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São Paulo e Fluminense foram bem apenas na parte defensiva. Ambos tinham condições de jogar melhor

De Vitor Birner

São Paulo 1×1 Fluminense

Os times foram escalados com vários jogadores de características ofensivas.

Só que isso não serviu para São Paulo e Fluminense terem grande volume de jogo no ataque.

Os treinadores se preocuparam em não tomar o primeiro gol.

Lucas, Luis Fabiano, Osvaldo, Wellington Nem, Fred e Rafael Sobis são perigosos no contragolpe; quem ficasse em vantagem no placar ganharia espaço para colocar em prática os lances de velocidade na frente.

No primeiro tempo, os sistemas defensivos sobraram. Deram um baile nos rivais.

Depois do interbalo, Gum quebrou o galho são-paulino, falhou, e Luis Fabiano fez o gol.

O São Paulo não soube aproveitar. Errou na hora de contra-atacar.

O Flu adiantou a marcação e tomou conta da partida sem correr riscos atrás.

Rafael Tolói devolveu o presente no gol de empate de Fred.

Se o líder do Brasileirão mantivesse a postura, talvez conseguisse a virada, mas preferiu recuar.

O empate ficou de bom tamanho para o confronto apenas razoável no Morumbi com mais de 50 mil são-paulinos.

Não achei o jogo ruim, porém esperava ver algo melhor na parte ofensiva.

Os times tinham condições de mostrar isso.

Escalações

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Denilson e Wellington; Lucas, Jadson e Osvaldo: Luis Fabiano

Fluminense – Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Edinho e Jean; Rafael Sobis, Thiago Neves e Wellington Nem; Fred

O desenho

Ambos os treinadores posicionaram seus times no 4-2-3-1.

A linha de três são-paulina foi formada por Lucas na direita, Jadson centralizado e Osvaldo na esquerda.

A do Flu teve, na mesma ordem, Rafael Sobis, Thiago Neves e Welington Nem.

As formações obviamente obrigavam os atletas que jogam pelos lados do trio a ajudarem nos desarmes.

Ney Franco arriscou novamente quando optou por Douglas na vaga de Paulo Miranda, machucado. Poderia improvisar um dos volantes que estão na reserva e fortalecer a marcação na lateral-direita.

A equipe já precisava de bastante atenção na esquerda, onde Cortez falha nos desarmes.

O Fluminense ganhou diversas partidas no contragolpe, em lances construídos por Wellington Nem, que joga do mesmo lado de Cortez.

Abelão também necessitava tomar diversos cuidados. Não podia deixar Lucas no mano-a-mano com Carlinhos, e nem Bruno com Osvaldo.

Edinho e Jean precisavam cuidar de Jadson e prestar atenção em Lucas, que conduz a bola e dribla na diagonal.

Além disso, o São Paulo, no Morumbi com 52.518 mil pagantes, certamente tomaria a iniciativa de atacar.

Douglas, Cortez, Wellington e Denilson, de maneira coordenada e alteranda, cooperam na parte criativa.

O desenho do confronto era óbvio mesmo antes do apito inicial.

O andamento, não.

O São Paulo poderia superar o quase sempre competente bloqueio defensivo do rival, obrigá-lo a atacar e ganhar a possibilidade de contragolpear; o Flu nesse tipo de lance e na jogada aérea, seus pontes fortes na parte ofensiva, tinha condições de sair na frente, recuar Sobis e deixar Nem mais adiantado para definir no contra-ataque….

A realidade do primeiro tempo

O confronto cheio de bons atletas com características ofensivas teve pouquíssimos lances de gol no primeiro tempo.

Os sistemas defensivos saíram vitoriosos.

Os atletas mais habilidosos trabalharam bem nos desarmes. Sobrou pouco espaço para articularem as jogadas de gol.

Somente Osvaldo, após Cortez levantar a bola na área, finalizou em boas condições de fazer 1×0. Só que não cabeceou bem e facilitou a intervenção de Diego Cavalieri.

Luis Fabiano, em jogada individual, passou por dois adversários e arrematou para fora. Não destaco nenhum outro momento do São Paulo no ataque.

O Flu chegou duas vezes na frente de maneira um pouco mais perigosa, ambas tirando proveito do espaço deixado por Douglas. Na melhor delas, Carlinhos, ao invés de cruzar, chutou quase sem ângulo e Rogério Ceni defendeu sem grande dificuldade.

Fred, capaz de resolver os confrontos, ficou isolado. Não teve nenhuma oportunidade antes do intervalo.

Luis Fabiano aproveita o erro de Gum e muda a cara do jogo

Os times voltaram do intervalo sem alterações e com as mesmas propostas de jogo.

A única pequena diferença foi a presença mais constante de Carlinhos no apoio. Abel deve ter pedido isso ao observar que esse era o melhor caminho para o Fluminense criar alguma oportunidade realmente boa.

O confronto igual na parte coletiva mudou de cara porque Gum errou feio o toque da redonda para Cavalieri e Luis Fabiano, atento, ficou com a bola, driblou o goleiro e colocou o São Paulo, aos 5, em vantagem.

Flu pressiona; São Paulo aposta no contragolpe

Abel adiantou todo o time logo após sua equipe ficar em desvantagem.

Sobis e Wellington Nem se transformaram em atacantes. Atuaram na mesma linha de Fred.

Carlinhos apareceu mais vezes para tentar os cruzamentos; Jean virou meia ao lado de Thiago Neves.

Aos 15, Abelão botou Samuel na vaga do apagado Rafael Sobis. Aumentou a estatura do ataque e ganhou o atleta mais disposto a pressionar a saída defensiva do São Paulo.

Além disso, liberou Wellington Nem para procurar espaços no sistema defensivo são-paulino. Ele finalmente saiu do lado direito do ataque.

O Fluminense empurrou o time de Ney Franco para dentro da área, pressionou, criou chances e obrigou Ceni a trabalhar.

Passou a mandar no confronto e correu, em tese, riscos no contragolpe.

Na prática, não sofreu atrás porque Lucas e Osvaldo falharam na armação dos contra-ataques.

Toloi retribuiu

Aos 22, o zagueiro são-paulino retribuiu o presente de Gum.

Tentou proteger a gorduchinha para ganhar o tiro de meta, errou, Samuel ficou com ela e rolou para Fred, sem goleiro, igualar.

O atacante do Fluminense não fez falta no zagueiro.

Héber Roberto Lopes acertou ao deixar a jogada seguir.

Fluminense, superior, diminui o ritmo

Os visitantes recuaram após empatarem.

Abelão, apesar do bom momento da equipe, se preocupou mais em não perder do que em vencer.

Abriu mão de manter a pressão na saída de bola para apostar nos contragolpes.

Mesmo assim, o Flu continuou mais perigosos na frente porque o trabalho defensivo são-paulino piorou.

Aos 35, Ney Franco substituiu Osvaldo por Ademilson.

Aos 36, Abelão reforçou suas convicções táticas ao trocar Wellington Nem por Diguinho.

O 4-2-3-1 virou o 4-3-1-2; Fred e Samuel puderam permanecer na frente. Não tiveram que voltar para ajudar na marcação.

Aos 39, Thiago Neves saiu e Higor entrou.

Ney Franco viu que os são-paulinos não criavam nada e mandou Willian José entrar na vaga de Jadson.

Apostou, em vão, nos contragolpes.

Justo

O árbitro não interferiu no resultado.

Resultado justo.


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