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Ajudem o Breno!

Estava em Munique, de férias, em julho deste ano. Ligo a TV e vejo que o zagueiro Breno, do Bayern de Munique, estava sendo condenado a 3 anos e 9 meses de prisão por ter ateado fogo na própria casa em setembro de 2011.

Nesse mesmo dia de julho, Breno foi encaminhado a uma cela comum, que divide com um espanhol, na prisão de Stadelheim. Enquanto eu sorvia uma cerveja tranquilamente num daqueles jardins maravilhosos de Munique, ficava pensando no quão absurda e 'injusta' era aquela história...

Hoje, três meses depois, resolvi escrever sobre ela. Breno tocou fogo na própria casa. Colocou em risco uma porção de gente, mas principalmente ele (que estava no local durante incêndio - a família, mulher e filhos, não estava naquela fatídica noite...).

Breno é mais um daqueles casos emblemáticos do futebol brasileiro. A bola possivelmente salvou a vida dele (ou estava salvando...). Ainda adolescente, fez um Campeonato Brasileiro espetacular pelo São Paulo em 2007 e foi vendido por uma grana absurda ao Bayern de Munique, da Alemanha, sob intermédio do Grupo DIS, o mesmo que trouxe Paulo Henrique Ganso ao mesmo São Paulo.

Ganhou fama e, sobretudo, dinheiro. Mas não tinha estrutura para suportar. Nos primeiros anos de Alemanha, ainda guardava nos móveis e eletrodomésticos de casa etiquetas com a pronúncia desses objetos em alemão. Não conseguia se adaptar ao país, à língua, ao frio e lá foi largado...

Para piorar, teve contusões sérias, que prejudicaram seu desenvolvimento no Bayern e na seleção brasileira (foi titular na Olimpíada de Pequim há 4 anos...).

Poucos dias antes do incêndio, Breno recebeu em sua casa o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista. A missão de Adalberto era recontratar o jogador para atuar no São Paulo em 2012 ou 2013. Segundo Adalberto, "Breno estava com a cabeça boa e muito disposto a voltar".

Em vez de voltar ao São Paulo, a São Paulo, ao Brasil, seu país, Breno está preso na Alemanha, como um marginal qualquer.

Isso é inaceitável. Breno é jogador de futebol, e um jovem brasileiro preso num país 'hostil'. O São Paulo tem responsabilidade sobre ele. O Grupo DIS tem responsabilidade sobre ele. A CBF tem responsabilidade sobre ele. O governo brasileiro, que já tratou muito preso político estrangeiro com mais carinho, tem responsabilidade sobre ele.

A Alemanha, um país hoje exemplar, mas com um 'telhado de vidro' imenso, não tem o direito de definir o futuro de um cidadão brasileiro, cujo maior crime foi tacar fogo na própria casa e quase se matar. Resgatem o Breno! É obrigação. De todos nós...

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