Adilson Batista tem a torcida de sua esposa e de sua mãe, ambas palmeirenses (Foto: Jarbas Oliveira)

Com pouco mais de um mês de São Paulo, Adilson Batista encara neste domingo seu primeiro clássico pelo clube. E o duelo com o Palmeiras, no Morumbi, é tão importante para o treinador que tem consequências até em sua família.

Além da mãe do técnico, a mulher dele (Márcia) também é palmeirense. Procurado pela reportagem, o comandante preferiu evitar o assunto, mas garantiu que hoje elas são “Adilson Futebol Clube”.

Já o pai do treinador são-paulino estará em uma situação mais confortável. Corintiano, ele não precisará deixar de lado seu clube do coração para torcer pelo filho.

Se clássicos são sempre decisivos para a sequência de uma equipe, Adilson tem mostrado competência para sair vitorioso nesses jogos que mexem com a cidade. Em seus últimos trabalhos, o aproveitamento do treinador é de 72,2% nos duelos com rivais locais.

Em 18 partidas, ele acumula 12 triunfos, três empates e apenas três derrotas (somando as passagens por Cruzeiro, Corinthians, Santos e Atlético-PR, últimos clubes).

– É sempre importante ter números assim. Dá tranquilidade e confiança. Será um jogo difícil contra um adversário tradicional. Sei das qualidades e vamos preparar o time em busca do resultado positivo – afirma o agora são-paulino Adilson.

Os números, porém, são completamente diferentes do Tricolor.

Nesta temporada, o São Paulo disputou cinco clássicos e conseguiu apenas uma vitória – contra o Corinthians, dia 27 de março, jogo do centésimo gol de Ceni. Com as três derrotas e um empate, o aproveitamento da equipe é de apenas 26,6%.

Além da maioria da torcida no Morumbi, Adilson tem o retrospecto e até duas palmeirenses a seu favor.

Outros casos de ‘rivais’ na família:

Gabriel
Lateral-direito criado no São Paulo, hoje no Grêmio, é filho do ídolo corintiano Wladimir.

Alex
A família do meia corintiano é toda torcedora de um rival. Na apresen-tação, o ex-jogador do Internacional não escondeu e declarou que vários parentes são palmeirenses.

Cicinho
Rival no duelo de hoje, o lateral-direito palmeirense é irmão de Cabreúva, jogador da Seleção Brasileira de
Futsal que torce para o Corinthians.

Roberto Carlos
O lateral-esquerdo com passagens pelo Palmeiras e Corinthians nunca escondeu que seu pai é santista.

O primeiro clássico dos últimos técnicos do São Paulo

Muricy Ramalho
Em 2006, no primeiro clássico, o treinador venceu o Palmeiras por 4 a 2, no Morumbi. Thiago Ribeiro (dois), Mineiro e Danilo marcaram no primeiro confronto com rival.

Ricardo Gomes
Em seu primeiro clássico, em 2009, venceu o Santos por 2 a 1, no Morumbi. Na oportunidade, Washington marcou os dois gols. No ano seguinte, contra o mesmo adversário, foi eliminado na semifinal do Paulistão.

Sérgio Baresi
Disputou só dois clássicos. No primeiro, levou 3 a 0 do Corinthians. No segundo, venceu o Palmeiras por 2 a 0, no Pacaembu, com gols de Lucas e Fernandão. Pouco depois, o técnico acabou perdendo o posto.

Carpegiani
O São Paulo não vinha bem em clássicos ano passado. Com o treinador, em seu primeiro clássico, enfrentou o Santos e, com gol de Jean já nos acréscimos, venceu por 4 a 3, no Morumbi. Ficou marcado por derrota de 5 a 0 para o Corinthians.