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Árbitros são vítimas e tecnologia é necessária, dizem comentaristas

Mais do que vilões, os árbitros brasileiros têm sido vítimas, na opinião dos comentaristas do "Redação SporTV". Apesar das polêmicas, os analistas acreditam que não houve um aumento de erros neste Brasileirão e que as reclamações de técnicos, dirigentes e jogadores são uma maneira de não comentar as próprias falhas.

- As reclamações aumentaram porque os treinadores e dirigentes perceberam que é mais fácil culpar a arbitragem por seu desempenho fraco que resolver os verdadeiros problemas. Não há juiz ruim que atrapalhe o campeonato de um time bom. Uma grande equipe, se ele for roubada duas vezes em um jogo, ele ainda vai fazer três gols e vai ganhar mesmo assim - afirmou o jornalista Sidney Garambone, da TV Globo.

O editor do jornal "O Globo" Toninho Nascimento cita o técnico do Atlético-MG, Cuca, como exemplo. O treinador já encerrou uma entrevista coletiva irritado com a arbitragem. Lembrando o empate por 1 a 1 com o Flamengo, no dia 31 de outubro, o jornalista afirmou que o Galo teve chance de vencer a partida, já que contou com um jogador a mais desde o primeiro tempo.

- O Cuca, como já fazia na época do Botafogo, usa a arbitragem para não justificar os problemas do Atlético-MG. Enquanto ele reclama de pênalti no Ronaldinho Gaúcho, não diz que o Galo teve um jogador a mais por 50 minutos e não conseguiu vencer o Flamengo. A arbitragem precisa melhorar, mas está servindo de bode expiatório.

Na opinião do comentarista do SporTV Telmo Zanini, os erros não acontecem em maior número no Brasil. O jornalista lembrou que, na Inglaterra, onde os árbitros são profissionais, as falhas também acontecem.

- No jogo Chelsea entre Manchester United (vitória dos vermelhos por 3 a 2, em 28 de outubro), o melhor juiz da Inglaterra cometeu dois erros absurdos. No último gol, Hernández sai de dentro do gol e marca, completamente impedido.

Tecnologia precisa ser usada
Com cada vez mais câmeras em campo, a diferença entre as decisões do árbitro e as imagens da televisão estão aumentando também. O comentarista Telmo Zanini cita como exemplo dois lances polêmicos entre as seleções de Inglaterra e Alemanha. Em 1966, há poucos ângulos disponíveis e a dúvida se o chute de Hurst, do English Team, entrou ou não. Em 2010, ficou claro que o chute de Lampard entrou e que o árbitro uruguaio Jorge Larrionda errou.

- Existem cada vez mais câmeras nos jogos, que mostram tudo. Coisa que, há 20 anos, não mostrava. Não tem mais cabimento não usar imagens de televisão. Precisa ter um árbitro sentado, vendo, avisando pro árbitro que a bola entrou, não entrou, que foi pênalti.

Para Sidney Garambone, o uso da tecnologia beneficiará os próprios árbitros.

- Eles são amadores, não podem se preparar direito e ainda enfrentam um problema contemporâneo, que é a questão da tecnologia. Eu sou a favor do uso de tecnologia no futebol até por uma questão de humanidade. O que se faz com os árbitros hoje é um linchamento covarde.

O correspondente da BBC na América do Sul, Tim Vickery, discorda que o uso das imagens de televisão diminuirá as polêmicas.

- As pessoas veem a tecnologia com muita utopia. As regras do futebol são uma questão de interpretação. Além disso, não dá para interromper um jogo toda hora. O único lugar onde a tecnologia é cabível é depois de um gol. Fora isso, eu não vejo como encaixar. Não se pode comparar o futebol com futebol americano, tênis ou rúgbi. São esportes que param toda hora. e fica muito mais fácil encaixar a tecnologia.

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