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Árbitros contra-atacam e lançam série de ações jurídicas


Por ofensas, árbitros lançam série de ações jurídicas contra cartolas, jornalistas e jogadores como Neymar, que chamou juiz de ladrão

No final do mês, Neymar vai se deparar com um adversário que não poderá superar com o seu talento em campo.

No dia 30, o atacante santista de 19 anos enfrentará a Justiça comum para se defender em uma ação movida pelo árbitro Sandro Meira Ricci.

Foi processado por causa de mensagem no Twitter.

Em agosto do ano passado, num jogo entre Santos e Vitória, Ricci anotou um pênalti contra o time alvinegro.

Neymar, lesionado, acompanhava a partida, e um tuíte apareceu em seu perfil após a marcação: "Juiz ladrão, vai sair de camburão".

Alertado por outros internautas, ele apagou a mensagem. Explicou-se dizendo que seu perfil tinha sido invadido e que o invasor era o responsável pelo conteúdo.

A desculpa bastou para o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que não suspendeu Neymar à época.

Mas não para Ricci. O árbitro do Distrito Federal ingressou na Justiça em dezembro pedindo reparação de danos, numa causa de R$ 20.400.

O primeiro encontro entre as partes será para uma tentativa de conciliação. "Não há interesse econômico, o Sandro até pretende doar o dinheiro", disse o diretor jurídico da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), Giulliano Bozzano.
Independentemente do resultado da audiência, a ação movida por Ricci contra Neymar expõe um novo comportamento dos juízes de futebol brasileiros. Antes receosos, os árbitros não temem mais buscar a Justiça por ofensas.

Hoje, sob os cuidados de Bozzano, existem 17 processos em andamento de juízes, movidos contra atletas, cartolas e jornalistas.

"Sempre que há um ataque por parte dos dirigentes, de jogadores ou de jornalistas, nós entramos em contato com o árbitro e o deixamos ciente de que ele tem esse direito, esse poder", explica o advogado da Anaf.

Ricci também trava batalha jurídica contra o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. "Só pode estar levando grana", disse o cartola, após pênalti polêmico marcado pelo juiz sobre Ronaldo em jogo contra o Corinthians em 2010.



No ano passado, o árbitro Wagner Tardelli ganhou, em primeira instância, processo contra um diário esportivo.

A ação, de R$ 15 mil, foi movida por conta do "caso Madonna". O juiz, que apitaria Goiás x São Paulo, no final do Campeonato Brasileiro de 2008, foi acusado de receber ingressos de são-paulinos para show da cantora no Morumbi.
"A Justiça vem nos dando amparo", disse Bozzano.

O pedido de Ricci na Justiça representa 2% do salário de Neymar -R$ 1 milhão.



Rogério Lourenço, Folha

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