Sei lá, talvez eu esteja acometido por
grave saudosismo. Ou, então, impressionado pelo que vi, no meio da semana, quando Barcelona e Real Madrid se enfrentaram sem medo, em busca do gol, e jogo decidido apenas no fim pelo talento de Messi- 3 a 2, em empolgante partida.
Digamos que fico mais com o saudosismo, afinal estamos no futebol brasileiro atual. Pois neste clássico, São Paulo e Palmeiras, creio que ambos alcançaram seu objetivo: não perder. Se não fosse assim, caso a vitória fosse a prioridade, por que o São Paulo entrou em campo com três zagueiros (João Vítor, Xandão e Rhodolfo) diante de um Palmeiras que, por sua vez, atuava com três volantes (Márcio Araújo, Marcos Assunção e Chico), fazendo ainda que Patrik e Luan recuassem até a sua área?
Defensivismo puro. Primeiro não levar gol. Depois, se possível, estufar as redes. E os gols saíram como se esperava. Em uma jogada individual do São Paulo e na bola parada do Palmeiras. No gol tricolor, Dagoberto deu drible espetacular em Leandro Amaro e, percebendo que Marcos estava adiantado, encobriu o goleiro. Golaço!
E o empate do Palmeiras saiu, como de costume, em bola parada, falta pela esquerda, que Marcos Assunção cobrou com perfeição para a cabeçada de Henrique, certeira, no canto esquerdo de Rogério Ceni. Detalhe: neste momento, o Palmeiras estava com Maikon Leite, que entrara no lugar de um dos volantes, Márcio Araújo.
Depois, quando Rivaldo saiu sentindo câimbras para a entrada de Cicero, o Palmeiras refez seu número de volantes, com a entrada de João Vítor- o que significa não existir mentalidade ofensiva.
Enfim, ninguém perdeu e ninguém subiu na classificação. E como acho que não houve pênalti de Piris em Kleber- foi um choque em disputa de uma bola alta- aconteceu empate salomônico.
Justo, é verdade. Mas nada empolgante.
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