Rogério Ceni não está no São Paulo há exatos 21 anos somente por causa dos gols que faz e das poucas lesões que sofre. Prova disso é que, depois de alcançar as significativas marcas de 100 gols e 1000 jogos, o arqueiro são-paulino vai em busca de outro número marcante: 50 pênaltis defendidos.
O camisa 01 já pegou 48 cobranças, considerando jogos e disputas após as partidas. Ele é recordista no quesito: além de ser o arqueiro são-paulino que mais fez defesas nesse tipo de lance, ele é o atleta que mais venceu disputas por pênaltis no clube.
Ceni saiu vitorioso em 13 das 16 vezes em que ajudou o São Paulo a decidir seu destino em alguma partida ou competição por meio dos tiros da marca da cal. Dessa forma, o aproveitamento do capitão é de 81,25%.
O antecessor Zetti é quem mais se aproxima desses números. O goleiro bicampeão mundial em 1992 e 1993 participou de 12 disputas por pênaltis e saiu vitorioso em nove delas, com 75% de aproveitamento. Ao contrário de Rogério, porém, Zetti garantiu um grande título ao Tricolor dessa maneira: a Copa Libertadores de 1992.
Em contato com a reportagem da GE.Net, o ex-goleiro disse que desconhecia tais números, mas elogiou a determinação de Ceni durantes os treinamentos. Ele preferiu não comparar seus métodos com as técnicas utilizadas pelo ex-colega.
"Cada um tem seu jeito de ir para a bola, até porque cada um trabalha de uma forma diferente no dia a dia, não dá muito para comparar. Aliás, eu não me comparo ao Rogério. Tenho minha história, isso ninguém apaga, mas ele é o mito do São Paulo", disse Zetti.
Outros dois goleiros estiveram em mais de uma disputa de penalidades. Waldir Perez tem aproveitamento de 66,67% (venceu quatro de seis disputas), enquanto Gilmar Rinaldi tem índice de 32,50% (triufou dez vezes em 16 disputas).
Relembre todas as disputas de pênalti de Ceni:
27.06.1993 - Troféu Santiago de Compostela
River Plate 2 (3) x (4) 2 São Paulo
Prazer, pegador de pênaltis - Após vencer a Libertadores e ser eliminado no Paulistão, o São Paulo disputou uma série de amistosos e torneios menores antes de dar início aos compromissos do segundo semestre. Além de Raí, vendido ao futebol francês, o time viajou à Espanha para disputar o pequeno Troféu Santiago de Compostela, no estádio San Lázaro, sem Telê e Zetti. Com Márcio Araújo no comando e Rogério estreando no gol, a equipe bateu o Tenerife (Ceni defendeu pênalti durante o jogo) e chegou à final contra o River Plate. Depois do empate por 2 a 2 (Guilherme e Catê para o São Paulo; Rivarola e Silvani para o River), os brasileiros levaram a melhor nos pênaltis: 4 a 3, com direito a mais uma defesa de Ceni, na batida de Ernesto Corti.
21.08.1993 - Troféu Colombino
Sampdoria 1 (4) x (3) 1 São Paulo
O primeiro revés - O São Paulo foi a Huelva, na Espanha, em busca de mais uma conquista em um mini-torneio internacional, novamente com Rogério Ceni na meta. O goleiro fazia sua nona partida com a camisa tricolor e, pela segunda vez, encarou uma decisão por pênaltis. Com gols de Ronaldão para os brasileiros e Platt, a um minuto do fim, para os italianos, o jogo terminou empatado por 1 a 1. Na disputa de penalidades, pior para o São Paulo: Ceni não defendeu nenhuma cobrança e o time perdeu por 4 a 3, ficando fora da decisão do Troféu Colombino.
11.06.1994 - Taça da Solidariedade
Corinthians 0 (4) x (1) 0 São Paulo
Esbarrando no rival - O primeiro encontro de Rogério Ceni com o Corinthians aconteceu no Pacaembu, no torneio amistoso Taça da Solidariedade (no ano anterior, ele havia disputado seu primeiro clássico no clube, contra o Palmeiras). As lembranças não são boas. Depois de um empate sem gols no tempo regulamentar, o São Paulo teve desempenho pífio na disputa por pênaltis e foi derrotado por 4 a 1. Rogério não conseguiu defender nenhuma batida e o Corinthians conquistaria o título na sequência da competição.
