Desde que chegou ao São Paulo, em julho deste ano, Ney Franco sempre deixou clara sua forma de trabalho. O técnico são-paulino, diferentemente da maioria dos treinadores, gosta de delegar funções e dividir a atividade entre seus companheiros de comissão técnica.

- Quem acompanha minhas sessões desde que cheguei sabe que meu trabalho é o seguinte: tenho meu preparador físico (Alexandre Lopes) e ele é responsável pela parte fisica. Da parte técnica, tenho um auxiliar técnico (Éder Lopes) e ele faz a parte técnica. Quando é trabalho tático de definição, de equipe, sou eu que defino. Quando é técnico, fica mais a cargo dele - disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

Conforme o LANCENET! publicou nesta sexta-feira, o elenco crê que
o treinador pode ter um comportamento mais ativo dentro dos treinamentos do grupo.
Perguntado se seu método é difícil de ser assimilado pelo elenco e, consequentemente, pode acarretar em perda de comando, Ney negou e mencionou, inclusive, que jogadores insatisfeitos no Tricolor podem estar transmitindo suas insatisfações via imprensa.

- O grande problema dessa forma de trabalho é que, geralmente, trabalha-se com jogadores que não foram relacionados ou jogaram pouco. Hoje se você pegar equipes da Série A, você vai ter dois ou três jogadores com insatisfação porque não foram convocados. Essas declarações normalmente saem por atletas que estão infelizes. Em alguns momentos as pessoas se aproveitam disso e, vocês (jornalistas) conseguem detectar dentro do elenco quem é que passa informação. É interessante vocês conversarem com os jogadores que estão jogando. Com o Jadson, o Rogério, o Denilson, o Toloi. Esses jogadores é de quem devemos pegar informação. Acredito nesse tipo de informação. Não sei se aconteceu isso, mas é típico do futebol - completou.