Ceni observa a bola no gol de Henrique (Foto: Miguel Schincariol)

Um confronto truncado com o Palmeiras era o que Adilson Batista esperava. O técnico do São Paulo só não contava que o empate por 1 a 1 fosse estabelecido com um segundo tempo com tanta falta de criatividade de sua equipe e ainda sofrer um gol de bola parada, que ele tanto pediu concentração antes do clássico.
"Acabamos sofrendo gol em um lance que tínhamos trabalhado e alertado e propiciamos outras situações iguais. Fizemos muitas faltas, algumas sem necessidade, algumas que não foram...", declarou o técnico, reclamando da sequência de faltas em Kleber e da desatenção no gol de nuca de Henrique.
A falha em uma cobrança de falta de Marcos Assunção atrapalhou uma partida que agradava ao comandante do Tricolor não só pelo resultado. O treinador gostou do ritmo que seus atletas impuseram ao rival na primeira metade do Choque-Rei que culminou com o gol de Dagoberto, abrindo o placar aos 42 minutos do tempo inicial.
"O São Paulo jogou melhor no primeiro tempo, teve um volume maior, criou algumas situações. Mas não gostamos do segundo tempo. Com a mexida do Palmeiras, infelizmente ficamos um pouquinho atrás. Não criamos, não saímos. Tivemos dificuldades. Vamos rever para que isso não aconteça", avisou Adilson, reconhecendo o mérito de Luiz Felipe Scolari ao trocar Márcio Araújo por Maikon Leite no intervalo.
Apesar das críticas ao desempenho de seus comandados, o treinador admite que os pouco mais de 30 minutos de partida depois do empate alcançado pelo Palmeiras não teve tantos atrativos, com quase nenhuma jogada criada pelos dois clubes, limitando-se a bola aérea. Tudo como Adilson previa.
"Clássico é sempre truncado. São jogos em que às vezes você precisar arriscar mais, buscar uma jogada individual. Tentamos, mas no segundo tempo não conseguimos fazer", analisou o treinador do Tricolor, lembrando que o golaço de Dagoberto veio em lançamento de Rivaldo antes de o atacante driblar seu marcador e encobrir Marcos.