos, porque eles me viram jogando na base, viram meu trabalho antes de ser titular pelo São Paulo, então é uma coisa boa – avalia o volante.

A parte de 30% cedida ao clube ucraniano foi a divisão mais recente nos direitos de Wellington. O São Paulo usou o pedaço para viabilizar a contratação de Jadson, ex-Shakhtar, em janeiro. Os 20% ao Atlético de Madrid também foram repassados em outra negociação. O São Paulo cedeu a parte para trazer o meia Cleber Santana, no início de 2010, que depois não vingou.

Bate-Bola: Wellington, em entrevista ao LANCENET!

LANCENET!: Como se sentiu por não poder jogar contra o Grêmio? Fica feliz por atuar na estreia de Ganso?
Wellington: Fiquei triste por não poder ter participado do jogo contra o Grêmio, mas é a vida, é o futebol. Estou me sentindo bem para o jogo de domingo, vou poder voltar, e vamos ter a estreia de um grande jogador, que é Ganso. Não é porque é pelo São Paulo, mas é um jogador que pode fazer a diferença a qualquer momento, porque tem qualidade.

L!: Depois dos jogos pela Sul-Americana, o técnico Jorge Sampaoli, da Universidad de Chile, o elogiou. Ney Franco diz que não há quem faça a mesma função que você no elenco. É seu melhor momento?
W: Eu vi, e fico feliz pelo reconhecimento do técnico da Universidad de Chile, mas principalmente pelas palavras de Ney. Acho que estou vivendo um bom momento, quero continuar isso neste fim de ano para chegar no ano que vem da mesma forma. Mas sobre ter substituto ou não, acho que o elenco tem boas peças também para repor, quando eu não estiver em campo.

L!: Se o São Paulo chegar à final da Sul-Americana, a folga de fim de ano será mais curta. É um problema?
W: Sem problemas, aceito esse sacrifício numa boa. Pode ser que a gente tenha uns 20 dias de folga, só, mas não tem problema. Então vou procurar aproveitar bem com a minha família neste fim de ano para descansar e entrar bem no ano que vem.

L!: Segundo os preparadores, você é um dos atletas que terá de fazer trabalho físico na folga. Já foi informado isso? Alguma recomendação?
W: Estou ciente, já me falaram disso. Como tive duas lesões sérias no joelho recentemente, não posso parar para não perder força muscular. Então já estou me programando nas viagens de fim de ano para ficar em um hotel onde tenha uma boa academia. Terei de fazer alguns exercícios de força, corrida, para me manter bem para 2013.


L!: Por que quer tanto participar da próxima edição da Libertadores?
W: Assim como quando subi para o profissional, tenho a consciência de que ainda não sou ninguém no São Paulo, não conquistei nada, e preciso manter essa humildade. Tenho isso na minha cabeça.

Em 2005, time era experiente
Ao contrário do grupo que provavelmente irá à Libertadores de 2013 vestindo a camisa do São Paulo, o elenco que participou da última conquista continental, em 2005, tinha experiência no torneio.

Um ano antes do tricampeonato, em 2004, boa parte do time titular campeão em 2005 participou da campanha que levou o Tricolor à semifinal, derrotado pelo Once Caldas (COL). Sob o comando do técnico Cuca, Rogério Ceni, Fabão, Diego Lugano, Edcarlos, Cicinho, Danilo e Grafite foram alguns dos que foram eliminados em 2004 para mais tarde levantar o troféu no Morumbi.

Para 2005, o Tricolor ainda trouxe dois reforços com experiência na Libertadores para ganhar a competição. Júnior, lateral-esquerdo, campeão do torneio pelo Palmeiras em 1999, e Luizão, maior artilheiro brasileiro da história da Liberta, foram contratados.

Quem mais jogou:
Rogério Ceni
Fez parte do elenco campeão em 1993. Foi campeão em 2005, e atuou em 2004, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Em 2009, jogou só as primeiras partidas antes de lesão no tornozelo.

Denis
O goleiro reserva do São Paulo participou da campanha tricolor na Copa Libertadores de 2009, e foi titular até as quartas de final, quando o Tricolor caiu diante do Cruzeiro.

Fabrício
É o mais experiente depois de Rogério Ceni no elenco tricolor. Disputou quatro Libertadores: uma pelo Corinthians, em 2003, e três pelo Cruzeiro, em 2008, 2009 e 2010.

Cícero
Foi vice-campeão da Copa Libertadores de 2008, pelo Fluminense. Nesta edição, participou do time que eliminou o São Paulo nas quartas de final. A LDU (ECU) foi campeã.

Ganso
Apesar dos 23 anos de idade, já tem duas campanhas da Libertadores nas costas. Pelo Santos, foi campeão em sua estreia no torneio, em 2011, e foi semifinalista na edição deste ano.

Cañete
O meia argentino chegou às quartas de final da Libertadores de 2011, vestindo a camisa da Universidad Católica (CHI). Apesar de ter começado no Boca (ARG), esta foi sua única participação.
Luis Fabiano
Disputou uma única Libertadores, pelo próprio São Paulo, em 2004. Era o principal jogador da equipe depois de Rogério Ceni. Nesta edição, foi o artilheiro, com oito gols marcados.



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