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De Muricy a Mário Sérgio, ex-técnicos do São Paulo reverenciam Ceni

O goleiro Rogério Ceni chegou ao São Paulo no dia 7 de setembro de 1990 e, no caminho para o seu milésimo jogo com a camisa do clube, trabalhou com quase 20 treinadores. À GE.Net, nomes como Muricy Ramalho, seu amigo pessoal, e Mário Sérgio, que o proibiu de bater faltas, prestaram reverência ao ídolo.

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Questionado sobre o seu treinador favorito no clube, no entanto, Ceni titubeou. "Está louco que vou falar um treinador? É muita gente boa. Trabalhei com 19 técnicos, tenho o maior carinho por todos e não posso escolher só um. Se fosse dizer, talvez seria o Telê Santana", afirmou.

O goleiro ainda negou qualquer tipo de desconforto com Mário Sérgio, com o qual conviveu em 1998. "Vocês pensam que não gosto do Mário Sérgio porque ele me proibiu de bater falta? É um baita cara, autêntico, falava na cara tudo que queria falar", afirmou Ceni, sobre um dos treinadores entrevistados pela reportagem.

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Muricy Ramalho (1994 a 1997 e 2006 a 2009)

"Não cheguei a lançar o Rogério no time principal, mas dei a oportunidade para ele fazer o seu primeiro gol de falta. Eu o conheci quando ele era dos juniores e somos amigos desde então. Sempre nos encontramos e nossas famílias se conhecem. Ele não se acomoda e quer sempre jogar, é um dos profissionais mais capacitados que conheço. Dou meus parabéns e digo para ele que continue batendo recordes"

Nelsinho Baptista (1998 e 2001 a 2002)

"Ele ainda estava aprimorando a característica de bater falta e nós sempre o incentivamos. A gente sempre trocava ideia e conversava sobre as necessidades do time e do que tínhamos pela frente. Nada veio de graça para o Rogério, porque ele sempre foi um lutador e correu atrás do seus sonhos. Hoje, é um profissional completamente vitorioso dentro de um clube só, o que é quase um caso inédito"

Mário Sérgio (1998)

"Eu achava que o que ele se desgastava para treinar faltas poderia usar para treinar no dia a dia os fundamentos da posição. Ele poderia prejudicar até a sua atuação por se desgastar indo ao ataque para bater e voltando correndo para o gol. Mas ele começou a fazer gol, gol, gol e provou que a minha tese estava errada. Na época, errei. Hoje, se ele fosse meu jogador, bateria falta, pênalti, lateral, escanteio"

Paulo César Carpegiani (1999 e 2010-2011)

"Quando cheguei em 1999, o Rogério tinha sido vetado de bater faltas e pênaltis. Não tive sombra de dúvida [de liberá-lo para voltar a bater]. Se o cara é capaz, tem personalidade, é referência nesse aspecto e tem confiança, deve bater e explorar o que tem de melhor. Ele já subiu todos os degraus, foi campeão de tudo, marcou 100 gols e chegou aos 1.000 jogos. Ainda assim, continua sendo a mesma pessoa que era em 1999"

Levir Culpi (2000)

"Neste milésimo jogo do Rogério, gostaria de retribuir com aquele abraço que ele me deu na conquista do título paulista de 2000, quando marcou um golaço na cobrança de falta. Naquele momento, só existiu um sentimento de respeito profissional que nunca vai acabar. Parabéns pela marca histórica"

Milton Cruz (atual coordenador técnico e efetivo em 2003)

"O Rogério é um grande amigo, uma pessoa muito legal. Sempre que tem alguma festa, ele faz questão de me chamar. Ele já me deu camisa, chuteira, luva, tenho várias coisas que o Rogério me deu de presente. Quando ele começou com o Muricy, eu já estava aqui, e sempre vi a dedicação dele. Sei que ele é um cara que não se preocupa muito com essas coisas de recorde. Ele está mais preocupado com a disputa do título"

Emerson Leão (2004-2005)

"O Rogério soube esperar a hora dele e depois não deu hora para ninguém. Essa é a vida de um goleiro. Ele é dedicado e não gosta de assistir ao jogo, mas sim de participar. Por isso o levei para a Seleção. É um goleiro inteligente na maneira de jogar: sabe no que é bom, no que não é bom e tira proveito disso. Se você tem poucas lesões, é sinal que está sempre bem preparado. O mérito é todo dele"


Paulo Autuori (2005)

"Rogério é um tipo de jogador raro no futebol brasileiro atualmente. Até pela identificação e pela lealdade que teve com o São Paulo ao se manter tanto tempo no clube. Essas eram situações que aconteciam com mais frequência antigamente. Ele merece tudo de bom pelo profissional que sempre foi e pela pessoa que é. Torço para que tenha cada vez mais sucesso na carreira"


Adilson Batista (atual técnico)

"É um privilégio estar trabalhando com o Rogério e ser o treinador dele em um momento tão histórico. Sempre falei que o Rogério é um meia esquerda que joga no gol, um camisa 10, porque tem muito talento, muita técnica e liderança. Ele é merecedor de tudo que está acontecendo com ele"


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