10.11.1994 - Copa Conmebol
São Paulo 0 (6) X (5) 0 Grêmio
Pela primeira vez no Morumbi - O Expressinho são-paulino, time recheado de jovens e treinado por Muricy Ramalho, então auxiliar de Telê Santana, deu início à vitoriosa caminhada na Copa Conmebol de 1994 com dois empates sem gols com o Grêmio. Os pênaltis definiram quem avançaria às quartas de final e a estrela de Rogério Ceni, à época já consolidado como reserva imediato de Zetti, brilhou. Pela primeira vez no Morumbi, o goleiro defendeu uma cobraça, de Luis Carlos. O Tricolor triunfou por 6 a 5 e abriu caminho para o título.
09.12.1994 - Copa Conmebol
Corinthians 3 (4) x (5) 2 São Paulo
O troco em grande estilo - Rogério Ceni teve a chance de se vingar do Corinthians após a derrota na Taça da Solidariedade e não a desperdiçou. Pelas semifinais da Conmebol, o Expressinho venceu o jogo de ida por 4 a 3 (Juninho marcou três vezes e Catê completou) e perdeu na volta por 3 a 2 (Juninho e Caio fizeram para os tricolores). Na disputa por pênaltis no Pacaembu, o goleiro do São Paulo brilhou ao defender as cobranças de Gralak e Leandro Siva, garantido a vitória por 5 a 4 e a vaga na decisão contra o Peñarol.
23.01.1997 - Torneio Rio-São Paulo
Fluminense 1 (4) x (5) 1 São Paulo
Brilhando como titular - Rogério Ceni já começou a temporada de 1997 como titular do São Paulo, mas precisava provar em campo que merecia o posto. Logo na primeira fase do Torneio Rio-São Paulo, a oportunidade apareceu. Depois de um 2 a 2 com o Fluminense no Morumbi (gols de Aristizábal e Adriano), um novo empate por 1 a 1 no Maracanã (Adriano marcou) levou a decisão da vaga para os pênaltis. Na vitória por 5 a 4, Ceni defendeu o chute de Bruno Reis e classificou o São Paulo.
25.02.1998 - Torneio Rio-São Paulo
São Paulo 1 (3) x (2) 0 Palmeiras
Brecando o xará na semifinal - Rogério Ceni já dava seus primeiros passos como goleiro-artilheiro, mas antes de transformar o Palmeiras na maior vítima de sua precisão com os pés, ajudou a eliminar os alviverdes na semifinal do Rio-São Paulo utilizando sua habilidade para defender. Depois de uma derrota por 2 a 1 no Pacaembu (Dodô marcou), o São Paulo venceu o Verdão por 1 a 0 no Brinco de Ouro (outra vez Dodô) e decidiu a vaga para a decisão nos pênaltis. Ceni defendeu a batida de Rogério e classificou o time rumo ao vice-campeonato contra o Botafogo.
10.02.2001 - Campeonato Paulista
Inter de Limeira 2 (2) x (3) 2 São Paulo
A muralha e o ponto extra - Rogério Ceni não participava de uma decisão por pênaltis desde 1998, mas defendeu dez cobranças neste intervalo, durante as partidas. Na primeira fase do Paulistão cheio de inovações em 2001, ele já era considerado um exímio pegador de penalidades. Após o empate por 2 a 2 com a Inter de Limeira, fora de casa (França e Renatinho marcaram), o camisa 1 defendeu a batida de Luizinho Netto, garantindo a vitória por 3 a 2 e o polêmico ponto extra para o Tricolor.
21.02.2001 - Torneio Rio-São Paulo
Fluminense 2 (6) x (7) 1 São Paulo
Atuação histórica - Rogério Ceni teve participação fundamental na classificação do Tricolor à decisão do Rio-São Paulo 2001, título que o jovem Kaká ajudaria o clube a conquistar. Na semifinal, contra o Fluminense, uma vitória por 1 a 0 no Morumbi (França) e uma derrota por 2 a 1 no Maracanã (França novamente) levaram a decisão da vaga para os pênaltis. Os paulistas venceram por 7 a 6. Pela primeira e, por enquanto, única vez na carreira, Ceni defendeu três cobranças (Roni, César e Jorginho).
17.03.2001 - Campeonato Paulista
Portuguesa Santista 4 (2) x (3) 4 São Paulo
Gol, sorte e ponto extra - O confronto contra a Portuguesa Santista, em Santos, teve emoções para todos os gostos. Durante a partida, um show de gols: 4 a 4 (Rogério Ceni deixou sua marca de falta e os outros tentos do Tricolor foram de Luis Fabiano, Kaká e França). Na disputa por pênaltis para definir quem ficaria com o ponto extra, o goleiro nem precisou defender cobranças para que o time da capital vencesse por 3 a 2.
