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De Ronaldinho do Paraguai a Imperador no CRB: Aloísio volta como ídolo

Aloísio é a grande esperança do CRB para conquistar o acesso à Série B nacional
Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Momentos após dar a assistência para Mineiro marcar o gol que deu o tricampeonato mundial ao São Paulo, na decisão contra o Liverpool, em 2005, Aloísio Chulapa disse que seu passe de três dedos foi um lance à la "Ronaldinho Gaúcho do Paraguai". Quase seis anos depois, o atacante se considera pronto para novas comparações ousadas na volta ao CRB-AL, clube que o revelou.
"A expectativa é grande. Estão falando que o matador está chegando, dizem que sou o Imperador que vai jogar no CRB, estilo Adriano. Mas preciso corresponder, tenho que fazer gols e me dedicar como sempre fiz dentro de campo. Estou preparado e tenho certeza que saberei usar minha experiência", comentou o centroavante de 36 anos, em entrevista exclusiva à GE.Net.
Após se desvincular do Brusque-SC, Aloísio assinou com o CRB até o fim do Campeonato Alagoano de 2012, em maio. Pode ser o último contrato de sua carreira. "Quando vencer o acordo, se eu ainda estiver com condições de jogar, renovo até o final do próximo ano para, se Deus quiser, disputar a Série B", disse, lembrando que o clube alagoano está atualmente na terceira divisão nacional - apresentado neste sábado pouco antes do duelo contra o América-RN, no Rei Pelé, o reforço pode estrear contra o Guarany-CE, fora de casa, dia 3 de setembro.
Natural de Atalaia-AL, o jogador não esconde a alegria por retornar ao estado onde nasceu, 17 anos depois de deixar o CRB rumo ao Flamengo. Neste intervalo, ele vestiu outras 12 camisas: Guarani, Goiás, Saint-Etienne, Paris Saint-Germain, Rubin Kazan, Atlético-PR, São Paulo, Al-Rayaan, Vasco, Ceará, Brasiliense e Brusque. "O que eu mais queria era ficar perto da minha família, voltar para Alagoas", confessa.
Auge no time do coração
Ao lado do também atacante Alex Dias, Aloísio tinha um sonho: vestir a camisa do São Paulo, seu time do coração. "Eu e o Alex jogamos juntos na França, no Saint-Etienne e no Paris Saint-Germain. Sempre comentávamos que tínhamos realizado muitos sonhos, mas faltava realizar o desejo de jogar lá no nosso Tricolor. De repente estávamos lá", conta.
Em dois jogos com a camisa do time paulista, Aloísio foi campeão do mundo. No Morumbi, ele ainda conquistou títulos brasileiros em 2006 e 2007 e deixou o clube rumo ao Al-Rayaan, do Catar, em meio à competição de 2008, da qual o Tricolor também sagrou-se campeão.
"Os três anos que passei no São Paulo são inesquecíveis. Tenho boas lembranças de todos os clubes, mas no São Paulo foi mais forte por causa das conquistas, uma fase maravilhosa que eu passei. Eu era são-paulino e realizei meu sonho sendo campeão mundial pelo time que eu sempre vou amar", se declara o atleta, que garante ser muito bem tratado por torcedores tricolores por onde passa.


Aloísio comemora título brasileiro de 2007 ao lado de Rogério Ceni, "a pessoa mais especial do mundo"

O patrão mais legal do mundo
No São Paulo, Aloísio conheceu a "pessoa mais legal do mundo", segundo suas próprias palavras. O goleiro Rogério Ceni é tão especial para o atacante que pode ser homenageado de uma maneira curiosa: "Se vier o próximo filho eu vou colocar o nome de Rogério Ceni, o patrão. Ele já liberou, já assinou embaixo. É a pessoa mais especial do mundo, a pessoa mais legal que eu vi. Sempre terei carinho por ele".
O sentimento é recíproco. Quando a saída de Chulapa foi confirmada, Rogério Ceni subiu ao gramado do Morumbi antes de um jogo contra o Internacional, pelo Brasileirão 2008, vestindo a camisa 14 do ex-companheiro. O Tricolor venceu por 3 a 0, assumiu a liderança do torneio e embalou rumo ao tri. Aloísio acompanhou de longe e chorou. "Não estive no jogo porque precisava viajar urgente, mas vi na televisão e fiquei muito feliz. Patrão é patrão".

Aloísio nos tempos de Flamengo: foi nessa época que o atacante conheceu Romário
Acervo/Gazeta Press

Romário e Romarinho
A homenagem a Rogério Ceni é incerta, mas um outro nome importante do futebol mundial já teve essa honra. "Meu cabecinha seca se chama Aloísio Romário da Silva", diz, se referindo ao filho. "Ele nasceu na França, na época em que eu jogava no PSG, e coloquei o nome para homenagear o baixinho, que depois me ligou para agradecer. Ele até falou: Chulapinha, é bom o moleque se parecer com a mãe, porque se for parecido com você vai ser difícil...", gargalhou.
Aloísio jogou com Romário em 1995, no Flamengo, e comemorou à distância o milésimo gol do hoje deputado, marcado em 2007 com a camisa do Vasco. Muitas vezes cobrado por não balançar as redes com grande frequência, ele nem sonha em repetir o feito. "Ah, não dá. Não tem como (risos). Ele sempre será o melhor do mundo", elogiou, antes de se defender.
"No São Paulo, fiquei uns 12 ou 13 jogos sem fazer gols e alguns torcedores pediam minha saída, a imprensa também. Mas nós ganhávamos e eu sempre cavava pênalti para o patrão, dava passe para gol, fazia pivô. Dava tudo certo e o papai Muricy sempre falava: ele faz o que eu peço e eu tiro quando eu quiser. Isso era muito bom para mim", lembra.

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