O primeiro turno do São Paulo no Brasileiro foi bastante conturbado: teve troca de técnico, vexame contra um arquirrival, ida de jogadores importantes para a seleção, ausência de zagueiros, sucessivos atrasos na estreia do principal reforço e uma incômoda sequência sem vitórias.



Adilson Batista senta, antes do treino, no CT são-paulino da Bara Funda

Mas mesmo em um cenário tão negativo, o time do Morumbi sobreviveu. E terminou a metade inicial do campeonato na terceira posição, dois pontos atrás do líder.

A equipe estreia hoje no returno, contra o Fluminense, no Morumbi, ostentando um aproveitamento de 61,4% dos pontos possíveis. Somente em 2006 e 2007, anos em que foi campeão, chegou tão bem ao meio de um Nacional disputado em pontos corridos.

Só que o time que pode alcançar a liderança nesta noite, caso Corinthians e Flamengo tropecem, é também o que não conseguiu vencer nas quatro últimas rodadas.

O São Paulo vem de quatro empates no Brasileiro, dois deles contra clubes que estão na zona do rebaixamento.

Até pela oscilação que enfrenta, comemora a gordura acumulada graças às vitórias em suas cinco primeiras partidas na competição.

A sequencia positiva terminou com uma derrota histórica por 5 a 0 para o Corinthians. E desde aquele dia 26 de junho, a paz jamais voltou.

O São Paulo viu Lucas, seu projeto de craque, ir para a Argentina defender a seleção na Copa América. Outros quatro jogadores foram convocados para o Mundial sub-20.

Coube a Adilson Batista, técnico marcado por três fiascos em menos de um ano, a tarefa de substituir o demitido Paulo César Carpegiani e administrar o elenco enxuto.

Tão enxuto que obrigou o treinador a improvisar três jogadores diferentes na zaga e a contratar, no desespero, um defensor reserva do Botafogo para ter quem escalar atrás.

Ainda sem Luis Fabiano, que chegou em março e não jogou por problemas físicos tem volta aos treinos programada para a próxima semana, Adilson conquistou 51,8% dos pontos que disputou até aqui no Brasileiro.

Pouco para levar o clube a mais um título nacional e, talvez, até para se classificar para a próxima Libertadores.

Mas, pelo menos por enquanto, suficiente para manter o São Paulo na briga. E, para o elenco, prova de que é possível crescer se o segundo turno for menos pesado.

"Com certeza [somos candidatos ao título]. A equipe soube suportar as adversidades. Nosso elenco tem qualidade", disse o meia Cícero.