03.12.2003 - Copa Sul-americana
São Paulo 2 (2) x (4) 0 River Plate
Contusão, confusão e derrota - Classificado para a Libertadores do ano seguinte por meio do Campeonato Brasileiro, o São Paulo tentava retomar sua força em cenário continental - não disputava o torneio sul-americano desde 1994. A Copa Sul-americana servia como ensaio e a semifinal contra o River Plate teve de tudo. Depois de perder por 3 a 1 na Argentina (Gustavo Nery marcou), o time brasileiro venceu por 2 a 0 no Morumbi (Rico e Diego Tardelli) e levou a decisão para os pênaltis. Antes das cobranças, briga generalizada entre os jogadores. Na hora da decisão, Ceni - que permaneceu em campo mesmo com o tornozelo machucado - converteu o dele, mas não fez nenhuma defesa e a vaga ficou com os hermanos. Quase dez anos depois, o goleiro voltava a perder uma disputa por pênaltis.
12.05.2004 - Copa Libertadores
São Paulo 2 (5) x (4) 1 Rosário Central
Noite épica no Morumbi - Após perder por 1 a 0 na Argentina, o São Paulo contou com o apoio de 60 mil torcedores na tentativa de reverter o cenário no Morumbi, pelas oitavas de final da Libertadores. Em jogo tenso, Grafite marcou os dois gols da vitória de virada por 2 a 1. Na disputa por pênaltis, Cicinho começou errando e a eliminação parecia certa até Ceni começar a brilhar. Ele converteu a quinta cobrança do São Paulo, defendeu o pênalti batido pelo goleiro Gaona e levou a decisão para os tiros alternados. Depois do gol de Gabriel, o arqueiro pegou outro chute, de Irace, e deu a vaga ao Tricolor.
22.09.2004 - Copa Sul-americana
São Paulo 1 (4) x (1) 1 São Caetano
Volta por cima - A noite épica contra o Rosário Central não impediu que Rogério Ceni fosse criticado por parte da torcida após a eliminação da Libertadores para o Once Caldas. Mas o goleiro, que chegou a ser chamado de "frangueiro" pela organizada, começou a dar a volta por cima ainda em 2004. Na primeira fase da Sul-americana, após dois empates por 1 a 1 com o São Caetano (Grafite marcou na ida e Cicinho na volta), o Tricolor ganhou a vaga nos pênaltis: 4 a 1, com Ceni defendendo o chute de Thiago.
19.07.2006 - Copa Libertadores
São Paulo 1 x 0 Estudiantes
Competência e malandragem - O São Paulo brigava com o Estudiantes para se classificar às semifinais da Libertadores pelo terceiro ano consecutivo. Na Argentina, derrota por 1 a 0. No Morumbi lotado por mais de 66 mil fanáticos, triunfo pelo mesmo placar, com gol do zagueiro Edcarlos. Nos pênaltis, Ceni converteu sua batida e tudo ia bem até que Danilo desperdiçou o quarto tiro dos brasileiros. Logo na cobrança seguinte, entrou em cena a malandragem do goleiro são-paulino, que se adiantou muito para defender o chute de Alayes. A arbitragem não mandou voltar e o São Paulo avançou quando Carrusca chutou a quinta cobrança argentina para fora.
27.08.2008 - Copa Sul-americana
São Paulo 0 (3) x (4) Atlético-PR
Molecada não ajuda - A terceira e, por enquanto, última derrota de Rogério Ceni em uma disputa por pênaltis aconteceu na primeira fase da Copa Sul-americana de 2008. Como disputava o título brasileiro, o time do Morumbi escalou uma equipe recheada de garotos e atletas encostados nas partidas contra o Atlético-PR, que terminaram empatadas por 0 a 0. Na decisão por pênaltis, em casa, Ceni converteu sua cobrança, mas não conseguiu fazer defesas. Os erros do jovem Oscar (hoje no Inter) e do lateral Éder eliminaram o time.
04.05.2010 - Copa Libertadores
São Paulo 0 (3) x (1) 0 Universitario
Do inferno ao céu - Depois de dois empates sem gols, o São Paulo decidiu nos pênaltis a vaga nas quartas de final da Libertadores contra o Universitario do Peru, no Morumbi. Pela primeira vez na carreira, Rogério Ceni desperdiçou sua batida na disputa. No entanto, o goleiro são-paulino deu a volta por cima ao defender os chutes de Alva e Galván e ainda contou com a sorte na bola que Labarthe chutou para fora.
