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Atrito entre Ceni e Ney Franco evidencia incômodo do elenco com comissão

Metodologia de trabalho do treinador do São Paulo faz com que auxiliar Éder Bastos seja mais participativo do que o próprio técnico, o que gera estranheza no elenco do Tricolor

Ney Franco apareceu no gramado do CT da Barra Funda às 17h10 da última quinta-feira para acompanhar a atividade dos reservas que havia começado cerca de 40 minutos antes e foi comandada pelo auxiliar Éder Bastos. Tal método de trabalho e a falta de uma postura mais enérgica têm rendido críticas internas, do elenco ao treinador. Na quarta-feira, em partida contra a LDU de Loja (ECU), no Morumbi, as rusgas vieram à tona nas reações do capitão Rogério Ceni.

No jogo, Ceni pediu a entrada de Cícero, e ficou insatisfeito quando viu que o treinador escolheu Willian José. Depois, o técnico disse não ter gostado da postura do capitão, e a diretoria abafou o embate.

A cúpula tricolor aprovou a atitude de Ney Franco, mas não vai punir o camisa 01. Na última quinta-feira, em entrevista no CT da Barra Funda, Rogério Ceni minimizou a polêmica, disse que são “coisas do jogo”. Entretanto, atitude e reação do goleiro foram completamente atípicas na hora da substituição.

– Para mim, não aconteceu absolutamente nada, porque são coisas do jogo. Com relação ao Ney, não tem problema nenhum, é uma pessoa que admiro muito. Ele faz as alterações, ele é o treinador, ele que escolhe quem entra e quem sai – disse.
Nos bastidores, porém, os jogadores têm discurso diferente. Tanto

o capitão como boa parte do elenco dizem a quem trabalha no São Paulo que sentem falta de intensidade do técnico na hora de tomar decisões, e que veem mais participação do auxiliar Éder Bastos no dia a dia do clube do que do próprio Ney Franco. A impressão dos atletas é que, por vezes, Éder manda até mais que o técnico.

As mesmas pessoas que relatam as críticas dizem ouvir que o clima entre jogadores e comissão técnica ainda é bom, apesar do atrito. A diretoria tenta manter a harmonia no CT para atingir os objetivos da temporada, cada vez mais próximos.

Os treinos no CT

Éder Bastos no comando

Desde que chegou ao São Paulo, Ney Franco tem trabalhado dessa forma. Quando não é um coletivo ou treino tático, o treinador fica apenas observando, do lado de fora. Quem divide os times, fica com o apito e passa as instruções para os atletas é Éder Bastos, auxiliar que o treinador trouxe quando chegou ao clube, no mês de julho. Éder Bastos é homem de confiança de Ney Franco e estava com ele na Seleção Brasileira sub-20.
Coletivos

Nos coletivos, Ney é participativo. Ele para a atividade por diversas vezes e orienta os jogadores em relação ao posicionamento e forma como quer que a equipe atue.
Europa

Em diversos grandes clubes da Europa, os treinadores têm o mesmo estilo de Ney Franco e deixam o treino com os auxiliares.



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