O Santos erra feio no caso Ganso. Entendo a mágoa, entendo a indisposição com a DIS, mas não a ponto de fazer uma diretoria profissional agir como se estivesse no recreio da escola.

Em nota divulgada, “Os assessores jurídicos do Santos não recomendam a negociação enquanto houver pendências na Justiça envolvendo parte dos direitos econômicos do atleta junto à empresa DIS. Esta situação é de conhecimento do São Paulo”.

O Peixe quer o perdão da dívida de cerca de R$ 8 milhões pertencentes à DIS que ainda não foram repassados pelo clube como represália ao relacionamento conturbado entre as partes. Engraçado, quando um time precisa de investimentos corre atrás destes mesmos parceiros. Claro que um investidor está lá para lucrar, é um negócio. Quem não gosta, que não misture alhos com bugalhos.

Até o torcedor santista se encheu do Ganso e não quer mais vê-lo na Vila. Robinho é o remédio, mas para isso o Alvinegro precisa dos R$ 23 milhões da venda para o São Paulo. Caso a janela feche, na sexta-feira, e a situação continue indefinida, o jogador vai ficar lesionado até o fim do ano ou vai vestir de novo a camisa santista? E isso é bom? Lembrem-se que Robinho também saiu pela porta dos fundos da Vila e voltou para ser amado.

Se deixar para vender o meia no fim do ano, a multa para o Brasil será inferior, mas uma venda para o exterior pode chegar nas mesmas cifras. E o presidente Luis Alvaro Oliveira já deixou bem claro para o conselho gestor que prefere vendê-lo ao Uzbequistão, mas aí o atleta que não iria querer e a novela nunca terminaria.

Meu palpite é que o Santos vai acabar assinando a venda para o São Paulo. É o que você faria, torcedor?