O camisa 01 já pegou 48 cobranças, considerando jogos e disputas após as partidas. Ele é recordista no quesito: além de ser o arqueiro são-paulino que mais fez defesas nesse tipo de lance, ele é o atleta que mais venceu disputas por pênaltis no clube.
Ceni saiu vitorioso em 13 das 16 vezes em que ajudou o São Paulo a decidir seu destino em alguma partida ou competição por meio dos tiros da marca da cal. Dessa forma, o aproveitamento do capitão é de 81,25%.
O antecessor Zetti é quem mais se aproxima desses números. O goleiro bicampeão mundial em 1992 e 1993 participou de 12 disputas por pênaltis e saiu vitorioso em nove delas, com 75% de aproveitamento. Ao contrário de Rogério, porém, Zetti garantiu um grande título ao Tricolor dessa maneira: a Copa Libertadores de 1992.
Em contato com a reportagem da GE.Net, o ex-goleiro disse que desconhecia tais números, mas elogiou a determinação de Ceni durantes os treinamentos. Ele preferiu não comparar seus métodos com as técnicas utilizadas pelo ex-colega.
"Cada um tem seu jeito de ir para a bola, até porque cada um trabalha de uma forma diferente no dia a dia, não dá muito para comparar. Aliás, eu não me comparo ao Rogério. Tenho minha história, isso ninguém apaga, mas ele é o mito do São Paulo", disse Zetti.
Outros dois goleiros estiveram em mais de uma disputa de penalidades. Waldir Perez tem aproveitamento de 66,67% (venceu quatro de seis disputas), enquanto Gilmar Rinaldi tem índice de 32,50% (triufou dez vezes em 16 disputas).
Relembre todas as disputas de pênalti de Ceni:
27.06.1993 - Troféu Santiago de Compostela
River Plate 2 (3) x (4) 2 São Paulo
Prazer, pegador de pênaltis - Após vencer a Libertadores e ser eliminado no Paulistão, o São Paulo disputou uma série de amistosos e torneios menores antes de dar início aos compromissos do segundo semestre. Além de Raí, vendido ao futebol francês, o time viajou à Espanha para disputar o pequeno Troféu Santiago de Compostela, no estádio San Lázaro, sem Telê e Zetti. Com Márcio Araújo no comando e Rogério estreando no gol, a equipe bateu o Tenerife (Ceni defendeu pênalti durante o jogo) e chegou à final contra o River Plate. Depois do empate por 2 a 2 (Guilherme e Catê para o São Paulo; Rivarola e Silvani para o River), os brasileiros levaram a melhor nos pênaltis: 4 a 3, com direito a mais uma defesa de Ceni, na batida de Ernesto Corti.
21.08.1993 - Troféu Colombino
Sampdoria 1 (4) x (3) 1 São Paulo
O primeiro revés - O São Paulo foi a Huelva, na Espanha, em busca de mais uma conquista em um mini-torneio internacional, novamente com Rogério Ceni na meta. O goleiro fazia sua nona partida com a camisa tricolor e, pela segunda vez, encarou uma decisão por pênaltis. Com gols de Ronaldão para os brasileiros e Platt, a um minuto do fim, para os italianos, o jogo terminou empatado por 1 a 1. Na disputa de penalidades, pior para o São Paulo: Ceni não defendeu nenhuma cobrança e o time perdeu por 4 a 3, ficando fora da decisão do Troféu Colombino.
11.06.1994 - Taça da Solidariedade
Corinthians 0 (4) x (1) 0 São Paulo
Esbarrando no rival - O primeiro encontro de Rogério Ceni com o Corinthians aconteceu no Pacaembu, no torneio amistoso Taça da Solidariedade (no ano anterior, ele havia disputado seu primeiro clássico no clube, contra o Palmeiras). As lembranças não são boas. Depois de um empate sem gols no tempo regulamentar, o São Paulo teve desempenho pífio na disputa por pênaltis e foi derrotado por 4 a 1. Rogério não conseguiu defender nenhuma batida e o Corinthians conquistaria o título na sequência da competição.
