Pouca gente sabe, mas até os jogadores do São Paulo em tratamento no Reffis têm direito a uma parte do bicho pelas vitórias. A notícia seria uma maravilha, por exemplo, para Fabrício, que sofreu duas lesões na panturrilha e uma cirurgia no joelho esquerdo apenas neste ano.

Mas ninguém pode acusar o volante de fazer corpo mole. Fabrício não quis ficar com qualquer centavo do montante que lhe caberia. Toda a parte dele é repassada para os funcionários com menor salário do próprio CT, a pedido do jogador.

Contratado junto ao Cruzeiro, o atleta disputou apenas 102 minutos com a camisa do Tricolor em quase uma temporada inteira. A expectativa é de que Fabrício esteja à disposição do técnico Ney Franco para as últimas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro. Mas a recomendação da diretoria é para não acelerar a volta.

Visitante raro
A vida dos jogadores que frequentam diariamente o Reffis não é das mais fáceis. Além de ficarem fora das partidas e do ambiente de concentração, eles quase não têm contato com os demais companheiros e a comissão técnica. Rogério Ceni é um dos raros atletas que aparece regularmente no Reffis.

Início de amizade

É durante essas visitas de Rogério Ceni que está começando a ser construída uma amizade do goleiro com Paulo Henrique Ganso. O craque contratado do Santos tem em Rogério, Fabrício e Cañete seus únicos colegas.

Quase mudo

Os funcionários do Reffis estão surpresos com o jeito calado e tímido de Ganso. “Ele praticamente não fala”, contou um tricolor. Ainda assim, o camisa 8 tem demonstrado total conhecimento das rotinas de trabalho.