10.11.1994 - Copa Conmebol
São Paulo 0 (6) X (5) 0 Grêmio
Pela primeira vez no Morumbi - O Expressinho são-paulino, time recheado de jovens e treinado por Muricy Ramalho, então auxiliar de Telê Santana, deu início à vitoriosa caminhada na Copa Conmebol de 1994 com dois empates sem gols com o Grêmio. Os pênaltis definiram quem avançaria às quartas de final e a estrela de Rogério Ceni, à época já consolidado como reserva imediato de Zetti, brilhou. Pela primeira vez no Morumbi, o goleiro defendeu uma cobraça, de Luis Carlos. O Tricolor triunfou por 6 a 5 e abriu caminho para o título.
09.12.1994 - Copa Conmebol
Corinthians 3 (4) x (5) 2 São Paulo
O troco em grande estilo - Rogério Ceni teve a chance de se vingar do Corinthians após a derrota na Taça da Solidariedade e não a desperdiçou. Pelas semifinais da Conmebol, o Expressinho venceu o jogo de ida por 4 a 3 (Juninho marcou três vezes e Catê completou) e perdeu na volta por 3 a 2 (Juninho e Caio fizeram para os tricolores). Na disputa por pênaltis no Pacaembu, o goleiro do São Paulo brilhou ao defender as cobranças de Gralak e Leandro Siva, garantido a vitória por 5 a 4 e a vaga na decisão contra o Peñarol.
23.01.1997 - Torneio Rio-São Paulo
Fluminense 1 (4) x (5) 1 São Paulo
Brilhando como titular - Rogério Ceni já começou a temporada de 1997 como titular do São Paulo, mas precisava provar em campo que merecia o posto. Logo na primeira fase do Torneio Rio-São Paulo, a oportunidade apareceu. Depois de um 2 a 2 com o Fluminense no Morumbi (gols de Aristizábal e Adriano), um novo empate por 1 a 1 no Maracanã (Adriano marcou) levou a decisão da vaga para os pênaltis. Na vitória por 5 a 4, Ceni defendeu o chute de Bruno Reis e classificou o São Paulo.
25.02.1998 - Torneio Rio-São Paulo
São Paulo 1 (3) x (2) 0 Palmeiras
Brecando o xará na semifinal - Rogério Ceni já dava seus primeiros passos como goleiro-artilheiro, mas antes de transformar o Palmeiras na maior vítima de sua precisão com os pés, ajudou a eliminar os alviverdes na semifinal do Rio-São Paulo utilizando sua habilidade para defender. Depois de uma derrota por 2 a 1 no Pacaembu (Dodô marcou), o São Paulo venceu o Verdão por 1 a 0 no Brinco de Ouro (outra vez Dodô) e decidiu a vaga para a decisão nos pênaltis. Ceni defendeu a batida de Rogério e classificou o time rumo ao vice-campeonato contra o Botafogo.
10.02.2001 - Campeonato Paulista
Inter de Limeira 2 (2) x (3) 2 São Paulo
A muralha e o ponto extra - Rogério Ceni não participava de uma decisão por pênaltis desde 1998, mas defendeu dez cobranças neste intervalo, durante as partidas. Na primeira fase do Paulistão cheio de inovações em 2001, ele já era considerado um exímio pegador de penalidades. Após o empate por 2 a 2 com a Inter de Limeira, fora de casa (França e Renatinho marcaram), o camisa 1 defendeu a batida de Luizinho Netto, garantindo a vitória por 3 a 2 e o polêmico ponto extra para o Tricolor.
21.02.2001 - Torneio Rio-São Paulo
Fluminense 2 (6) x (7) 1 São Paulo
Atuação histórica - Rogério Ceni teve participação fundamental na classificação do Tricolor à decisão do Rio-São Paulo 2001, título que o jovem Kaká ajudaria o clube a conquistar. Na semifinal, contra o Fluminense, uma vitória por 1 a 0 no Morumbi (França) e uma derrota por 2 a 1 no Maracanã (França novamente) levaram a decisão da vaga para os pênaltis. Os paulistas venceram por 7 a 6. Pela primeira e, por enquanto, única vez na carreira, Ceni defendeu três cobranças (Roni, César e Jorginho).
17.03.2001 - Campeonato Paulista
Portuguesa Santista 4 (2) x (3) 4 São Paulo
Gol, sorte e ponto extra - O confronto contra a Portuguesa Santista, em Santos, teve emoções para todos os gostos. Durante a partida, um show de gols: 4 a 4 (Rogério Ceni deixou sua marca de falta e os outros tentos do Tricolor foram de Luis Fabiano, Kaká e França). Na disputa por pênaltis para definir quem ficaria com o ponto extra, o goleiro nem precisou defender cobranças para que o time da capital vencesse por 3 a 2.
03.12.2003 - Copa Sul-americana
São Paulo 2 (2) x (4) 0 River Plate
Contusão, confusão e derrota - Classificado para a Libertadores do ano seguinte por meio do Campeonato Brasileiro, o São Paulo tentava retomar sua força em cenário continental - não disputava o torneio sul-americano desde 1994. A Copa Sul-americana servia como ensaio e a semifinal contra o River Plate teve de tudo. Depois de perder por 3 a 1 na Argentina (Gustavo Nery marcou), o time brasileiro venceu por 2 a 0 no Morumbi (Rico e Diego Tardelli) e levou a decisão para os pênaltis. Antes das cobranças, briga generalizada entre os jogadores. Na hora da decisão, Ceni - que permaneceu em campo mesmo com o tornozelo machucado - converteu o dele, mas não fez nenhuma defesa e a vaga ficou com os hermanos. Quase dez anos depois, o goleiro voltava a perder uma disputa por pênaltis.
12.05.2004 - Copa Libertadores
São Paulo 2 (5) x (4) 1 Rosário Central
Noite épica no Morumbi - Após perder por 1 a 0 na Argentina, o São Paulo contou com o apoio de 60 mil torcedores na tentativa de reverter o cenário no Morumbi, pelas oitavas de final da Libertadores. Em jogo tenso, Grafite marcou os dois gols da vitória de virada por 2 a 1. Na disputa por pênaltis, Cicinho começou errando e a eliminação parecia certa até Ceni começar a brilhar. Ele converteu a quinta cobrança do São Paulo, defendeu o pênalti batido pelo goleiro Gaona e levou a decisão para os tiros alternados. Depois do gol de Gabriel, o arqueiro pegou outro chute, de Irace, e deu a vaga ao Tricolor.
22.09.2004 - Copa Sul-americana
São Paulo 1 (4) x (1) 1 São Caetano
Volta por cima - A noite épica contra o Rosário Central não impediu que Rogério Ceni fosse criticado por parte da torcida após a eliminação da Libertadores para o Once Caldas. Mas o goleiro, que chegou a ser chamado de "frangueiro" pela organizada, começou a dar a volta por cima ainda em 2004. Na primeira fase da Sul-americana, após dois empates por 1 a 1 com o São Caetano (Grafite marcou na ida e Cicinho na volta), o Tricolor ganhou a vaga nos pênaltis: 4 a 1, com Ceni defendendo o chute de Thiago.
19.07.2006 - Copa Libertadores
São Paulo 1 x 0 Estudiantes
Competência e malandragem - O São Paulo brigava com o Estudiantes para se classificar às semifinais da Libertadores pelo terceiro ano consecutivo. Na Argentina, derrota por 1 a 0. No Morumbi lotado por mais de 66 mil fanáticos, triunfo pelo mesmo placar, com gol do zagueiro Edcarlos. Nos pênaltis, Ceni converteu sua batida e tudo ia bem até que Danilo desperdiçou o quarto tiro dos brasileiros. Logo na cobrança seguinte, entrou em cena a malandragem do goleiro são-paulino, que se adiantou muito para defender o chute de Alayes. A arbitragem não mandou voltar e o São Paulo avançou quando Carrusca chutou a quinta cobrança argentina para fora.
27.08.2008 - Copa Sul-americana
São Paulo 0 (3) x (4) Atlético-PR
Molecada não ajuda - A terceira e, por enquanto, última derrota de Rogério Ceni em uma disputa por pênaltis aconteceu na primeira fase da Copa Sul-americana de 2008. Como disputava o título brasileiro, o time do Morumbi escalou uma equipe recheada de garotos e atletas encostados nas partidas contra o Atlético-PR, que terminaram empatadas por 0 a 0. Na decisão por pênaltis, em casa, Ceni converteu sua cobrança, mas não conseguiu fazer defesas. Os erros do jovem Oscar (hoje no Inter) e do lateral Éder eliminaram o time.
04.05.2010 - Copa Libertadores
São Paulo 0 (3) x (1) 0 Universitario
Do inferno ao céu - Depois de dois empates sem gols, o São Paulo decidiu nos pênaltis a vaga nas quartas de final da Libertadores contra o Universitario do Peru, no Morumbi. Pela primeira vez na carreira, Rogério Ceni desperdiçou sua batida na disputa. No entanto, o goleiro são-paulino deu a volta por cima ao defender os chutes de Alva e Galván e ainda contou com a sorte na bola que Labarthe chutou para fora.
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